1 - Brincando de Médico

518 25 197
                                    

Robby estava ansioso aguardando o horário da consulta. As paredes brancas da sala de espera do consultório estavam fazendo com que ele se sentisse apreensivo. Não havia mais ninguém ali, seu horário era o último. Poderia ir embora e ninguém saberia. A consulta era só rotina e não estava sentindo nada ultimamente, mas ter que trocar de médico era uma mudança que o deixava ligeiramente nervoso. Esperava que o novo fosse tão bom quanto o antigo e que não precisasse procurar outro, precisava de um pouco de estabilidade. Já estava quase indo embora quando seu nome foi chamado. "Robert Swayze Keene?"

Ele entrou no consultório e admirou as paredes numa mescla elegante de branco e cinza escuro. A mesa era de madeira maciça e as cadeiras eram estofadas e confortáveis. Se sentou em uma delas, de frente para o médico. "Boa noite, Dr." O médico ofereceu uma mão e Robby a apertou. "Boa noite, Robert. Desculpe pelo atraso. Como você está se sentindo?"

"Bem. Um pouco ansioso. Não tenho nenhuma queixa, só quero fazer um check-up."

O médico sorriu de uma forma muito charmosa, fazendo Robby sentir borboletas no estômago. "Quem dera todos meus pacientes fossem assim. Muitas doenças seriam mais fáceis de tratar se as pessoas não adiassem consultas de rotina por tanto tempo."

O clínico pegou alguns instrumentos e checou rapidamente os olhos, a garganta e o ouvido de Robby, satisfeito ao não notar nada errado. Mediu a pressão e a temperatura e disse que ele estava ótimo, que ia pedir um exame de sangue para confirmar, mas não parecia ter nada para se preocupar. Pediu a Robby que se levantasse, trocasse a roupa pelo avental e deitasse na mesa de exames para realizar um exame físico. Saiu da sala e deu alguns minutos ao paciente para que ele se trocasse.

Quando o médico voltou, Robby estava esperando sentado na mesa de exames. Dr Diaz se aproximou com um estetoscópio e o pressionou contra as costas nuas do paciente. "Inspira bem devagar" Robby obedeceu. "Pode soltar." Repetiram o processo algumas vezes. "Você fuma, Robert?"

"Pode me chamar de Robby, por favor? Ninguém me chama de Robert, faz eu me sentir estranho. Eu fumo... às vezes."

O médico deu um sorriso amigável. "Claro, Robby. Seu pulmão está bem limpo, você tem algum problema respiratório ou cardíaco?" Ele perguntou enquanto movia o estetoscópio agora para o peito de Robby. "Não que eu saiba." O médico ficou pensativo. "Podemos fazer um eletro, então, só pra garantir. Mas não tem nada de anormal na ausculta."

"Ah, que bom."

"Seu coração está um pouco acelerado... Por que você está nervoso? Tem medo de médico?" Sorriu.

"Um pouco... Não estou acostumado, nunca fui muito ao médico."

"Relaxe. Vou passar o gel em você para conectar os eletrodos, ok?" Robby assentiu.

A sensação do gel frio contra sua pele quente fez Robby se arrepiar todo, e quando os eletrodos foram grudados em sua pele, podia sentir quando seus mamilos endureceram e aquela sensação suspeita no baixo ventre que previa momentos muito vergonhosos em breve se ele não se controlasse. O exame finalmente acabou e o médico disse que o coração dele estava perfeitamente normal. Ainda bem, porque se ele fosse cardíaco, ia acabar infartando até o fim dessa consulta, pensou quando o mais alto pegou um papel toalha e começou a limpar o gel de sua pele, tão delicadamente que parecia até uma carícia. Em um dos movimentos, o papel esbarrou em um dos mamilos de Robby, e a sensação inesperada o fez soltar um suspiro, outro daqueles arrepios percorrendo seu corpo. Podia sentir a semi-ereção que já tinha e o rosto ardendo de vergonha. "Desculpe" gaguejou nervosamente. Não queria parecer um pervertido.

"Tudo bem, isso é normal. Seu estômago e seu intestino funcionam bem? Alguma dor?" O médico perguntou enquanto descartava os papéis sujos de gel e começava a tatear a barriga de Robby abaixo das costelas. "Não. Tudo bem." Foi descendo, apertando em vários pontos. "Me diga se sentir qualquer coisa, tá?" Robby ficou mais nervoso ainda. Sabia que o médico estava chegando numa área perigosa e não sabia como avisar sem deixá-lo desconfortável. Passou pelo estômago, a área acima e aos lados do umbigo, Robby estava rígido como uma tábua, o cérebro concentrado em não ronronar e pedir carinho como um maldito gato no cio.

Oneshots kiaz, PWPOnde histórias criam vida. Descubra agora