Nunca se tratou muito sobre mim, nem sobre o que eu penso e meus olhares confusos.
O medo me tornou indeciso, enfrentei coisas grandes e monstros fortes, me deixei abater por pequenas moscas na minha sopa. Sorri pro mundo, me fechei pra mim. Devorei olhares e engoli palavras afiadas, engasguei com seus medos que logo se tornaram meus medos.
Hoje é aquele dia, dia de quem não fica sozinho, não é como se importasse, meus dias sozinho me trouxeram segurança, mas o excesso de segurança agrava o medo e aumenta o desejo pela adrenalina de pular aquela janela, ultrapassar os muros e correr milhas. Correr milhas na direção de uma pessoa, esperar que aquela pessoa abra os braços e me receba em seus braços, e então: lar. É pra lá que eu quero ir, um lar, seus braços são meu lar. Mas até quando estarão erguidos? Quantas milhas terei que correr? Enquanto isso me engasgo em meus medos e tropeço em minhas indecisões. Cansado de correr, seus braços ainda estão erguidos?
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A cor das dores e das flores
PoesíaA paleta de cores dos meus sentimentos. ig: @theotheraibow