O teatro acabou

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Quando me expremi pra caber um pouco de você em mim.
Todas as vezes que eu sorria e batia palmas pra suas bobeiras.
Quando te admirei pelas palavras bonitas e os sorrisos carinhosos.
Quando te procurava com o olhar pelos múltiplos corpos e personalidades, tão bons quanto você.
Quando percebi que você era tudo pra mim e eu não significava nada.
Simplesmente nada, o que eu queria ser pra você definitivamente não era nada.
Acordo sonhando como se você e eu, fossemos reais.
Familiarizados e reais.
Carinhosos e reais.
Sorridentes e reais.
Não uma peça de teatro vã.
Sem ida nem volta.
A gente não significava nada.
E esse nada rodeava as paredes da minha cabeça em busca da esperança de me tornar o que você significa pra mim, meu tudo.

Poesias vaziasOnde histórias criam vida. Descubra agora