UM NOVO RECOMEÇO

3 1 0
                                    

A luz da lua entrava entre galhos das árvores, ouvia-se passos, uma mulher correndo com uma cria em um cesto…Era Ares, indo o mais rápido possível, para chegar ao local da sua missão,adentrando entre árvores, moitas e neblina
— Pelo amor da minha deusa, nunca foi tão longe chegar na cidade perdida! — pensou Ares, com medo de algo acontecer
Ares continua a sua longa jornada, continua e continua, mas nunca saia da floresta, parecia que estava dando voltas e mais voltas em círculo, ela para, respira e tenta se localizar, porém vira que está no caminho certo, ela olha para o cesto e vê se a criança está bem…
— Tá tudo bem com ele, acho melhor continuar antes que Nereus me ache. Deve ser coisa da minha cabeça…não estou andando em círculo ! — disse isso pegando impulso para ir mais rápido.
Tal começou a correr tão rápido que os ventos assobiavam em seus ouvidos, os cabelos mexiam com a brisa forte, passaram-se dez minutos e a floresta nunca acabara, a única coisa que via a sua frente era a névoa que antes era límpida tornava-se bacenta e turva, parou novamente e analisou a situação, já que não poderia perder tempo em uma floresta escura, onde via-se brilhos vermelhos entre a penumbra das árvores, barulhos de galhos se quebrando
— Pera ? Eu sou uma tola…como deixei isso passar ? — disse olhando ao seu redor.
Ela vê os olhos…ouve os galhos, como se fosse pequenos ratos lhe cercando
— Calma…essa névoa ? Pelos deuses ...Sai logo seu animal asqueroso… — Exclamou tal com um tom autoritário.
— Olha quem vem aí, seria a concubina de Dóris…como pode não perceber…uma magia tão simples, vejo que realmente não está mais apta para exercer sua função como guarda real ! — falou a voz desconhecida que ecoava pela mata adentro, vindo de todos os cantos
— Ora seu…como ousa ofender um soldado…? — Falou num tom egocêntrico
— Vejo que não mudou nada né Ares…— Disse gargalhando.
Assim foram as suas últimas palavras até a sua aparição, uma parte da densa névoa que estava ao redor de Ares se acumula em um único ponto em sua frente, formando um aglomerado de nuvens até ganhar uma forma física, era um homem magro, dos cabelos
negros,longos e lisos, a pele pálida e gélida parecia que tinha de acabara de morrer
— Vamos meu familiar, não posso baixar a minha guarda perto dessa mulher. — Disse ele olhando para Ares, com um olhar dissimulado.
— Tá com medo ? Karion, Karion você já foi mais corajoso…— Disse Ares com desdém de tal
Quando menos espera, atrás da guarda surge uma revoada de morcegos passando-a por ela, tal abaixa rapidamente cobrindo Ninfeus
— Nossa que espanto Ares, teve medo ? — Karion dá gargalhadas.
Os morcegos passa a ficar em volta do mago, tal dá a ordem para que seu familiar voltasse ao seu espectro natural, os morcegos assim como o seu mago se aglomera e torna-se uma coisa única, um cão infernal, aparência de um doberman, com os olhos vermelhos brilhantes, boca grande, rabo longo  como de um leão, apois o cachorro tomar a sua forma original o mago coloca a sua mão em cima da cabeça do cão e acaricio-lo
— Bom garoto…— disse Karion
Lá está em sua frente um mago elemental, capaz de usar magia e manipulação da água, e como todo mago e bruxo  tinha o seu familiar, um cão vindo direto do inferno, o mago possuía o cargo de conselheiro real, mas tinha sua preferência a sua majestade o rei, assim sendo conhecido como bajulador de uma única coroa. O mago se aproximava de Ares, Ares recuava com medo dele machucar o bebê, os dois ficaram nesse impasse por alguns segundo até que o mago levanta o seu braço esquerdo e sussurra algumas palavras, uma língua desconhecida, mal terminou as palavras e já baixou o seu braço pondo a sua mão em direção a guarda, um círculo mágico aparece em sua mão, tinha um brilho leve, havia um pentagrama ao centro e runas antigas ao redor do mesmo, assim ele termina o feitiço e Ares imóvel pois a magia que ele usava era imprevisível, um passo em falso e tudo iria a perder
— MAGIA DE GRAVITAÇÃO : PUXE  GRAVITACIONAL — gritou o mago
— Seu desgracado — antes mesmo de terminar a frase ela perde um pouco do equilíbrio
Nesse momento Ares sente uma intenção força lhe puxando, mas tal ainda se mantém no lugar, com os pés fincado na terra, fazendo buracos onde ela estava, o mago vendo a sua persistência em ficar no local tenta uma última vez
— minhas palavras foram prematuras…você continua a mesma, mas eu não sou o mesmo ! — Disse o mago dando um leve sorriso de canto.
