Capítulo Bônus

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🤡 Não foi isso que eu pedi.

[...]

Jungkook

Já fazia dois dias que Jimin dormia.

E fazem dois dias que eu não saio do seu lado, estou sempre verificando como ele está. Sempre o deixando o mais confortável possível.

Eu não sentia meu coração fazia anos, mas desde que ele entrou em 'coma', eu sentia esse órgão doer como nunca. Eu já não via a hora de ver seus olhinhos abertos, ouvir sua voz melodiosa.

Vê-lo tão silencioso, me destruía como nunca.

Durante esse dois dias, sua pele ficou ainda mais pálida, e seus lábios perderam a cor rosada de antes. Seu coração havia parado de bater, o que mostrou o final da transformação.

Mas ele ainda não havia acordado, e nem dado sinal que o faria.

Durante esse tempo, eu abasteci meu estoque de sangue, porque eu sei que quando ele acordar ele vai sentir muita sede. O que me deixava feliz era saber que ele não iria perder o controle tão fácil por me ter ao seu lado.

Como foi eu que o transformei, eu seria sua principal fonte de alimento, pelo menos durante os seis primeiros meses transformado. Ele só ira querer beber do meu sangue, e ficar grudado em mim.

A transformação terminou ontem a noite, e eu estou sentado na cadeira na ponta da cama apenas o observando dormir como um anjinho desde então. Eu quero estar perto quando ele acordasse.

Ele estaria sensível a coisas a sua volta e iria demorar um pouco até ele se acostumar.

Olhei para o relógio em meu pulso, vendo que já eram seis e meia da noite, e nada do meu pequeno acordar. Me levando e me aproximo dele, deixo um selar em sua testa, me afastando.

- Acorde, meu amor. – Peço em seu ouvido, faço um carinho em sua cabeça e seguro em sua mão fria como a minha. – Eu estou esperando por você.

Fico em silêncio, apenas esperando alguma reação dele, mas nada acontece. Suspiro, abaixando minha cabeça. Fico acariciando sua mão, sentindo a pele macia quando sinto um apertar de leve.

Levando minha cabeça com rapidez, e eu sinto as lágrimas vindo até meus olhos.

Ele abriu os olhos.

Seus olhos eram castanhos claros, e agora estavam violetas, tão lindo e belos quanto uma pedra ametista.

Aperto sua mão, não conseguindo controlar o sorriso que cresce em meus lábios.

Eu sentia nossa conexão. Ela é tão forte que mesmo se ele estivesse a metros de distância de mim, eu ainda conseguiria o sentir como se ele estivesse bem ao meu lado.

- Oi meu amor. – Sussurro, tocando em seu rosto com cuidado. Até o momento a única coisa que ele fez foi sorrir pequeno, me olhando com intensidade. – Como se sente? – Pergunto, o ajudando a se sentar.

- Diferente. – Sussurra, sua voz rouca devido a falta de uso, mas continuava suave e macia como um algodão. – Eu estou com sede.

Ele leva a mão até a garganta, engolindo em seco.

Mordo meu pulso, deixando o sangue escorrer, suas narinas dilatam ao sentir o cheiro ferroso. Levo meu pulso até seus lábios, o incentivando a toma-lo.

Ele segura em meu braço, e leva os lábios grossos até meu pulso, sugando o sangue com rapidez e gula. Enquanto ele bebe do meu sangue, me sento ao seu lado e o puxo para mim.

Quando ele se sente satisfeito, ele solta meu pulso, olhando para mim com os lábios sujos de carmim. Dou um beijo em seus lábios, eu o sinto mole em meus braços.

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