VI - Lágrimas de ouro.

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Aquela que me traiu foi minha Deusa, minha criadora... Minha mãe...

O dia do meu nascimento não foi o mais desejado pela minha mãe. Por que? Bem, se o homem a quem você fingiu seguir lhe dissesse que seu último bebê iria ser uma garotinha, estragando totalmente seu sonho de ser mãe de um garoto, você também ficaria com raiva do que nasceria, não é?

Meu pai sempre foi muito presente na minha vida. Desde o meu nascimento ele fez de tudo para compensar o que minha mãe não me dava.

Amor.

Ele sempre foi um pai maravilhoso; muito atencioso, dedicado, brincalhão, gentil, inteligente... Ele era tudo que ela não era. Tudo que ela nunca fez.

Em uma noite específica, quando minha mãe voltou de mais uma exploração, meu pai estava no meu quarto limpando minha testa que suava muito devido a minha febre extremamente alta. Ele estava cansado e precisava de um banho. Minhas irmãs - Celeste, Carmellia e Cora - felizmente estavam fora, dormindo na casa de uma amiga da família.

Lembro que meu pai saiu do quarto e foi falar alguma coisa com minha mãe, algo que eu não consegui ouvir por está muito debilitada, mas lembro-me de ter ouvido barulhos. Barulhos de gritos.

Eles brigavam muito, sempre que podiam. O principal motivo das brigas era eu. Minha mãe nunca me tratava como filha e meu pai odiava isso, dizia que assim como minhas irmãs, eu também era filha dela. Filha de sangue.

Ela nunca me quis e nunca se esforçou para esconder, sempre deixou claro que me odiava e o quanto eu estraguei os planos dela.

Eu tinha menos de 10 anos.

Meu pai evitava mais uma discussão com minha mãe, correndo para o banheiro em uma tentativa falha de cessar tanta gritaria desnecessária.

Lembro-me da sensação dolorosa das minhas pernas fraquejando, meu corpo extremamente quente, minha visão turva, meu coração acelerado e a tontura junto a tentadora ânsia de vomito.
Era uma ideia estúpida levantar, mas o que poderia fazer? Precisava comer alguma coisa.

Levantei-me indo em direção a porta do quarto, Monalisa ia apressadamente para seu quarto, fechando a porta fortemente. Aproveitei para ir na cozinha e abri a geladeira a procura de algo, mas não tinha nada, eles não tinham feito compras.

Sentei-me na cadeira da cozinha, minhas pequenas pernas balançavam impacientemente, lembro de minha barriga roncando, meus olhos enchendo-se de lágrimas e minhas mãos indo até minha barriga ouvindo-a gritar por comida. Olhei para o lado vendo a bolsa de mamãe, lá estava uma fruta deveras grande e com uma cor diferente das que eu já vi, mas a fome era mais alta que o cérebro, por isso eu peguei a comida e mordi ela, sentindo o gosto adocicado e suculento escorrer sobre meus lábios.

𝐕𝐈𝐍𝐃𝐈𝐂𝐓𝐀, one pieceOnde histórias criam vida. Descubra agora