Após tal terminar de falar, a sua mão que estava na horizontal começou a contorcer para a esquerda, fechando a sua mão como se estivesse segurando uma corda, ele puxa o seu braço para trás com muita força, assim Ares que estava com pés encravados na terra agora já não estava mais, foi puxada por um impulso com o quíntuplo de força, ela já não tinha poder sobre aquela situação e foi levada até o mago, juntamente com a criança, assim que chegou perto de tal, ele rapidamente movimentou a sua mão para a pose inicial, forçando a parada de Ares deixando-a imóvel
— Hora, hora o quê temos aqui ? O meu rei estava certo essa prole não é dele, olha essa pele, esse olhos, além do mais o rei não pode ter filho homem ! — disse ele andando em volta de Ares, olhando para o cesto sem tocá-lo.
— Meu rei quer essa criança morta, por algum motivo…mas ele não me disse do porque — exclamou num tom maldosos tocando no rosto de Ninfeus .
—Tire sua mão imunda do Ninfeus — Brandou Ares rangendo os dentes, mas imóvel
— Olha…a criança tem nome, Ninfeus…belo nome, só a rainha para dar nomes assim, mas ainda é um sangue impuro.
—Seja homem e me solte, vamos resolver isso de forma justa ! — falou a guarda.
— Mesmo tão pequeno possui um poder incrível, não parece ser um sangue impuro — expressou Karion tirando o cesto das mãos de Ares
— Me devolva essa criança seu verme ! — Exclamou a guarda novamente.
— Cala a boca, por Deus fica quieta ! — disse o mago fazendo movimentos com a mão e usando a magia gravitacional para impedir a fala de Ares.
— Bom…essa criança deve morrer — puxou uma faca de trás de sua capa.
— NÃO FAÇA ISSO ! — gritou internamente.
Karion puxou a faca e levantou-a, a luz da lua refletiu sobre a faça, mas tinha uma coisa estranha
— O que está acontecendo ? — pensou a guarda.
tudo estava indo devagar, como se o tempo estivesse parando…um brilho intenso surge entre as árvores, como se fosse um nascer do sol mas azul, após o brilho um som fino, uma nota tão aguda que zombia os ouvidos de Ares, e inesperadamente manifestou-se uma grande névoa, indo rapidamente em direção da guarda, a criança e o mago.
Tudo fica branco, a guarda vê mais nada a não ser uma nata branca da névoa, quando menos espera o feitiço do mago se desfez, Ares cai de joelhos, ela ouve o choro de uma criança e corre em direção a ela, a névoa rapidamente se dispersa as árvore que antes estava lá, agora desapareceram e santuários antigos surge no lugar, os arbusto agora eram vasos em decomposição e o caminho que estava sobre vira água, um rio que se deságua para o oceano
— Cuide dessa criança ! Salvarei uma vez, não salvarei mais ! — disse uma voz, cansada parecia uma anciã.
— Se você não cuidar dessa criança, tomarei a sua vida para me ! — disse a segunda voz, porém dessa vez era aguda como de uma criança.
— Você não percebeu, mas já tem sentimentos por esse ser ! — disse uma terceira voz, entretanto essa voz era delicada, harmoniosa.
— O QUE FOI ISSO ? — Exclamou Ares sem entender nada, pois as vozes não tinham corpo físico.
