Em memória de Lia

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Minha doce e querida Lia,

Ninguém pode entender o quanto sinto sua falta

Você era como o jardim de nosso velho casarão

Trazia vida e alegria para as frias cores da construção

Seu canto era um tanto mágico: afastava minhas dores como um sopro.

E sua beleza então? Nem se pode falar!

Ultrapassava até mesmo a famosa afroditeana.

Nunca presenciei tamanha inteligência vinda de um ser humano.

Achava até mesmo que tu tinhas vindo dos céus!

(ao invés do ventre de sua desconhecida mãe)

Mas e agora? O que farei sem sua presença?

O calor se foi e a tristeza reapareceu.

Levaram de mim a única luz que eu recebi

Assim volto para o meu amargo e entediante desprazer

Quem levou seu belíssimo corpo o qual eu tanto violei?

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⏰ Última atualização: Sep 27 ⏰

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