001. Entre dimensões

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Entre dimensões.

Um amor.

Um sonho.

Um Vórtice.

Um reino.

Um mundo.

Sonhar.

Dispertar.

Morpheus.

Solyne.



Solyne

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 ☽  PRÓLOGO ☽

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☽ PRÓLOGO ☽

Há uma década havia algo em meu porão, meu pai não permitia de forma alguma que eu descesse e nem mesmo se aproximasse de lá.

Até que há uma semana atrás a curiosidade foi mais forte e na base da coragem que somente o álcool pode proporcionar, caminhei em passos lentos e desajeitados até uma porta próximo ao porão.

Cerrei meus olhos na tentativa de conseguir visualizar com mais nitidez por meio de uma frecha na madeira antiga.

Acabei constatando que não era algo e sim...

alguém

Recuei dando um passo para trás, ainda perplexa com minha atual descoberta.Um passo infalso fez a madeira ranger e cambaleei tonta.

Meus sentidos misturaram-se e tudo ao meu redor ficou turvo, minha visão escureceu e tudo virou uma tela preta...


Desde que apaguei por completo e sonhei com um olhar azul tão profundo e intenso como o oceano, não obtive mais sossego.

Eu precisava saber quem era o dono de tais olhos, necessitava aproximar-se da pessoa que estava presa em meu porão e entender porque meu pai a condicionou a isso.

Encarei a janela do meu quarto e observei as folhas da árvore centenária balançarem conforme o vento. Havia um pássaro preto nela que parecia me observar freneticamente assim como eu o observava agora.

Catei o lençol de tonalidade branca e cobri meu corpo quando notei que estava ausente de vestimentas.

Meu pai embarcaria em uma viagem hoje, então restaria em minha casa pouquíssimas pessoas e o número iria reduzir drasticamente durante a noite. Seria a oportunidade perfeita para me aproximar da pessoa em meu porão e quem sabe poder ajudar-la.

A noite chegou e consigo uma brisa gélida. Antes de descer, certifiquei-me que não havia ninguém o vigiando. Meu corpo tremia de frio e medo, já minha mente estava frenética, com um turbilhão de suposições e paranóias.

A porta de madeira rangeu baixo assim que a abri um pouco, o suficiente para que meu corpo esguio passasse pelo pequeno espaço. O olhar azul encarou-me com curiosidade.

Em passos receosos aproximei-me do que parecia ser uma redoma de vidro. Meus olhos vasculharam curiosos apreciando a anatomia do corpo masculino em minha frente.

Certamente ele poderia ser considerado como uma escultura grega, esculpido pelos próprios dedos dos deuses e o seu olhar um tanto melancólico poderia ser representado pela pintura do anjo caído.

Sim, era isso, ele era um anjo caído.

- Como você veio parar aqui? -Perguntei com curiosidade dando passos em círculos ao redor da redoma. -Quem é você? O que fez? Como se chama?

O enchi de perguntas, minhas dúvidas eram imensas, podiam se assemelhar com a imensidão que o olhar azul transmitia.

-Me desculpe. -Murmurei depois de longos minutos em silêncio após perceber tamanha inconveniência. - Eu posso o ajudar?

O olhar melancólico que transmitia raiva, ódio e ressentimento deu abertura para uma pequena fresta de esperança.

-Me tire daqui... - A voz rouca e hipnótica sussurrou com avidez fazendo-me despertar.

Eu estava sonhando...

...mais uma vez.

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