Apesar disso a guarda voltou à sua consciência, olhou para os lados e vira que estava onde deveria estar, na cidade perdida, o berço das civilizações, a nascente do mar
— Eu tava esse tempo todo aqui ? Mas isso é manipulação da realidade e não um feitiço, o que aquele mago tá tramando ? — pensou Ares, olhando para os lados tentando achar Ninfeus.
O rio não era tão profundo, batia nos pés da Ares, ela começa a procurar o ninfeus fora da águas porém continuava ao lado da nascente, passou alguns minutos procurando ela acha o ninfeus um pouco mais a frente, flutuando ao meio do rio, a guarda olha para o seu lado e vira um brilho rosa, depois mais um brilho rosa, o brilho se desloca entre as árvores e pula rapidamente em direção a criança
— Seu desgraçado — gritou Ares
Era o karion sedento por sangue. Assim que o mago chega em cima da criança, ele olha para o lado e vira Ares em sua direção, parecia uma águia que acaba de achar sua presa
— AGORA VOCÊ É MEU ! — Gritou a guarda, indo rapidamente ao mago
Assim foi, no ar mesmo Ares lança um soco no mago, causando uma onda de choque por tamanha força, Karion é lançado entre árvores e construções, atravessando-as e parando lentamente a cada objeto que passa.
— Você não é páreo para mim na força, sua escória — disse Ares com nojo do mago.
Ares cai no rio após o soco e via que o ninfeus estava perto dela, ela corre até o bebê pega o seu cesto e volta para a cidade em ruínas, chegando lá se esconde na primeira casa que vira
— Você está bem ? Bela criança — falou ela olhando para a prole.
Ninfeus boceja, estica os braços e volta a dormir, Ares fica de boca entreaberta, já que não sabia como aquela criança não chorou e esperneou de medo, ela continua na casa analisando a situação, a fim de que teria que sair daquela situação para deixar o bebê no rio sem que a criança morra
— Fiu…fiu…fiu..— assobiava ao longe, um som tão sinistro que arrepiava a espinha.
Ares olha pela janela da casa e vira karion andando lentamente, olhando pelas casas, mas achou estranho, cadê o sangue, os arranhões ? Se perguntava e se preocupava ainda mais, não parecia o Karion de antes, tinha uma energia maliciosa, melancólica e psicopata, e um brilho rosa no olhar, porém o Karion tinha olhos verdes, o mago poderia ser uma pessoa ruim porém não passava tal sensação, Ares tenta escapar pela porta dos fundos, entretanto ao passar pela porta o assobio para subitamente e escuta um rosnado ao seu lado, lá estava o cão inferno, o familiar de Karion, ela tinha esquecido da existência do cão, Ares se impulsiona para frente na tentativa de fugir contudo o mago aparece na sua frente com um sorriso ardiloso
— Onde pensa que vai ? Bela moça.
A guarda fica parada, sem reação alguma, quando menos espera o bebê estava na mão do mago, o mesmo com um simples levantar de mão bateu no rosto de Ares lançando-a para uma casa que estava a cinco metros de distância
— Que criança calma, não chorou até agora…interessante, agora eu entendo a preocupação do meu rei, ela vai ser o próximo sucessor, além do mais pode superá-lo em questão de poder. — proclamou Karion, com uma expressão de que tinha algo em mente.
Ele pega a sua mão esquerda e começou a sussurrar algumas palavras, da mesma mão sai uma massa negra sem brilho, percorrendo o corpo de Ninfeus, tinha aparência de tentáculos, nesse momento Ares volta a consciência e levanta os destroços e Karion comanda
— Vá meu familiar, tome conta desse ser imundo que se acha melhor que uma deusa — falou um tom de superioridade
Nesse momento os olhos do cão muda de cor, de vermelho carmim para um rosa magenta, o seu tamanho já não era o mesmo, saiu da altura de um cachorro normal para dez metros de altura e ganhara mais duas cabeças, assim Ares avança em direção ao cão
— Por que Cerberus está aqui ? Quem é esse ?  Não é Karion, seria Hades ? Impossível ! — pensou a guarda enquanto corre.
Ares vai para cima do cão, assim começa a batalha de Cerberus, o cão que guarda os portões do inferno e a guarda imperial do reino de Atlantic's.
Quarenta e cinco minutos antes no antigo santuário de Dóris.
— Tenho que pegar aquela criança ! — pensou Nereus acordando, após o estrago.
Via-se o deus dos mares com um dos seus braços quebrado e seu rosto ensanguentado, ele se levanta aos poucos nada até Dóris, vê o corpo da sua esposa em sangue, porém não sentiu remorso ou culpa e sim raiva, sendo assim deixando-a lá no santuário desacordada, o rei nada até a porta da caverna atravessando o encontro das águas chegando a superfície
— Espero que Karion tenha matado a criança, não posso deixar que aquela profecia se concretize — resmungou o deus.
Ele continua a sua jornada até o castelo, ele via que a chuva havia cessado e que não tinha restado nenhum guarda
— Inúteis, nem para derrubar uma simples deusa e uma besta servem ! — reclamou o rei
Chegando lá ele entra ao castelo em desespero como se sua última esperança fosse o mago, o deus pessoalmente vai até os aposentos do mago, o próprio tinha uma torre só para ele, onde fazia a suas pesquisas e experimentos, ele atravessa a ponte que conecta a torre com o castelo vendo o esplendor da lua acima, logo atrás da torre, mas em seus pensamentos só vinha a criança morta, agora seu principal desejo era aquela criança sem vida, chegou até a porta da torre, bateu tão forte que as portas abrirão fazendo um estrondo
— Karion, KARION, KARION ! — Esperneou o rei
Ele vira que o mago não respondeu e adentrou a torre, mas não encontra nada, em fúria ele com um único braço derruba e destrói tudo à sua volta
— Aquele desgraçado, cadê ele ? — bufou o rei
Ele sai de imediato da torre e vai até o castelo em ódio, antes mesmo de entrar tal já estava a gritar o nome do mago por todos os cantos em desespero
— O que foi meu rei ? — perguntou o guarda preocupado
— Cadê ele ? Cadê ele ? — respondeu o rei
— Ele quem meu rei ? — novamente o guarda pergunta
— AQUELA RALÉ DOS MAGOS — referido a Karion
— Fala do Karion, meu senhor ?
— Isso mesmo ! — Exclamou o rei
— Ele saiu agora a pouco, disse que voltaria daqui a uns 45 minutos ! — O guarda respondeu ao seu rei
— Isso faz quanto tempo ? — Perguntou o deus
— Faz exatos 40 minutos, ele deve está chegando ! — O guarda fala amistosamente.
O rei não o responde e segue até o trono, lá ele chama alguns guardas para que procurasse o mago, já que tal não tinha voltado ainda para o castelo, eles procuram, procuram e nada
— Procuraram em tudo ? — perguntou ao rei, para o grupo que tinha escolhido
— Sim meu rei, só fatal o calabouço, mas o que o Karion queria num lugar asqueroso como aquele ? Ele não é do tipo que curte sujeira ! — O representante respondeu a pergunta.
— Eu mandei procurar em tudo, não foi ? VÃO ! — Ordenou o rei, limpando o sangue que estava em seu rosto
Os guarda sem pensar duas vezes foram até o calabouço, chegaram até a porta do lugar, abriram e vinha um ar frígido e úmido, e lá estava a escada e o escuro quase infinito
— Vamos, acenda a lamparina ! — ordenou o líder do grupo.
