Mesmo com todas as recusas, Batista fez questão de leva-lo e convenceu-a a descer para o conhecer, ela por sua vez obedece, porém, estava determinada a expulsa-lo.
- Ah, olhe só... - refere-se a ela, que vinha descendo - Carlos, gostaria de apresenta-lo a minha filha, Catarina - disse quando a mesma já se encontrava no andar de baixo.
- Muito prazer, senhorita - beija sua mão - trouxe flores, espero que sejam do seu agrado.
- Obrigada - ela agradece, finge simpatia, pega as flores e diz: - agora pode dar meia volta e sumir daqui seu idiota! - joga as flores na cara do rapaz.
- O- o que? - o rapaz se assusta.
- Isso mesmo, tá esperando o que pateta!?
Começa atirar vasos em sua direção, fazendo-o correr desesperado para fora da casa. Batista fica abismado com o jeito com que a filha expulsou o pretendente.
- Catarina! Ai minha gastrite! - se dirige ao sofá.
- Eu avisei o papai! Não deveria ter trago esse rapaz aqui! Não irei me casar, NUNCA! - sobe novamente.
Na manhã seguinte.
- Então, como foi lá o... encontro, com a filha do chefe? - pergunta um de seus colegas.
- Bem, a tal Catarina é linda, realmente muito bonita...
- E rica... - diz um dos homens o interrompendo e rindo.
- E rica, mas, não vale toda a fortuna, é brava que nem o cão! me expulsou da casa a pontapés, não só a pontapés, a vasos também!
Todos riem.
- Você ficou com medo de uma mulherzinha - outro deles ri.
- Não, vocês tinham que ver, ela era uma fera!
- Catarina, a fera! - diz mais um rapaz debochando.
A frase foi o suficiente para se tornar uma piada interna, logo após se espalhou além das paredes do banco, pouco a pouco tomando a cidade inteira.
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Passaram-se alguns anos, Catarina já tinha por volta de 20 anos e Batista continuava a procurar pretendentes com a esperança que um dia a casaria.- Prazer em conhecê-la, eu me chamo Augusto, qual o seu nome senhorita?
- Meu nome é Mariana - disse pondo em prática mais um de seus planos.
- Devo dizer, que acho Mariana um nome muito bonito, assim como você.
- Mariana? Quem é Mariana? Meu nome não é Mariana - se faz de desentendida.
- Não? - ele fica confuso.
- Não, meu nome é Helena - Catarina diz começando a rir exageradamente e falando coisas sem sentido.
Deixando o rapaz totalmente confuso, tendo que criar uma desculpa e ir embora, chegando em casa depois de mais uma vitória, ouve as típicas reclamações do pai.
- Você conseguiu, espantou mais um, não sei o que faço com você!
- Hora papai, desista! Sabe que não me caso nem que as árvores ganhem pernas.
- Agora te digo Catarina, se não casar, vai pro convento, ouviu? Pro convento!
Ri debochada - Pois... Fique sabendo que se eu botar meus pés lá dentro, ELE VAI PROS ARES NO MESMO INSTANTE!
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2 anos depois.Haveria uma regata que contaria com a grande elite da sociedade paulistana, porém, um jornalista carioca recém chegado a cidade, o qual não conhecia a fama de fera de Catarina, também estaria presente, rapidamente Batista não perdeu tempo. Ao saber que o pai lhe apresentaria a mais um pretendente, ficou furiosa, mas, havia dado sua palavra de que iria, Batista, Bianca e Mimosa foram na frente, ela continuou no quarto lendo, como sempre costumava fazer, um tempo depois foi até o guarda roupa escolher a roupa em que iria, em seguida tomou seu banho, arrumou-se e saiu, porém, estava bastante atrasada, tomou um carro de aluguel e chegando no lago, teve uma ideia logo após ver um homem a beira da margem, próximo de um barco.
- Com licença, estou muito atrasada para um compromisso e não irei conseguir chegar a tempo, será que o senhor poderia me levar até lá no seu barco?
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As peripécias de Catarina
FanfictionPrelúdio de O Cravo e a Rosa, onde mostrará a vida de Catarina do dia do seu nascimento até os eventos que antecederam o primeiro capítulo.