Menos irritante

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No domingo as coisas ficaram feias. Quase no fim da festa, algum vizinho ligou para a polícia denunciando que ao lado de sua casa, estaria rolando um puteiro. Resultado? A polícia invadiu a casa de Emília e pelo menos umas vinte pessoas foram detidas, já que eram maiores de idade. Levaram todas as drogas. O restante que estava na festa conseguiu fugir pelos fundos.

Um dos detidos foi Sebastian, o garoto nem sequer sabia pronunciar seu nome direito, porquê estava completamente chapado de álcool e drogas, sua situação estava deplorável.

Como ele era filho da futura presidente do México, simplesmente vazaram que o filho da chefe de governo havia sido preso completamente bêbado e drogado. Óbvio que aumentaram a história para tornar a matéria ainda mais sensacionalista, como uma que dizia que; o garoto havia sido pego em um quarto no meio de uma orgia com pelo menos, cinco garotas.

- Você é mesmo um irresponsável não é Sebastian? Tem ideia do tamanho da merda que você fez? - Sebas tinha perdido as contas de quantas vezes sua mãe havia o direcionado aquelas perguntas, em plena manhã de segunda feira. - Puta que pariu Sebastian! Daqui três meses são as eleições porra! - Marina não era de gritar, muito pelo contrário, até em momentos de estresses como aquele ela conseguia agir com classe. Mas dessa vez, ela estava possessa, havia caído 4% nas pesquisas de intenções de voto e tinha perdido a liderança.

- Desculpe, não vai mais se repetir. - Sebas a responde baixinho e de cabeça baixa. Ainda não tinha conseguido sequer tocar em seu café da manhã, e já fazia pelo menos meia hora que sua mãe discursava e o repreendia sem parar.

- Óbvio que não vai mais se repetir seu inútil. - Ela gritava, e Sebas sabia que estava muito ferrado, porquê ela nunca gritava. Marina tinha consciência de que estava sendo dura com o filho, mas se ela quisesse que o garoto seguisse nos trilhos, tinha que ter um pulso firme. - A partir de hoje você não sai mais daquele colégio. Nada de voltar pra casa no fim da aula e muito menos nos fins de semana. Até segunda ordem você não pisa um pé fora daquele colégio. - Assim que ouviu aquelas palavras, Sebas levanta sua cabeça e Marina quase teve pena da carinha de surpresa e tristeza que ele estava fazendo.

- Mas mãe...

- Fui clara? - Ela espera uma resposta, mas essa não vem de imediato. - Fui clara Sebastian? - Eleva seu tom de voz e o garoto assente com a cabeça murmurando um sim como resposta. - Ótimo, agora sobe para o seu quarto, pegue a mochila e suma da minha vida.

Sebastian levanta e assim que dá as costas a sua mãe, sobe as escadas às pressas desabando em lágrimas. Ele odiava desapontar sua mãe.

06:43a.m

- Eu tenho certeza que foi o Okane que me beijou. - Convicto de que estava certo, Luka não tirava os olhos do de cachos, tentando a todo custo captar alguma ação do garoto que o denunciasse que de fato, ele havia o beijado. Por outro lado, Okane estava indiferente, nem sequer o olhava.

- Meu Deus cala a boca aí um pouco vai, estou de ressaca cara. - Andi diz revirando os olhos, não aguentava mais o amigo a tentando fazer de detetive, para descobrir quem o havia beijado naquele banheiro.

Estavam todos reunidos no refeitório. Bom, pelo menos os corpos estavam presente, porquê a cara de derrota de alguns, tornava evidente que mal haviam dormido na noite passada em que tudo deu errado. Absolutamente mais da metade dos alunos daquele colégio estavam na mesma vibe de ressaca pós festa.

- Credo parece que alguém morreu. Que caras são essas? - Emília quem fala assim que chega na mesa de seus novos amigos, deixando um selinho nos lábios de sua namorada.

Un amor casi imposibleOnde histórias criam vida. Descubra agora