Todos acenderam as suas lamparinas, e começaram a descer a escada, até o meio da escada eles só se sentia o cheiro de mofo, água de esgoto e até mesmo cheiro de enxofre, até um vento de dentro do calabouço passar, veio um mal cheiro
— Que fedor é esse ? Parece que algo morreu por aqui ! — murmurou um dos guardas
— Me desculpa ! — falou o guarda que estava um pouco mais a frente
— Desculpa pelo o que ? — perguntou o guarda que falava antes
— Quando eu fico nervoso eu…eu solto alguns gases
— Ah não ! - Pelo amor do rei - É sério isso ? — reclamou alguns guardas e riram ao mesmo tempo
Faltava alguns degraus para chegar ao calabouço, eles param e fazem um jogo para ver quem ia primeiro, já que mesmo estando tranquilos ainda tinha medo do que podiam ver, até que o menor guarda não teve a sorte grande e teve que ir na frente
— Bando de frouxos ! — reclamou o guarda
O pequeno foi na frente, ao chegar à entrada do calabouço ele adentrar e sente o cheiro terrivelmente forte de algo se decompondo e tampa o seu nariz com a capa, ele chama os outro e fala que tem algo de errado com aquele lugar, chegando mais perto das paredes os guarda vira que não tinha nada até um tropeçar em algo, todos viram o guarda caído, eles vão até ele para ajudá-lo
— Você tropeçou em que ? — perguntou o líder
— Não sei ! — respondeu o guarda
Todos viraram as suas lamparinas para o lado direito do guarda em direção aos seus pés
— MAIS QUE MERDA É ESSA ? — gritou o guarda em espanto.
E lá estava um cadáver em putrefação com seus braços presos em correntes, seu rosto já não dava para reconhecer, saia baratas dos seus olhos que agora era buracos profundos , havia ratos comendo sua carne, parte das suas vísceras estava para fora, tinha larvas e moscas por todo o corpo, ainda tinha alguns fios de cabelo na sua cabeça, mas tinha uma única coisa que deu para saber o paradeiro do corpo, um anel de prata, que na sua parte superior era gravado o brasão da sua família
— Chame o rei imediatamente, TEMOS UM IMPOSTOR ENTRE NÓS ! — gritou o líder.
Uns dos guardas corre até o rei e conta o que viu, tal corre imediatamente até onde o corpo estava, o guarda acompanhou o rei, assim que entrou no calabouço sentiu o cheiro e vira de longe os seus guardas ao lado do corpo, ele vai até a direção do corpo
— Olhe, meu senhor o anel  — apontou um dos guardas.
— Não pode ser ? O Karion ? Um impostor ? Quem seria ?
O rei mandou soltar o corpo e entregar a família, dizer que foi em batalha, tal em estado de choque volta para o trono esperando o falso Karion entrar pela aquela porta…
Na cidade perdida, onde nasceu as civilizações…Ares continua a lutar intensamente com o cão, os dois estava em níveis iguais de poder, a cada golpe ondas de choque eram lançadas sobre a terra, fazendo algumas estruturas tremerem
— Já acabei por aqui, vamos meu familiar — Ordenou o mago
O cachorro vira as três cabeças para a trás, e Ares vê a oportunidade perfeita para da um golpe final no animal, assim ela saca a sua espada e pula com toda a sua força para cortar as três cabeças de uma vez
— CUIDADO CERBERUS ! — gritou Karion
O cachorro infernal tenta desviar mais só duas das suas cabeças obteve sucesso para se esquivar, mas nada acontece com uma das cabeças e o cachorro volta a rosnar até Ares guardar a sua espada na bainha, surge uma linha no pescoço onde foi cortado, o cachorro para de rosnar e a última cabeça do lado direito cai lentamente até ao chão, sangue começa a jorrar do pescoço do cão, o animal entra em desespero e começa a debater no chão, convulsionado
— Agora é a sua vez seu verme, cansei de brincar ! — Brandou a guarda
Ares começa a correr em direção a Karion, tal largou a criança deixando-a de lado, ao se aproximar dele, ela desembainha a sua espada e inicia uma sequência de golpe incessantes, tanto que karion não consegue desviar e acaba cortando o seu rosto, ele salta para a trás e levanta a sua mãos
— Ok, ok você venceu, eu desisto ! — proclamou karion, se rendendo
— Ora, já desistiu ? A brincadeira acabou de começar ! — falou a guarda segurando a sua espada
— Meu objetivo já foi concluído ! — sorriu maliciosamente para Ares
