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Meu nome é Anne Smith. Minha mãe Loren, agora, Loren Jones se casou com o Jimmy, meu padrasto, no mês passado e ele veio morar conosco em São Francisco. Eu estudo numa escola aparentemente boa, é bem localizada e a comida é boa, então é o que importa. Meu pai e minha mãe de divorciaram quando minha mãe descobriu uma traição há anos atrás. Fico feliz por minha mãe ter achado o amor novamente, mas o que me aborrece é que o filho do Jimmy, o Arthur, irá vir morar com a gente porque a mãe o expulsou de casa. Bom, desde que não encha meu saco, por mim tudo bem.

Comecei o dia me arrumando para ir à escola e minha amiga, Emma, sempre passava para me buscar, nós éramos acostumadas a nos comprometer com selinho, coisas de amiga, sabe?

- Oi, amiga. Tudo bem? _ eu disse enquanto entrava no carro e dei um selinho nela_
- Estou ótima. Vamos? _ concordei com a cabeça e ela deu partida no carro. Sempre passávamos em um café antes de irmos para a escola, então foi o que fizemos. Chegando lá sempre sentamos na mesma mesa e pedimos o mesmo café, o garçom nem pergunta mais.

- o de sempre, meninas? _disse o Albert, o garçom. Ele é tão bonitinho, pena que é mais novo que eu.

- Claro _ falamos em coro.

- Olha, amiga! Tem um menino te olhando _disse Emma. E eu olhei na direção do menino, super lindinho também. - Ele está vindo na nossa direção. Vou ao banheiro.

- Não me deixa aqui _ antes que eu pudesse terminar de falar, ela saiu.

-Prazer,meu nome é Lucas _ele disse quanto sentava

- Oi, Lucas, meu nome é Anne.

- Você e sua amiga são muito bonitas. _ele disse enquanto me olhava fixamente.

-Oh, que fofo! Me dá um minuto enquanto mando mensagem para a minha amiga? _ele sorriu e eu fui imediatamente mandar mensagem para Emma

Mensagem on.
- Amiga?
- Oi, Anne. O que foi?
- Vamos conseguir comer de graça hoje. Ele disse "você e sua amiga são bonitas". VEM PRA CÁ AGORA.

Depois de mandar a mensagem a Emma apareceu e se sentou do lado dele

-Oi, lindo. _disse a Emma enquanto se sentava.

Eles se apresentaram e ficamos conversando por um tempo, ele pediu um suco e etc. Quando chegou tudo o que pedimos continuamos conversando. Pude perceber que Lucas estava suando bastante e então olhei por debaixo da mesa e vi que Emma estava acariciando por dentro de suas pernas e então eu ri. 5 minutos depois eu quis cortar aquela palhaçada toda.

- Poxa, Lucas, temos que ir para a escola.
- Jura? Podem ir e deixem aqui que faço questão de pagar. Prazer conhecer vocês garotas._ disse Lucas. Quando ele chamou a Emma para pedir seu número, começamos a andar apressadamente e não deu tempo de nos alcançar.
- A gente fica um mês sem vir aqui, ok? _disse Emma rindo bastante.

Durante nosso tempo vago fui até a biblioteca porque tem um nerd que me ajuda a estudar e em troca eu ajudo ele a ficar com algumas de minhas amigas. Tudo bem, certo? Errado. Dessa vez, ao invés de escolher alguma amiga minha, ele escolheu a mim. Eu inventei para ele que estava com alguma dor e saí de lá.
Depois disso, fui para a aula de álgebra. Apesar de precisar de ajuda, eu sou bastante inteligente, estou na turma de álgebra avançada e, consequentemente, se torna mais difícil. Então às vezes era necessário um pouco de ajuda.
Era hora do intervalo, eu não costumo comer na escola, a comida aqui é um pouco cara, normalmente eu consigo esperar. Mas dessa vez foi diferente, meu estômago estava de contorcendo de dor e eu tinha vergonha de pedir dinheiro emprestado para minha amiga. Então fui até a parte de trás do colégio onde, normalmente, ficava bem solitário. Lá tem um banco, então meu objetivo era ficar deitada no banco até passar a dor. Depois que deitei resolvi mandar mensagem para minha mãe avisando o que estava acontecendo. Ela disse que me buscaria uns 30 minutos mais cedo. Normalmente eu vou sozinha e andando, mas ela teve medo da minha pressão cair e eu desmaiar na rua. Depois disso ela deu a pior notícia da minha vida.

-Mais uma coisa, o Arthur, filho do seu padrasto chegou aqui, enviamos ele para escola, então ele já deve está por aí. Por favor, seja gentil! Buscarei os dois juntos.
- Mãe, não sei qual a turma dele. Então pode ser que nem nos vejamos na escola e eu nem sei como ele é.
- Ok, filha, mas durante o carro e, pelo menos nos primeiros dias de adaptação dele, se comporte. Por favor.
- Ok, mãe. Te amo.

Um tempo depois um menino apareceu, não o conhecia, mas nada de anormal, a escola é gigante e é impossível conhecer todos. Ele se sentou num banco ao lado do meu e começou a tocar violão e quando ele acabou de tocar eu fui falar com ele.

- Uau. Parabéns! Você toca muito. _ disse e bati palmas para ele
- hahaha obrigado _ele ficou um pouco sem graça. Ele é o menino mais bonito que já vi nessa escola, sinceramente. Alto, não tão forte, cabelos castanhos e olhos pretos.
- Nunca te vi por aqui. É novo? _ perguntei extremamente curiosa
- Parece que a minha turma toda é nova aqui.
- Ah, já sei. Você é da G6, criaram uma turma nova porque tinham muitos alunos querendo entrar.
- Exatamente! _ele disse sorrindo. E rapidamente ficou sério. Ele tinha um cordão com um símbolo de skate.
- Você anda de skate?_ perguntei tentando puxar assunto
- A senhorita está querendo saber muito da minha vida. Podíamos pular essa parte. _ ele falou isso enquanto botava a mão na minhas perna e encostou nas minhas partes íntimas
- Você está louco?! _ dei um tapa nele_ - Eu só quis ser amigável contigo. Você é um ogro. Você acha que sou o quê? Você nem me conhece.
- Eu acho que você é uma mimadinha e que fica com muitos e muitos caras.
- E se eu ficar? O que você tem a ver com isso? Acha que simplesmente pode chegar e passar a mão em mim e vou aceitar? Você é novo, não sei se no seu mundo as meninas aceitam isso ou você só se acha muito, mas espero que isso não torne a repetir _ saí andando furiosa em direção a minha sala.
Minutos depois minha mãe chegou para me buscar, a coordenadora me chamou na minha sala de aula.
- Obrigada, Leny _ dei tchau para ela e fui em direção ao carro da minha mãe. Por incrível que pareça, eu estava ansiosa pra conhecer o meu meio irmão. Talvez seja até legal ter mais alguém naquela casa. _ Entrei no carro e só estava minha mãe lá

- Oi, mãe. _ ela deu partida no carro. - Ué e o Arthur?
- Ele irá para algum lugar com uns amigos e depois voltará pra casa. _ fiquei em silêncio durante toda a viagem de volta para casa. Minha mãe ficou atendendo seus inúmeros telefonemas, nada que eu já não esteja acostumada.
Assim que cheguei em casa, subi para o meu quarto e tomei um banho. Coloquei um short leve e um moletom, já que estava frio, coloquei meias e desci para a cozinha. Fiz brigadeiro e pipoca e fui maratonar uma série. Minha mãe e meu padrasto haviam saído, então pude ficar em paz.

Na Porta ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora