Cap 1

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Dias atuais

Aff, não acredito que eu fui demitida, o que eu vou fazer agora? sem emprego, e sem casa, já que eu morava nos quartos acima do restaurante, pior de tudo é que me expulsaram logo tarde da noite. Saio andando pela rua e acabo esbarrando em um grupo de homens bêbados

Mckaylla: me desculpe
Desconhecido: oh, gatinha que isso, o que um anjinho como você, faz aqui na rua a essa hora?
Mckaylla: - apresso o passo - licença
Desconhecido 2: iih, ala, a bonitinha tá com medo
Desconhecido 3: fica com medo não florzinha, a gente cuida de você - falo alto entre risadas

Saio correndo o mais rápido possível dali, e acabo trombando com um garoto que eu via frequentemente no restaurante

Desconhecido 4: eii, calma aí garota... pera, eu te conheço, você não trabalha no Ravier's?
Mckaylla: tra-trabalhava
Desconhecido 4: ei, calma, eu não vou te fazer mal, olha eu me chamo Gabriel, eu ia almoçar e jantar no restaurante, lembra?
Mckaylla: lembro sim
Gabriel: olha, geralmente quando a gente fala o nosso nome, a outra pessoa também fala o dela
Mckaylla: eu me chamo Mckaylla
Desconhecido: eii boneca, não adianta correr não
Desconhecido 2: é, a gente vai te encontrar
Mckaylla: err, eu preciso ir, eu tenho que sair daqui
Gabriel: você tá fugindo deles?
Mckaylla: sim, me ajuda, por favor
Gabriel: ahn, claro, você pode dormir lá em casa, calma eu não vou fazer nada, e só pra você não ficar sozinha essa noite
Desconhecido: eii essa daí é nossa
Desconhecido 2: sai de perto, que a gente viu primeiro
Gabriel: ah é? Engraçado, não sabia que vocês eram donos dela
Desconhecido: agora você vai ver, seu moleque intrometido - dou um soco nele

Os outros homens que estavam com o assediador começam a agredir o Gabriel, um dos homens me agarra e vira de frente para aquela cena de agressão, vejo o Gabriel começar a perder a consciência aos poucos

Desconhecido: tá vendo isso gracinha,  ele vai morrer por sua causa
Gabriel: de-deixa e-ela em paz
Desconhecido 2: veja o seu amiguinho vivo pela última vez
Desconhecido: que foi vai chorar boneca? - começo a rir

Dou uma cotovelada no homem que me segura, ele me solta surpreso e tenta me dar um soco, desvio e agarro o braço dele, dou um sorriso e arranco o braço esquerdo do homem e jogo longe, me aproximo dele e dou uma mordida precisa arrancando sua jugular, me viro pros outros homens

Mckaylla: eu vou falar só uma vez, Solta. Ele. Agora, ou então vocês dois, terão o mesmo destino, que aquele merdinha, que tentou me segurar
Desconhecido: que aberração é você?
Mckaylla: o seu pior pesadelo

Mato os outros homens do mesmo jeito que o primeiro, e vou ver como o Gabriel está, percebo que ele está bastante machucado, e sangrando, pego ele no colo com toda delicadeza pra não causar mais dor a ele, e percebo que ele está me observando

Gabriel: vo-você tá... você tá bem?
Mckaylla: eu e que deveria te perguntar isso
Gabriel: pra onde você está me levando?
Mckaylla: pra sua casa, mas agora que eu parei pra pensar, que, eu não faço a menor ideia de onde você mora
Gabriel: você segue essa rua e vira na quarta direita e depois vira a terceira esquerda, eu moro no prédio verde
Mckaylla: tá bom
Gabriel: o que...
Mckaylla: pois não?
Gabriel: o que você é?
Mckaylla: eu sou um monstro, e isso que eu sou
Gabriel: mas você... aí minha perna
Mckaylla: desculpe-me
Gabriel: mas você me salvou, então por que você diz isso?
Mckaylla: nem todo monstro quer ser, sempre mal
Gabriel: o que isso quer dizer?
Mckaylla: nada... Eu vou te deixar na porta do seu prédio, tá bom?
Gabriel: o quê? Eu falei que você poderia dormir lá em casa, e agora eu tenho bem mais motivos pra isso
Mckaylla: olha bem pra mim Gabriel, eu estou com o rosto e a roupa suja de sangue. é nessa rua?
Gabriel: é nessa rua mesma. e daí que você tá suja de sangue?
Mckaylla: E daí? E daí que, se seus vizinhos, vão ficar pensando que eu matei alguém... o que não é mentira
Gabriel: olha, se o problema é esse, você poderia usar meu casaco, e eu tenho uns lenços umedecidos na mochila, você poderia limpar o rosto, mas antes, você poderia me colocar no chão por favor?
Mckaylla: claro - coloco ele no chão - você consegue andar?
Gabriel: um pouco - entrego o casaco e os lenços - aqui
Mckaylla: obrigado - me limpo e visto o casaco - vamos?

Fomos andando devagar, até o prédio do Gabriel, percebo que ele está evitando de colocar o pé direito no chão, então decido apoiar ele no meu ombro pra ajudar, chegamos na entrada do prédio e vejo que ele demonstra um certo alívio ao perceber que estávamos tão perdo da casa dele, entramos no elevador que para no andar dele, que é bastante bonito

Gabriel: eu moro no 320...
Mckaylla: GABRIEL

Seguro ele, antes que caia no chão, levo ele até o apartamento dele, destranco a porta e levo ele até o sofá deito ele e vou trancar a porta novamente e vou verificar o Gabriel

Mckaylla: Gabriel? - digo dando tapas leves em seu rosto
Gabriel: oi? - digo meio zonzo
Mckaylla: que susto! Você tá bem? comeu alguma coisa hoje?
Gabriel: não
Mckaylla: deve ser isso - vou na cozinha e preparo um copo de água com açúcar - bebe isso
Gabriel: que?
Mckaylla: só bebe, eu vou fazer algo pra você comer
Gabriel: tá bom
Mckaylla: por que você não comeu hoje?
Gabriel: eu iria na casa da minha irmã hoje, mas ela acabou cancelando
Mckaylla: tá, mas, isso não muda o fato de que você deveria ter se alimentado
Gabriel: é, eu tava indo pro restaurante quando te encontrei, e, eu sei que pode parecer loucura, mas, eu juro que vi um par de chifres de demônio na sua cabeça, mas deve ter sido só impressão, ou delírio
Mckaylla: não foi impressão sua, nem loucura e muito menos um delírio
Gabriel: mas, isso só seria possível se você fosse um...
Mckaylla: demônio? eu te falei que era um monstro

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