A Culpa Foi Minha!

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Os dias estão se passando muito devagar depois que o Crawford não olhou mais na minha cara. Eu expliquei tudo para a Kirsten, e para os meus amigos. Eu não aguento mais tudo isso. Eu vou na casa da Kirsten, e falar com ele, eu preciso dele... Ah, eu acho que eu realmente gosto dele, mas depois que eu desviei daquele beijo, eu estraguei tudo... Ai como eu sou burra!

Vou no Starbucks daqui do condomínio e comer algo pra ver se esqueço de tudo isso, mesmo sendo impossível, eu vou mesmo assim.

Vou para lá e vejo sentados em uma mesa a Kirsten, sozinha, tomando um cappuccino. Vou no balcão e peço uma rosquinha de morango e um cappuccino com bastante chocolate. Assim que faço o pedido me sento na mesa onde está a Kirsten:

- Amiga, eu preciso que você fale com o Crawford, sério mesmo, faz dias que ele só vai de lá de casa para a escola, e da escola de lá para casa e... – a interrompi

- Olha Kirsten, eu quero muito falar com ele, mas eu estou sem coragens, sem forças, estou muito mal. E eu vim para cá pra tentar esquecer isso, mas é impossível. – digo e o garçom trás o meu pedido.

- Eu sei disso Kiera... E sei que você também gosta dele. – disse ela e corei. – Sei que você tá começando a gostar dele, tipo daquela vez que estávamos na sua casa, quando ele entrelaçou seus dedos, pude reparar que você olhou para ele de uma maneira diferente, mesmo que tu não tenha percebido, assim como ele te olha. – disse ela enquanto eu comia a rosquinha. – Ele está apaixonado, ele já gostou de umas garotas antes, mas é a primeira vez que ele se sente assim. E, ele está muito magoado...- e quando ela ia terminando a frase, ele apareceu do nada lá, nós nos olhamos sem querer, mas ele desviou o olhar, fez um pedido e sentou do lado da Kirsten, me evitando o máximo possível.

Kirsten olhava para mim e para ele, inúmeras vezes, até que ela não aguentou e falou:

- Cara façam logo as pazes, eu não aguento ver meu casal favorito assim. – disse ela em um tom sério com um misto de tentar ser engraçada para resolver as coisas, e Crawford resmungou:

- Não somos um casal. – disse ele olhando para baixo, e eu disse:

- Olha Crawford, faz dias que aquilo aconteceu e... Ah! Eu não aguento mais ficar longe de você, eu entendo, mas... Eu preciso de você por perto. Eu não sei o que dizer, mas eu preciso muito de você. – disse e ele não disse nada, só ficou olhando para a mesa, como se estivesse em transe. Até que Kirsten disse:

- Vamos logo, façam as pazes, pelo amor de Deus, se abracem, eu não aguento ver vocês assim desse jeito. – disse ela e ela deu um tapa com as costas das mãos no braço do Crawford. – Vai Crawford, fala algo! – disse e ele olhou por um instante para mim, mas parecia que ele não aguentava olhar para mim. Então eu olhei para baixo, e disse:

- Crawford, me perdoe, por favor... – disse e deixei escapar lágrimas dos meus olhos – Eu juro que não fiz aquilo de propósito, eu só... Ah! Não sabia o que fazer, e por impulso acabei desviando, e eu sei de toda aquela história... Eu fui burra, eu sei, mas me perdoe. – disse e limpei minhas lágrimas com as mãos – E como eu disse, sim eu entendo, mas eu me sinto triste, e naquele momento tudo o que eu quisera foi voltar no tempo e fazer tudo certo, eu juro! Mas... – fui interrompida pela chuva forte que caíra e pelos meus soluços desesperados, naquele momento não aguentei, e acabei saindo correndo na chuva mesmo, desesperada.

***

Cara ela estava chorando, por minha causa, ela sabe que ela errou, mas agora ela correu nessa chuva forte, eu tenho que ir atrás dela. E disse:

- Kirsten, eu vou atrás dela – não pensei duas vezes e saí correndo atrás dela, eu via tudo borrado, mas consegui ver um borrão com as mesmas roupas dela, fui em direção a ela, não via nada e...

Let It RainOnde histórias criam vida. Descubra agora