Capítulo 1 - Sentimentos

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Neve.... era praticamente só isso que se via nas ruas da cidade de Hokkaido, porém, no meio de todo aquele branco, uma silhueta se destacava, um homem de mais ou menos 1,75 de altura, longos cabelos de cor prata-azulados, estaria vestindo um casaco grosso, provavelmente teria mais um por baixo daquele, o mesmo estaria com uma feição cabisbaixa, pensativa de certo modo, andava a mercê de seus pensamentos enquanto aquele vento frio fazia seus cabelos balançarem charmosamente. O homem para ao lado de uma loja, uma joalheria para ser mais específico, olhando a vitrine, encarava um dos exemplares de alianças que aquele local possuia, uma lágrima escorria pelo seu rosto, mas ele logo a limpa e respira fundo, suspirando triste, voltando a andar.

Após mais longos minutos andando ele finalmente chega ao seu destino, o Hospital Geral de Hokkaido. Ele encarava a entrada meio preocupado, se dirigindo para dentro do edifício, indo até a recepção, notando que a antiga recepcionista não se encontrava mais lá, causando certa estranheza no mesmo, se aproximando da bancada e olhando a jovem mulher ali.

–Ohayo... perdão mas... oque houve com a Obaa-Chan?– Perguntava se referindo a antiga senhora que era responsável pela recepção, nota a jovem lhe olhar com estranheza e curiosidade.

–Quem..?– Ela pergunta arqueando uma sombrancelha, sem entender a pergunta do homem a sua frente.

–Obaa-Chan, a Senhora Nikkō!– Falava aquilo em um tom suave, mas que ao mesmo tempo demonstrava uma expressão de "não é óbvio?"

–Ah, a Nikkō-San, ela não pôde vir hoje, foi em uma apresentação escolar do meu irmão, estou substituindo ela por hora!– Fala com um sorriso amável, um que lembrava bastante o da senhora que trabalha nessa bancada normalmente.

–Oh, ela é sua mãe?– Pergunta vendo a jovem negar com a cabeça.

–Não não, ela é minha avó, meus pais estão viajando a trabalho, ela cuida do meu irmão e de mim nesse período, mas admito que não esperava que alguém além de mim a chamasse de Obaa-San– Ela fala soltando uma risada um tanto divertida, e o homem devia adimitir, isso deixava a jovem um tanto fofa, oque o fazia soltar uma risada também.

–Hai Hai... ela sempre me ajuda com conselhos, dicas culinárias, tomamos chá... é uma senhora incrível– Ele fala com um certo brilho nos olhos ao falar da senhora, sorrindo alegre de certa forma.

–Ah, você é Kazemaru-San não é?– O homem a olha surpreso, concordando com a cabeça– Ah, incrível, Obaa-San me falou de você, perdão não reconhece-lo, veio visitar o paciente do quarto 21 certo?

–Não tudo nem, não tinha como me reconhecer sem antes ter me visto, e sim, vim visita-lo– O tom de voz do homem era calmo, habitual, suave de certa forma.

–Hai! Fique a vontade, as coisas lá já estão arrumadas do jeito que Obaa-San orientou, só receio que não terá uma companhia para o seu chá hoje– Ela falava em um tom divertido, rindo ao final da frase.

O homem solta uma risada entretido, acenando negativamente com a cabeça– Hoje estou com menos tempo, não poderia ficar para o chá mesmo que quisesse– Após a fala, se despedia da jovem, se dirigindo para o quarto 21, ia lentamente, sendo que a cada passo, sentia seu espírito ficar mais pesado, quase como se teme-se entrar na sala, mas já estava acostumado com esse sentimento. Adentrava a sala e por uma fração de segundos pôde vê-lo sentado na cama, olhando a paisagem na janela com um sorriso, mas logo, sua mente resolver parar de lhe enganar, mostrando o garoto deitado, desacordado como já estava a longos 5 anos, isso o frustava, e mais uma vez, uma lágrima escorria pelo seu rosto, novamente sendo limpada pelo homem. Kazemaru fecharia a porta, soltando um suspiro e revelando um sorriso triste em seu rosto.

–Yo... Endou-Kun...– sua voz saia baixa e cabisbaixa, ele logo ia até o copo de água que sempre pedia para Obaa-Chan, o usando para molhar as plantas que deixava no quarto de Endou, em seguida, colocava a água quente na xícara, mergulhando dois pacotinhos de chá, forte, como gostava. Enquanto deixava o chá ficar pronto, se aproximava do corpo de Endou, o levantando com cuidado e mudando o lado do seu travesseiro, o afofando, em seguida voltava a deita-lo na cama de hospital, suspirando e dando um beijo na testa do mesmo.

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