Segunda - feira, 27/03/1905
- Seu Batista! Seu Batista! Vai nascer! - grita Mimosa.
- O que?
- Seu filho! Vai nascer!
- Ahan! Rápido mande chamar o médico! - ele diz pra governanta.
Havia sido um fim de manhã e início de tarde bastante movimentada na mansão Batista, era por volta das 14:37, quando Mimosa sai correndo atrás do médico, minutos depois ele chega, e sobe, imediatamente para o quarto, horas depois, as 18:00 em ponto, um choro, é ouvido.
Ao descer, o médico é confrontado.
- Então, o que é doutor?
- É uma menina.
- Uma menina... - disse um tanto emocionado.
- O parto foi um pouco difícil, mas, deu tudo certo, sua mulher está um pouco debilitada por conta do esforço, porém, passa bem.
- Certo...!
- Bom, eu vou indo, se precisar ou algo acontecer com sua mulher ou sua filha, me chame.
- Tá certo doutor, muito obrigado!
O médico vai embora, tinha outros partos e outras consultas a fazer, ele volta para seus afazeres com o banco, que fazia antes de ser avisado do nascimento, depois, sobe pra vê a mulher e a filha recém nascida.
- Qual será o nome dela? - pergunta Batista.
- Ainda não sei, mas, estou pensando em Catarina, mamãe é muito devota, e eu queria homenageia-la - diz Laura, a sua esposa.
- Se dependesse da sua mãe, ela se chamaria Clara, Rita, até Cecília!
- Cecília é uma boa ideia...
- Está decidido! Será Catarina, nossa pequena Catarina.
- Esse vai o seu nome filha, gostou? Gostou meu amor? - ela brinca com a filha.
- Deixe-me vê-la.
Ele pega a nos braços e começa a adimirá-la, a pequena era a coisa mais linda que ele já tinha visto, parecia-se muito com a mãe, porém, possuía alguns traços seus, incluindo os negros cabelos.
***************
1 mês depoisLaura amamenta a filha.
- Mimosa, onde está meu marido?
- Ele ainda não chegou, dona Laura.
- Hm... - diz com certa desconfiança - coloque a Catarina pra dormir, eu vou tomar um banho.
- Sim senhora.
Ela deixa a menina com a governanta, e vai ao banheiro da suíte, entra na banheira com água quente, descansa e relaxa um pouco, pelo trabalho que estava tendo, os cuidados com a filha de apenas 1 mês, o marido que não parava mais em casa. Ela terminou, desceu, e ficou o esperando na sala. No jantar.
- Como foi hoje lá no banco?
- A mesma coisa de sempre, e Catarina?
- Ela tá dormindo.
- Dormindo agora pra acordar mais tarde, Desde que essa menina nasceu eu não consigo mais dormir!
O clima ficou tenso.
- Falando assim até parece que você não gosta dela... - disse com a cabeça baixa, enquanto remexia a comida com o garfo que havia nas mãos.
- Claro que gosto, ela minha filha! - grita.
- Pois então devia passar mais tempo em casa! Não por mim, mas, pelo menos por ela! - grita respondendo.
Batista bate na mesa para descontar toda sua raiva e sobe para o quarto.
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6 meses depoisEla brincava com a filha nos jardins da mansão, como costumava fazer todos os dias. Montava tudo como se fosse um piquenique, colocava uma grande toalha no chão, com vários ursos de pelúcia, brinquedos e livros infantis ao redor.
- Cadê a linda da mamãe? Quem é a linda?
- dizia com Catarina nos braços.Ela passa a manhã inteira, lendo para ela, brincando com os brinquedos e treinando os primeiros passos.
Ao fim do dia, a tarde, ela entra com a menina, antes do jantar, Batista chega e brinca com a filha que ainda não tinha dormido.
- Olha só quem chegou, Ah! É o papai! - ela solta uma gostosa risada, ele a pega e a rodopia no ar.
E a família permanece ali, junta, em um raro momento, bonito e feliz.
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As peripécias de Catarina
FanfictionPrelúdio de O Cravo e a Rosa, onde mostrará a vida de Catarina do dia do seu nascimento até os eventos que antecederam o primeiro capítulo.