Good Luck Kisses | Dramione

(5)

O relógio do dormitório tocou na hora. Era hora de patrulhar.

Hermione soprou a linha de tinta que acabara de desenhar em um dos itens de sua lista de afazeres, esperou alguns segundos para terminar de secar e fechou a agenda de couro, seus dedos roçando o leão na frente antes de enfiá-lo debaixo do travesseiro.

Ela vestiu as vestes, checou a varinha no bolso e verificou se o distintivo estava bem fechado antes de descer as escadas para a sala comunal. Um flash de loiro ao lado da porta chamou sua atenção e ela parou no último degrau para olhar para Draco em suas vestes pretas e capa verde. — O que você está fazendo aqui?

— Indo para a patrulha, — ele disse, afastando-se da parede com um olhar cauteloso para os alunos jogando xadrez nas proximidades, que estavam sendo um pouco óbvios sobre fingir ignorá-lo. — Troquei com Milligan. Patrulha da ponte. Ele não pode fazer isso. Apavorado com altura.

Hermione o observou por um momento, então ergueu o queixo e foi até a fileira de ganchos para pegar sua capa. Ela a pendurou no braço. — Venha, então.

Ela não conseguiu fechar a porta a tempo de evitar o súbito burburinho que os seguiu para fora da sala comunal. — Desculpe, — ela murmurou, seus olhos firmemente fixos no corredor à frente deles e no corrimão da escada. — Eles não estão acostumados a ver um Sonserino em nosso território.

— Eu entendo, — Draco disse. — Eu bati seis vezes antes que alguém realmente me deixasse entrar.

Enquanto desciam as escadas, ele se aproximou dela, até que a bainha de sua capa roçou suas vestes a cada passo. — Como foi aquela entrevista informativa? Você a teve? — ele perguntou.

— É nesta sexta-feira —, disse ela. — Tenho permissão especial para perder minha última aula do dia para poder ir para Londres.

— Oh.

Ele parecia desapontado. Hermione olhou de soslaio para ele, mas ele estava desviando o olhar, esfregando a nuca. — É uma boa oportunidade para mim —, disse ela bruscamente.

— Hmm? Oh. Sim. Sim, seria.

Hermione parou nas portas que levavam ao pátio da Torre do Relógio e jogou a capa sobre os ombros. — Então por que você soou como se não gostasse que eu conseguisse?

Seus olhos se arregalaram. — Foi, não foi? Não, Granger, isso não é - parabéns, quero dizer. Estou feliz que você conseguiu a entrevista. Você parecia realmente interessada nisso. Eu só estava — Ele lambeu os lábios, encolhendo um ombro. — É só. Sexta-feira. Quadribol.

Ela enfiou o cabelo no capuz, franzindo as sobrancelhas. — E daí?

— Primeira partida do ano —, disse ele. — Grifinória contra Sonserina. Eu pensei, bem. Eu pensei, talvez.

— Pensou o quê? — ela disse quando ele parou. Ela empurrou a porta e saiu para a luz fraca da noite. Draco a seguiu e a porta se fechou atrás dele. Ele não falou novamente até que eles caminharam para a ponte de madeira e acenderam suas varinhas para espiar nas sombras.

— Eu pensei que você poderia vir para o jogo —, disse ele calmamente. — Você se sentaria com a Grifinória, obviamente, mas eu estava - eu estava ansioso para, er. Eu esperava vê-la lá. E imaginei que nos encontraríamos antes da partida.

Hermione virou-se para olhar o vale, abaixando sua varinha para lançar a luz sobre a ponte e não sobre seu rosto. Ela podia sentir o calor subindo em suas bochechas e sabia que estava corando. Ela também sabia que estava sorrindo. — Você queria que eu assistisse você jogar. E você estava esperando por um beijo de boa sorte de antemão.

Draco se moveu para o lado dela, seu braço roçando seu ombro, e guardou sua varinha. — Talvez —, ele disse em voz baixa. — Mas se você estiver indo para Londres, provavelmente não voltará a tempo.

Ela se inclinou mais perto dele, apenas o suficiente para pressionar o ombro contra ele, e colocou a mão na parede de pedra ao lado dele. Ela bateu com o dedo mindinho na junta dele e deixou-o ficar ali. — Talvez não—, disse ela. — Mas eu já tinha planejado, se voltasse tão tarde, ir direto para o campo. Ver o jogo o máximo que pudesse.

