Opostos - Vinnie Hacker

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— Meu amor — minha mãe entrou no quarto se sentando ao meu lado, me virei para ela e recebi um longo beijo na testa — Eu vou viajar agora, mas eu não queria que você ficasse sozinha, todos os dias seguintes do aniversário dele, você... sabe? — concordei com a cabeça, depois da morte do Ryle, eu sempre me dopava, não apenas uma vez, e isso resultava eu indo parar no hospital, então nunca gostou que eu ficasse sozinha. — Então, ontem eu conversei com o Hacker sobre isso, e você vai ficar lá por esses dias

— QUE? — me levantei em um sobressalto da cama — O que a senhora tá falando?

— Kiara, você não vai ficar sozinha, a gente conversou aquele dia, e você disse que não iria comigo, mas eu não vou te deixar aqui nessa casa, então quando Hacker te trouxe aqui, conversamos sobre isso, e ele insistiu que ficasse na casa dele. E, ele já está lá embaixo te esperando

— Mãe... Tá bom — me digo por convencida, não tem o que fazer

— Quer que eu arrume suas coisas enquanto se arruma? — assenti e caminhei até o banheiro

Minha cabeça está latejando de tanto dor, meus olhos estão completamentes inchados, meu corpo está sem forças e dolorido, minha aparência está horrível, essa noite não foi nada fácil, depois que Hacker me trouxe, eu dormir por um tempo, mas em seguida minha noite foi apenas choro, sentimento de culpa...

Tomei um banho longo, escovei meus dentes e coloquei uma roupa larga, meus pulsos estão sem nenhum corte, apenas cicatrizes, e eu fico tão feliz por isso, é um avanço.

Me sento na penteadeira e faço uma leve maquiagem, em seguida reúno todas as coisas que vou precisar, minha mãe sabe do que eu preciso, então minha mala está completa, desço as escadas com ela e me deparo com ele brincando com o Gael.

— Kiara — diz com um sorriso

— Hacker — Aceno com um sorriso, retribuindo

— Tchau tia, tchau mãe, não esquece de mandar mensagem quando chegar lá viu. Meu neném, vou sentir saudades de você — abraço elas, e em seguida digo abraçando e apertando as bochechas do Gael — Eu amo vocês, beijos!

Hacker carrega minha mala, e abre a porta para mim, adentro em seu carro, e ele entra logo em seguida

— Por que você insistiu para a minha mãe que eu ficasse com você?

— Por que eu não insistiria, Kiara? Só estou fazendo isso para te ajudar

— Me ajudar Hacker, é sério isso?

— Talvez, ela me falou que você não queria ir com ela, me falou sobre seu irmão, disse que tem medo de te deixar sozinha, e você acabar fazendo algo contra sua própria vida novamente.

— Eu não sou uma pessoa suicida, Hacker.

— Em nenhum momento disse que era

— Isso tudo de me ajudar, e para ficar perto de mim? — digo em um tom sarcástico

— Sua companhia não é tão ruim assim, digamos que seja aceitável

— Aceitável nada, eu sou espetacular e incrivelmente incrível

— Um pouco... Chegamos — diz estacionando

— Essa casa é enorme, só você mora aqui? — perguntei e ele negou

— Não, aqui mora alguns médicos, soldados, e algumas pessoas que estão na classificados na patente alta da máfia. Só que é dividido, eles ficam na parte de trás, essa parte aqui é a principal, onde eu fico.

— Aqui é lindo, mas enfim, eu vou ficar aonde?

— No meu quarto, todos os outros já estão ocupados