dia 4 - quinta (parte 2)

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— Pai. Cheguei. - falei fechando a porta da frente

— Demorou, hein?

— Cheguei no horário que o senhor estipulou. - falei baixo

— Estou cansado de não saber por onde você anda.

— Sempre disse te aonde eu estava.

— Você está realmente estudando ou namorando com um garoto? - ele diz parando de olhar para a TV e olhando para mim

— O-o que o senhor está dizendo? - gaguejei

— ME RESPONDA.

— Eu nunca menti para o senhor. - me amaldiçoei por minha voz ter saído mais fraca - A semana toda eu fui estudar.

— De mãos dadas com um garoto?

— O senhor me seguiu? - perguntei deixando algumas lágrimas caírem

— Não quero que vá até a casa dele ou veja ele novamente.

— Por que tudo isso?

— Não aceito que namore com um garoto.  

— Preciso terminar o trabalho amanhã com ele. - falei e fui para o quarto, apenas escutando seus xingamentos através da porta.

Como ele podia mandar em mim assim? E por que estou apenas seguindo?

Eu prometi a ela. Preciso cumprir a promessa.

[...]

Passei três horas pensando no que fazer, mas cheguei em apenas uma solução:

Terminar tudo com o Bang. O que nem tínhamos, para falar a verdade.

Escutei três toques na porta - que estava trancada -, fiquei em silêncio.

— Hyung, sou eu. - uma voz soou do outro lado - Abra a porta  por favor.

Não posso contar tudo para ele, ele é novo demais.

— Você está bem? Felix e Minho estão preocupados. Um tal de Bang me ligou.

Por que o Chan ligou para meu irmão? E como ele conseguiu o número dele?

— Sei que algo aconteceu, abra a porta.

— Innie, não se preocupe, estou bem. - disse tentando disfarçar minha voz de choro.

— Só vou ter certeza quando olhar para você, se não vou continuar batendo na porta.

E foi o que ele fez pelos 10 minutos seguintes, até as batidas me irritarem e eu abrir a porta, dando de cara com o mais novo sentado no chão.

— Pronto. Me viu, certo? - eu disse fechando a porta.

Em um descuido meu ele empurrou a porta e entrou no meu quarto.

— Sei que aconteceu algo. - ele disse sentando na beirada da cama

— Não aconteceu nada. - tentei sorrir

— É o papai, não é? Tem algo haver com o menino que me ligou?

— N-não.

— Não me convenceu.

Eu fiquei quieto. Ele veio até mim e me abraçou.

— O-oque o Bang te falou? - disse depois de um tempo chorando em seus braços como uma criança

— Ele contou que você saiu da casa dele correndo e deixou seu casaco lá. Pediu nosso endereço para vir aqui.

— ELE ESTÁ VINDO? - ele assente

Este capítulo sofreu poucas alterações 24/06/23

𝗲𝘂 𝗻𝗮̃𝗼 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗲𝗹𝗲, 2chanOnde histórias criam vida. Descubra agora