Olhando para baixo através dos cílios, ela moveu o dedo anelar para descansar na mão dele. Então o próximo dedo, então o próximo, e ela sufocou um suspiro de alívio quando ele abriu os dedos para deixá-la deslizar para os espaços entre eles. — Eu quero ver você jogar —, disse ela, inclinando-se um pouco mais forte contra o braço dele. — E eu não me oporia a te dar um beijo antes da partida. Mas ainda não acredito nisso.

— Claro que não, — ele disse, sua voz carregando a sugestão de uma risada. — Nem eu. Mas devo dizer que estou tendo um ano muito bom até agora.

— Eu também. Mas... — Ela fechou os olhos, mantendo os dedos soltos no caso de ele se afastar em suas próximas palavras. — Meus amigos continuam perguntando se você é meu... se nós somos, hum. Eu não sabia o que dizer. Como definir as coisas. Se elas podem ser definidas.

Ele estava quieto, mas sua mão não se mexeu. Depois de alguns momentos, ele exalou audivelmente. — Nós nos sentamos juntos no café da manhã algumas vezes por semana. Caminhamos juntos para Hogsmeade mais do que nunca. Você guarda um lugar na mesa de estudo na biblioteca para mim, mesmo que não nos falemos porque conhecemos Madame Pince e sabemos que ela vai nos forçar a comer os livros. E, er. — Ele tamborilou com a mão livre na pedra. — E Zabini continua deixando panfletos para a Casa de Chá da Madame Puddifoot na minha cama. Muitas dicas sobre chá para dois.

Hermione cobriu a boca para abafar uma risadinha.

— Então, suponho que o que estou dizendo é que parecemos ser um pouco mais amigáveis ​​do que apenas amigos.

— Sem falar nos beijos, — Hermione acrescentou.

Desta vez, Draco riu alto. Ele enrolou a mão em torno da dela e se virou para ela. — Sem mencionar os beijos,— ele repetiu. — O que estou gostando bastante. Então talvez nós estejamos... namorando?

— Eu não acho que podemos chamar assim até que tenhamos realmente um encontro. — Hermione apoiou a cabeça no ombro dele. — Mas não quero ir ao Puddifoot's. É tão rosa. E cheio de babados.

— Concordo. E não o Cabeça de Javali. Faria parecer que estávamos tentando esconder alguma coisa. Que não queríamos ser vistos.

— Isso deixa o Broomsticks. E isso definitivamente significa que seríamos vistos. Por todos.

Draco puxou suas mãos da parede de pedra e a puxou para encará-lo. À luz da varinha dela, os olhos dele brilhavam como aço polido. — Poderia beijá-la —, disse ele. — Deixe isso para a sorte.

Hermione olhou para ele por alguns segundos, então sussurrou Nox e enfiou a varinha no bolso da capa. Ela colocou a mão livre no ombro de Draco, ficando na ponta dos pés, e o beijou.

Ele apertou seus dedos e se aproximou, sua mão se acomodando em sua cintura. Ele inclinou a cabeça para um lado; ela deu a gorjeta dela. Eles bateram narizes e erraram ângulos, mas de repente encontraram uma posição que fez gemidos suaves escaparem de ambos.

O coração de Hermione disparou. Ela soltou a mão de seu aperto e jogou os braços em volta do pescoço dele; Draco passou os braços em volta da cintura dela, pressionando o beijo mais fundo. Ela se abriu para ele, choramingando quando sentiu a língua dele passar pela dela.

Ela perdeu a noção de quanto tempo eles ficaram ali, mas quando Draco finalmente levantou a cabeça, ela teve que se agarrar a ele para não perder o equilíbrio. Ela descansou a testa contra o peito dele, recuperando o fôlego, então se forçou a dar um passo para trás. — Patrulha —, ela disse com voz rouca. — Precisamos... terminar. E voltar. Tenho revisões, e... e você provavelmente também?

Ele murmurou uma afirmativa, então cuidadosamente estendeu a mão e pegou a mão dela novamente. — A ponte —, disse ele. — É irregular. Não quero que você tropece.

Ela começou a dizer que estava tudo bem, por isso lançou um leve feitiço com sua varinha, mas se conteve. Ela olhou para as mãos deles e enrolou os dedos na palma dele.