— NÃO, VOCÊ NÃO FARIA ISSO ? — Ares corre até Ninfeus
Ela foi até o bebê, olha se está tudo bem e vê que o cabelo dele estava negro como os olhos da sua mãe, não havia mais aquele rosa claro como uma árvore de Sakura, ela pergunta o que o mago fez com a criança, ele não o responde e começa a entrar a floresta desaparecendo em meio a escuridão mas antes ele estrala os dedos e surge um círculo mágico embaixo do cão que já não tinha sinal de vida, era um portal, mãos começa a puxar o animal, e dentro desse portal sai gritos agonizantes e barulho de chicotes
— Ele acabou de abrir um portal para o inferno ? Então aquele cão era realmente Cerberus ? Ele definitivamente não é karion ! — disse num tom preocupada
Após ouvir o que Ares falou, ele gargalha intensamente e desaparece na escuridão, com os gritos vindo do portal Ninfeus acorda mas não chora e começa a brincar com o cabelo de Ares, ela retoma o olhar para a criança e novamente fica assustada, como tal ainda não ficou com medo e parece firme e forte, assim ela pega o cesto, levanta e vai em direção ao rio olhando ao redor, com o medo de aparecer alguém novamente ou alguma surpresa, na beira do rio ela se despede da criança, assim colocando-o lentamente na água mas a criança pela primeira depois de tudo que tinha acontecido chorou, berrou intensamente, mas algo aconteceu, o rio que antes era calmo começou a se mover bruscamente, batendo agressivamente nas encostas, parecia um dia de tempestade, ela percebe que o humor da prole estava mudando o controle do rio e fica em estado de choque, como um bebê consegue fazer isso, ele tinha algumas horas de nascimento
— Como ? Ele consegue dominar a água desse jeito tão novo ? O que essa criança é ? — falou num tom preocupado
Ela puxa o seu braço para cima e põe o cesto no seu colo, agora não sabia o que fazer, se deixasse a criança no rio naquele estado poderia cair e ser devorado por alguma criatura
— Não tem jeito terei que cantar…a música que eu e a Dóris ouvíamos quando criança para dormir — pensou ela
A criança não parava de chorar e o rio ficava ainda mais agitado ao ponto de chegar perto de Ares, ela pega a criança no colo e começa a balança-lo e cantarolar
— Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio, meu filho
Terminam nas águas do mar
deixa o vento te acalmar meu filho
Amanhã tudo vai melhorar
Reza pra deusa do mar meu filho que ela vai te ajudar....
Ouve o barulho do rio, meu filho
Deixa esse som te embalar
As folhas que caem no rio meu filho.
Agora vai nanar !  — cantou com os olhos em lágrimas.
Quando ela olha para a criança tal tinha adormecido, o rio que antes estava em caos agora estava calmo e sem ondas, Ares com cuidado põem Ninfeus no cesto e enrola ele novamente deixando-o confortável, assim ela volta a sua missão original, colocá-lo no rio para que as águas traçassem o seu destino, ela põem o garoto no rio mas o cesto não se movia, a água por um instante parou até mesmo tudo ao seu redor, ela olha mais de perto e tinha duas carpas, uma branca e outra preta nadando em volta de Ninfeus
— Ah...esse dia não acaba nunca ? — reclamou Ares já cansada
— Você reclama Ares ? Sua missão acaba de começar ! — disse duas vozes ao mesmo tempo
— Minha missão ? Mais que droga tá acontecendo? — reclama novamente.
— Sim minha querida, seu destino já foi traçado a partir do momento que você cruzou com Dóris no santuário de Poseidon, agora o seu único trabalho será essa criança ! — fala as duas vozes
— Meu trabalho ? A única que eu sirvo é a Dóris ! — Exclamou num tom egoísta
— Infelizmente Dóris nesse momento ainda está na caverna desacordada, só um milagre para salvá-la ! — Brandou as duas carpas 
— O que ? Como assim ? A é ela deu a imortalidade para o garoto. — proferiu com tristeza
— Ares minha filha, cuide desse garoto, vamos lhe ajudar a protegê-lo. nessa guerra nós deuses fomos obrigados a fazer uma cidade para que nós místicos sobrevivesse, essa criança salvará um mundo junto com os estrelas do amanhã, assim diz a anciãs. — assim falou as caspas ao mesmo tempo
— Mais que prosa é essa ? Eu cuidar de uma criança sozinha ? Não daria certo ! — Brandou Ares recusando o pedido.
