My Devil | ⁰²

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜

Anne

A agência estava agitada, todos os integrantes haviam começando os seus trabalhos logo cedo, principalmente Agnes que, agora, ensinava eu e Kelly a manusear e ativar os mecanismos de defesa que estavam, misteriosamente, embutidos em nossos trajetos escolhidos ontem a noite. Kelly havia escolhido um terno preto que pactua com o meu vestido, nós estaríamos a personificação perfeita de um casal, mas quem se importa?

Apesar de toda a intimidade que eu havia criado com Kelly, entre a gente nunca passou de amizade. Nenhuma de nós queremos algo a mais no momento até porque, não é hora de pensar nisso quando se tem um Mafioso super poderoso para enfrentar.

Kelly tinha razão, seria difícil achar Josh no meio daquela mansão e se achassemos, os seus seguranças bem armados não iria deixar nenhuma de nós encostar um dedo se quer no precioso Josh. Um passo em falso e nós realmente poderíamos morrer, não estávamos lidando com um de seus simples agentes assassinos que nós estávamos acostumados a matar. Logo estaríamos de frente para o homem mais poderoso de toda Las Vegas e que com certeza, se a missão fosse concluída, o seu sumiço acarretaria em um grande alvoroço por toda cidade e sem dúvidas, fora dela também.

Ninguém sabia exatamente que o baile de máscaras estabelecido era composto e formado por grandes mafiosos de toda a região. Quem estava de fora, pressumia que não passava de simples donos de grandes e famosas empresas, se juntando para uma celebração de suas novas conquistas, mas quem conhecia um terço de quem se encontrava ali, sabia que era muito além disso. Os mafiosos e suas famílias, trabalhavam com o ocultismo, ninguém sabia quem eram eles e nem sabia dos males que eles faziam, mas o que grande parte das pessoas sabiam era que eles existiam.

Mas não imaginavam que eles estavam em seu meio.

As palavras de Kelly e os meus pensamentos da noite anterior, flutuava em minha cabeça, não conseguia me concentrar na fala de Agnes explicando como seria o plano, imaginando o possível e o impossível assim que nós pisassemos os pés naquele lugar cercado por seguranças.

– Anne? ANNE - gritou Agnes ao me ver olhando para o nada com um milhão de pensamentos na minha cabeça que, após o grito da mesma, fez-os sumir como poeira jogada ao vento– Você tá prestando atenção?

– Ahn... Claro, pode continuar

Agnes me olha desconfiada e volta o seu olhar para o mapa.

– Como eu ia dizendo, vocês irão entrar por aqui, irão até o salao principal onde o Senhor Thompson irão leva-las até Josh, tentem descontrai-lo, ganhar a confiança dele para que uma de vocês o seduza e o traga para o seu quarto que fica no segundo andar, infelizmente vocês terão que se submeter a uma noite de amor com ele, esses homens amam uma tranza depois de uma festa. Podem ficar tranquilas que enquanto vocês estiverem dentro do quarto, nenhum segurança irá até vocês então, o caminho estará livre para, quando o nosso querido Josh adormecer, uma de vocês fazerem o que nós somos acostumadosa fazer, mas lembre-se: Nada de matar ele - Agnes dá uma pausa tensa, olhando para mim e para Kelly– Em seus pequenos bolsos das suas roupas terão um boa noite Cinderela para pôr na bebida do nosso alvo quando necessário. Quando o trabalho estiver cumprido, pule por essa janela aqui que um de nossos motoristas estará esperando por voces. Toda nossa equipe irá vigiar vocês pelas câmeras de segurança e vocês serão rastreadas pelos pequenos rastreadores em seus vestidos. - diz Agnes relaxando sua costa no encosto da cadeira do salão que havia sido a reunião do dia anterior– Simples, não? - disse com um sorriso

– Nossa, muito simples - disse Kelly em um tom irônico pegando o mapa novamente e fazendo a pequena Agnes explicar o plano mais uma vez.

Poderia parecer ser um plano simples mas infelizmente não era, a nossa vida ainda estava correndo perigo, atrair Josh não era algo fácil, ele nao era um homem que, em meio a uma festa de negócios, iria simplesmente ir se deitar com alguma mulher qualquer, e o pior de tudo, ele não simpatizava com ninguém, a sua confiança era algo intocável, ele era algo intocável.