As maiores almas são tanto capazes dos maiores vícios como das maiores virtudes.
Me apresento. A narradora. Escondida te faço mergulhar no mais profundo mundo da intensidade.
Família entrelaçada em governos, politica, amores e arte! Te apresento u...
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O dia amanheceu em tons lilás. Angelical. Era uma nova manhã e nela se esperava comemorações, alianças e saudades não vividas. Alya foi a primeira a levantar e como costume, foi até o jardim sentir o cheiro das flores. Vestida com um vestido rosé com algumas rendas em seu decote, um tanto grande para uma princesa.
Estava sentindo as pétalas em seus dedos, quando sua irmã Roberta entra em seu campo de visão. Sorridente. Invejava essas emoções felizes.
- Belo dia! Enfatiza a mais velha, olhando ao redor com sua mão aos olhos, protegendo do sol. Estava vestida com um vestido amarelo claro e seus cabelos em uma bela trança as costas.
A caçula levanta os olhos para sua irmã e a analisa minuciosamente, de forma que a mesma substituí o sorriso por uma carranca intrigada. Alya quando decidia ser enigmática, a deixava desconfortável, pois não entendia o que sua irmã estaria pensando.
- Você está camuflando seu sentimento de medo. Cospe as palavras, com o rosto sério e a sombrancelha arqueada em desafio.
- Do que está falando? Da um riso enquanto cruzas os braços
- De todos, você é a única que está se fazendo de sonsa em relação a quem estará no baile hoje. Sorri ladino, pega uma flor lilás e faz carinho em suas pétalas.
Sua irmã caçula tinha uma forma só dela de perfurar seu interior somente com palavras, ao mesmo tempo que sorria. Evitava desde que sua outra família foi embora, conversar por muito tempo com Alya. Se sentia nua a seus olhos.
- Se evitar pensar é ser sonsa, então eu sou! Esbraveja enquanto encara o rosto angelical de sua caçula. - Você não está tensa em revê-los?
Alya sorri e devolve a flor para sua irmã que pega sem entender a mudança em seu rosto.
- Eu não conheço aquelas pessoas. Você sendo a mais velha de nós, deveria ter consciência que aquelas pessoas que nos lembramos já não são as mesmas. Segura seu vestido e olha para todo o jardim. - Assim como nós, minha irmã.
Alya deixa o jardim com sua irmã pensativa. Ela sabia o que sua caçula queria dizer. Ninguém era o mesmo após tantos anos, ela mesma tinha mudado deixando seu jeito doce a quinze anos atrás. Depois da breve conversa, Roberta estava decidida a conhecer sua família novamente e ter certeza de onde poderia pisar.
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