Capitulo 2

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    Antes da professora de português  entrar na sala, ficamos conversando sobre planos para aproveitar o fim de semana com as meninas. Para completar o meu dia perfeito, nossa professora entra na sala, vestida com sua calça jeans branca e blusa azul de mangas, saltos batendo no chão frio nos pedindo silêncio. Desvio o olhar  para janela e observo as pessoas passando na rua. Apesar de peeder algumas explicações, mantenho assim até o fim das aulas. Caminho para o meu armário pegando minhas coisas em seguida, quando vejo Juliana conversando com o garoto responsavel pela minha queda mais cedo. Decido ir falar com ela.

- Pronta para ir embora? - Tento não parecer impaciente mas fico mais imoaciente quando percebo o garoto sorrindo sinicamente para mim.

- Espero que não se importe que meu irmão vá conosco. - Aponta no direção do garoto e seu sorriso se alarga mais um pouco.

- Ele é seu irmão? - Pergunto, minhas sobrancelhas se erguiram de surpresa e minha expressão é de pura indignação. O destino só pode estar brincando com a minha cara.

- Sou Hector. - Estende a mão, esperando meu cumprimento mas se recolhe quando percebe que continuo sem me mover. - Como se chama?

- Vocês se conhecem? - Juliana interfere, parecendo tão surpresa quanto eu.

- Ele foi o responsavel por derrubar todas as minhas coisas e sair como se nada tivesse acontecido. - Cruzo os braços e observo o garoto, que está se divertindo as nossas costas. Ele é muito bonito.

Para! Foco!

   Não tenho outra saída a não ser ter que aguentar o garoto até chegar em casa. Poderia ir a pé mas moro muito longe e não estou afim de andar tanto. Saimos e fomos até o carro dela  parado na calçada. Entro e sento no banco de trás evitando olhar na cara dele(isso seria um pouco impossivel de acontecer pois ele era muito bonito).

   Dá pra parar de flertar com o garoto que você acabou de conhecer,por favor?

    Meu consciente me lembra, e dessa forma tento levar minha atenção para outros lugares sem ser o banco da frente onde ele está situado. Ela deu partida no carro enquanto ele ligava o rádio em qualquer música aleatória. Os dois cantavam e se mexiam o tempo todo como se estivessem sozinhos. Por um momento acho que eu que estou sendo a fora de órbita aqui. Juliana estaciona o carro na porta da minha casa, me despeço dela e desço para me despedir.

- Tchau gracinha. - Hector acena e tenta parecer amigavel atraves do seu sorriso carregado de ironia.

- Pode parar de me chamar assim? - Peço mas ele não deve ter me escutado porque sorri e balança a cabeça.

- Se eu não souber o seu nome, será assim que eu vou te chamar. - Fecha a janela assim que Ju liga o carro e dá partida, se distanciando.

   Depois de almoçar fui para meu quarto e dormi até seis horas, o sol se pondo e as cores cintilantes transpassando as minhas cortinas.      Acordei com alguém batendo na porta neste momento percebo que minha mãe não estava em casa. Abro a porta e vejo que Hector está escorado na porta da entrada da minha casa.

- O que você quer? - Pergunto mas me arrependo e quero perguntar como ele encontrou o meu endereço.

- Te conhecer - Ele não pode estar falando serio. Tento fechar a porta mas ele me bloqueia, mostrando ter mais força do que eu e se gabando por isso.

- Posso saber como encontrou o meu endereço? - Faço a pergunta que desejo pergunta desde o inicio mas ele nega com a cabeça.

- Isso não é interessante. - Abre um sorriso e se mantem parado na minha frente. Rolo os olhos e tento fechar a porta novamente mas ele bloqueia com o pé. Perco a paciência e piso com força no seu sapato conseguindo tirar o bloqueio e finalmente, fechar a porta.

      Hector não desiste e fica batendo o tempo todo, tento ignorá-lo colocando meu fone de ouvido, o que dá realmente certo pois não ouço mais nada a não ser a minha música.

Um idiota em minha vida( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora