O começo

19 1 2
                                    

S/n:

Acordei em um vasto milharal, perdida sem saber o que faria. Me recordando do porquê de eu ter fugido.

Meu pai sem aviso nenhum, anuncia meu "casamento" ao príncipe do reino vizinho que logo se tornaria rei. Eu estava farta de fingir ser algo que eu não era, apenas pelo meu pai.  Ou como ele dizia: "para o bem do nosso povo."

Eu não iria me casar com um homem que eu não conhecia e privar a pouco liberdade que tinha, ao menos para fazer algo sozinha.
Estava cansada de passar a vida sendo a princesa perfeita.

Desesperada durante a noite peguei a muda de roupa mais simples que eu tinha e fugi pelos túneis usados durante as guerras. Acabei entrando em uma carroça de um homem local que estava na estrada. Não me lembro quando, mas ele percebeu q eu estava com ele e  acabou por ser rude me expulsando de sua carroça as forças, e acabei por cair nesse milharal, e acabei adormecendo por aqui mesmo.


Agora:

Pela maneira em que o sol se encontra deve ser as sete da manhã, minha barriga acaba de roncar. Me lembrei que não trouxe nada comigo, me sinto uma idiota por não ter pensado em tudo.

Estava prestes a me levantar para ir procurar algo, quando um homem alto com cabelos cinzas e esverdeados apareceu. Ele estava com um olhar bastante irritado, e uma arma de caça nas mãos apontada em minha direção.

Quando percebeu meu olhar de pavor e que estava totalmente desprevenida abaixou de leve a arma.  E perguntou:

Lysandre :- O que veio fazer na minha plantação?

S/n:-Desculpe, não sabia que era sua.

Lysandre:-Você está de brincadeira com a minha cara?

S/n:-Quem está com a arma na mão é você, então tenha a certeza que não.

Lysandre:-O que faz aqui?

S/n:-Estava dormindo.

Ele me olha com desconfiança. Depois me olha dos pés a cabeça, e diz:

Lysandre:-Você não é daqui. É melhor voltar para sua família nobre, antes que achem que eu quero resgate.

Meu olhar de assustada mudou completamente. Como ele pode presumir que venho de uma boa família só pelas minhas roupas, ainda mais sendo a mais simples. Me levanto irritada e digo:

S/n:-Você se acha muito esperto, mas para você saber não venho de família nobre alguma. Só estava passeando quando cair aqui.

Lysandre:-Você acha que engana alguém com esse vestido de linho. Se você quer se pagar de plebeia use algo menos formal, e por favor vá embora.

Eu olhava para ele decepcionada, parecia que a minha fuga não daria certo. E enquanto ele me pedia para ir embora, logo notei que ele usava um dos broches "reais" nomeados como os melhores comércios do nosso reino. Cada desenho no broche representava um comércio diferente. Porém o que ele usava em específico representava tanto o comércio de alimentos vegetais, quanto do alimentos de origem animal, não a carne em específico mas o leite e a lã.

Meu olhar mudou completamente quando lembrei que meu pai havia comentado que este comércio mesmo sendo o melhor não havia mais de dois funcionários, e que por ele achar que logo não dariam conta pela pouca mao de obra, poderiam ser dispensados.

S/n:-Você está totalmente enganado sobre a minha pessoa, vim para lhe oferecer meus serviços em sua fazenda.

O fazendeiro continuava desconfiado, e me olhava como se eu fosse uma das pessoas mais patéticas que ele conhecia. Ele apenas suspirou e abaixou a arma, e foi em direção a fazenda. Confusa, presumir que era para segui-lo.

A fazenda era linda por dentro, havia vários animais e diversas plantações.
Nós entramos dentro de sua casa e subimos as escadas, ele me entregou uma muda de roupa e me mostrou um dos quartos aonde eu poderia dormir. Eu poderia explorar a casa sozinha depois, só não poderia ir para o quarto dele.

Antes de sair do quarto ele me olha, e diz:

Lysandre:-Você pode ficar aqui, mas não por muito tempo. Não confio em você, e não quero que pense que somos amigos. A forma que você fala me faz pensar que você não está em um momento bom, o que me faz ficar mais desconfiado. Você vai trabalhar aqui até que eu não precise mais de você, ou até que você me dê um motivo para lhe mandar ir embora, não sou de fazer caridade então não se acostume.

Logo depois ele saiu sem olhar para trás.
Não sei o que eu esperava, mas é compreensível. Confiança é algo conquistado, e acabamos de nos conhecer só estou meio perplexa com o quão direto, e áspero ele foi. Sinto como se eu fosse uma pobre coitada sem onde ir. Sentei na cama atordoada e para evitar pensamentos ruins resolvi ir dormir por ao menos uma hora. Ele não parecia estar com pressa e não parecia querer me encontrar pelos corredores por agora.

Deitei na cama e fechei os olhos, logo adormecendo.

Autora: -Desculpe se mudei a personalidade do lys, mas gostei assim.(Vou tentar escrever capítulos mais longos)

A princesa e um fazendeiro qualquerOnde histórias criam vida. Descubra agora