Your Lips, My Lips | Chaeda

Capítulo Único.

A porta está trancada e o vento atravessando a janela, fazendo as cortinas de seda brilhante voarem para dentro.

Tecidos jogados ao vento e sapatos espalhados para todos os lados. Não se sabia o que era roupas e o que era carpete.

Confesso que odeio beijos. A troca de saliva se torna algo tão desnecessário ao beijar alguém!

Mas esses lábios...os lábios dela, apenas os dela! É tão viciante. Faz com que eu esqueça do mundo a
minha volta.

Nuvens de algodão me guiam rumo à loucura avermelhada. Tão saborosa quanto a própria amora.

Apenas eu e ela em uma bolha melódica de beijos molhados e finalizados com um selar.

Aquarelas melosas pintam minha pele sem dó, me transformando em uma obra mal pintada de roxo e vermelho.

Em meu colo uma rosa branca dançante, que não para quieta por um instante.

Os fios amarronzados bem arrumados agora se encontravam embaraçados.

Cobertas grossas de cor carmim cobrem meus lábios mal tratados e os travesseiros macios bagunçam meus cabelos roxos, agora molhados.

O vento frio soprava os sons eróticos para fora, mas o ar continuava abafado dentro da prisão de concreto.

O trabalho de anatomia pareceu se tornar mais interessante depois que gato e rato se juntaram após a meia noite.

Os botões avermelhados e duros feito pedra, pareciam sofrer demais para não serem um pouco mais mal tratados, sem dó nem piedade.

A rosa dançante sem parar nenhum instante, arranhava com seus espinhos, meus braços gelados. Enquanto eu marcava lhe a pétala, formando então a mais bela obra exposta no museu privado.

A rosa esbranquiçada, mal tratada sem mais nem menos, enfim floresceu por completo junto a mim.

Jogou-se ao meu lado com exaustão. Respirava fundo, vendo as estrelas lhe levarem para a calmaria de meu peito.

Na exaustão da lua e na calmaria das estrelas, aconchegada ela dormiu.

Apenas o silêncio era ouvido aquela noite.

O amanhecer quente era bem vindo pelo sol, mas o frio e a sensação de solidão lhe perseguiram após não encontrar ninguém em casa.

Na cama fiquei abandonada, sendo apenas abraçado pela luz do astro rei.

Essa seria minha única companhia na manhã mal amada de primavera.

Talvez a rosa esbranquiçada tivesse

ido embora antes mesmo do clarear da
manhã.

Sem recados, sem mensagens, sem bilhetes, sem despedidas. Ela simplesmente some, como se nada tivesse acontecido.

Falta sinto eu dos lábios sabor amora. Macios e bem cuidados, mal tratados por mim de madrugada.

Minha rosa espinhenta mal sabe, mas seus efeitos colaterais são muito revoltantes.

Deixam machucados espinhentos e o coração sufocado de melancolia.

Saudades sinto eu do calor da rosa branca, que ao menos sabe se me ama.

♡

oi! eu amo essa história!, espero que gostem ♡, obrigada novamente a Sung-Soomi por me deixar adaptar mais uma história sua!, me desculpem por qualquer erro, até mais <3.