— Você é a única capaz de preparar essa criança para o seu futuro, acredito que o primeiro pedido que a sua Deusa fez, foi que você ficasse com a criança, Dóris não falou aqui por desespero, mas sim porque sabe que você é capaz disso ! — falou a carpa branca
— Mas, mas, mas…tá bom, minha Deusa, o que eu estou fazendo ? — Exclamou Ares
— Que assim seja ! — as duas carpas fala só mesmo tempo
— Mais uma coisa…A vida dele será difícil, cheia de desafio por tanto o prepare para tais momento, aos 27 anos ele perderá tudo que é mais valioso para ele, porém ele vai amadurecer, para que um dia possa caminhar junto do seus amigos de guerra ! — profetizou a carpa preta.
Após tais palavras Ares acena a sua cabeça em concordância, os peixes pede para que tal entrasse na água, ela entra e uma espécie de bolha envolvendo eles, as carpas pedem para que Ares pegasse a criança, já que aquilo é uma bolha d'água, Ninfeus poderia cair, assim começaram a subir à medida que ia subindo a bolha ia ganhando velocidade, Ares olha para os canteiros das árvores em meio a penumbra da noite, vira karion mas algo estava acontecendo, era um transmorfo ? Quando vira era uma mulher alta, cabelos extremamente longos, vestido preto azulado, jóias de ouro e tinha uma coroa fina em sua cabeça, também carregava com sigo uma maçã dourada, seus olhos eram rosas e brilhosos, mas aquela aura, aquele poder, era de um deus, o que uma deusa estava fazendo aqui ? Querendo o ninfeus morto
— Já acabou Éris, você já teve a sua jogada ! — Exclamou o peixe negro
— Acabou a sua jogada ? O que tá acontecendo — perguntou ares, mas não foi respondida
Ela se transforma no karion novamente e gargalha internamente balançando os ombros e entrando na floresta, mas os peixes não se deixam amedrontar e continua a sua jornada até a cidade protegida o mais rápido possível.
No reino…karion retorna a Atlantic's o castelo do rei era na superfície, então karion mata o primeiro animal que vira na sua frente se sujando de sangue e levando a sua cabeça
— Magia de manipulação da realidade: transformar — assim proclamou colocando a mão sobre a cabeça do animal.
Ele segura a cabeça do animal até o castelo, tal chuta a porta do castelo
— OH MEU REI ! Trago para vossa alteza a cabeça do bastardo. — ele levanta a mão que estava com o animal, levando para o campo de visão do rei.
O deus não acreditava no que estava acontecendo, o garoto realmente estava morto, ele levanta do trono e vai até Karion mas para no último degrau, quase que esquecia que ele não era o mago
— Quem é você ? Achamos o corpo do verdadeiro kairon — falou alto e num tom frio.
Os guardas o cerca o possível mago, o rei agora se aproxima do Karion e pergunta novamente quem era ele, e ele continua calado, nesse momento surge uma figura feminina na sala do trono era Dóris com uma senhora ao lado
— O que está acontecendo aqui ? — pergunta Dóris ainda desnorteada
Ela vira a cabeça do seu filho na mão do mago, ela se solta da velha arregala os seu olhos e entra em estado de fúria
— O QUE É ISSO NA SUA MÃO ? — gritou Dóris, ecoando por todo o castelo.
— Essa é a minha deixa ! — disse o mago, colocando a cabeça na mão de Nereus.
O mago vira partículas e sai na primeira janela que vira, nesse momento os olhos de Doris fica branco os seus cabelos começa a flutuar e a cada passo que dava o chão afundava
— O QUE VOCÊ FEZ SEU IMPRESTÁVEL? — disse Dóris olhando nos olhos do rei
— E-eu ? — O Rei não sabia o que dizer
A deusa chega mais perto, os guardas tentam impedir mas são lançando para os ares, ela chega mais perto do seu rei e novamente segurando o seu pescoço com a sua telecinese…

Será que dessa vez o rei não escapa ? Como será a cidade protegida ? No próximo capítulo, intitulado como : " Arcana "


Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 08, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Sun, moon and eclipse Onde histórias criam vida. Descubra agora