Capitulo 4

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Nossas aulas foram um saco, Clarie fingiu que era uma menina exemplar em todas as aulas. Todo os pofessores e alunos a amavam por algum motivo. Como alguém tão fútil pode conseguir fazer tantas amizades?

Você provavelmente deve está pensando que é inveja, mas eu te garanto: não é.

Finalmente tinha chegado a hora do intervalo e Clarie graças a Deus tinha sumido da nossa vista assim como o menino alto e musculoso de mais cedo, John.

- Onde será que ele foi? - perguntei encarando a cadeira dele.

- Não sei - Candice disse sentando em cima de umas das mesas bem limpas da sala - e também não ligo! Você também não deveria ligar

- Não seja tão rude - fiz uma careta - ele era bonitinho...

- Está interessada? - Candice fez um olhar bobo.

- Cala a boca - eu lhe dei um tapa de leve, rindo.

- Pensando bem... seria uma boa você apaixonada. A última vez que você se apaixonou foi pelo...

- Max? - a voz grave e famíliar veio da porta.

Era Max.

Max era um amigo nosso de muitos anos. Ele foi passar as férias com seus avós e eu não tinha a mínima idéia de que ele havia voltado.

- Max! - corri e dei um longo abraço nele

Candice  desceu da mesa e com seus braços cruzados foi dando passos curtos até Max.

- O lorinho voltou - ela disse - quanto tempo

- Também senti sua falta!

Candice e Max eram como irmãos um para o outro e durante o tempo que gostei dele, ela me ajudou a conquista-lo, mas digamos que não deu muito certo porquê... bom, ele estava em outra

Candice sorriu e eles se abraçaram.

- Você está aqui desde que horas?  - perguntei - não te vi mais cedo.

- Na verdade eu vim fazer minha matrícula - ele respondeu - começo aqui amanhã.

Max era um ano mais velho assim como Candice, mas Candice entrou um ano atrasada. Max estudava em uma outra escola um pouco longe da cidade, mas resolveu mudar de escola pra estudar junto com a gente.

Ano passado Max participou da maioria os jogos de sua escola e ganhou quase todos. Max sempre cuidou bem de seu corpo desde quando era pequeno fazia flexões e sonhava em der lutador de boxe.

- Tenho que ir - ele disse - se o diretor me ver aqui ele me mata.

- Até mais tarde - me despedi.

Candice não falou nada, apenas sorriu.

Max então saiu e deixou eu e Candice sozinhas na sala.

Diferente da maioria dos alunos nós nunca gostamos de ficar no pátio ou algo do tipo na hora do intervalo. Sempre era bagunça, gente gritando e pessoas chatas que realmente não queríamos ver.

- Preciso de água - eu disse.

- Consegue achar o bebedouro sozinha? Não estou muito afim de sair daqui agora - Candice juntou três mesas e se deitou sobre elas.

- Tudo bem - eu disse e sai pela porta em busca de um bebedouro.

A escola realmente era muito grande. Havia quadros espalhados nas paredes dos corredores, as cores das paredes eram escuras, porém, traziam bastante alegria.

Fui caminhando sem rumo pelos corredores até chegar em um ponto que não tinha mais ninguém, ou nem mesmo quadros. Havia somente uma placa amarela de piso molhado.

- Ótimo! - falei comigo mesma - acho que estou perdida.

Enquanto tentava me lembrar de qual caminho eu usei pra chegar pude ouvir um grito abafado vindo de algum lugar ali.

Segui o grito até achar a pessoa. Era um menino que estava de costas, mas logo consegui reconhecer.

- John? - me aproximei - está tudo bem?

- Suzana? - a voz dele estava rouca.

Dei mais alguns passos até ele me interromper com um gemido.

- Por favor não se aproxime.

Talvez eu teria que ter escutado ele, mas não fiz. Me aproximei mais dele e coloquei minha mão um pouco trêmula no seu ombro suado.

- EU DISSE PRA NÃO SE APROXIMAR! - ele gritou e eu escorreguei no piso molhado caindo de bunda no chão.

Seus olhos estavam amarelos e ele tinha presas. Suas unhas estavam enormes e suas veias quase saltando da pele.

Fiquei totalmente paralisada e já estava vendo o meu fim. Ele avançou pra me atacar mas foi impedido por algo bastante rápido que o fez bater a cabeça contra a parede fazendo-o assim, desmaiar.

A "coisa rápida" parou de costas com a cabeça baixa. Eu reconheci a roupa e o cabelo, mas não podia ser quem eu estava pensando.

"Por favor não seja quem eu estou pensando!", repeti em minha mente por várias vezes.

Midnight Soul: O Começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora