Hoje é um dia como qualquer outro, frio para ser exato, com exceção de que hoje um historiador de pedras vem a minha visita. Desde muito novo coleciono pedras das mais variadas, grandes e pequenas, pontudas e achatadas, essas pedras foram dadas por pessoas que já tive contato.
Marcava meio dia em ponto quando escuto o suar da minha campainha, deixo meu chá na minha mesa, vou até a porta abri-la, à contra gosto. Quem vem a casa dos outros no horário tão inoportuno?! Me lembro que só poderia ser Lan Xichen, o tal historiador, abro a porta e lá está ele.
O convido a entra, o direcionando pelo meu corredor até a sala principal. Ele é um homem alto com cabelos claros e olhar profundo e opacos postura sempre ereta, resumindo apresentável e de certa forma muito bonito, peço que ele se sente já o cumprimentando:
- Fique a vontade, Sr. Lan, me chamo Jiang Cheng.
- Para que tantanta formalidade? Me chame apenas de Xichen- Fala o historiador com um sorriso singelo.
- Okay... Xi-xichen- Minhas bochechas devem está vermelhas neste instante, porque tive que gaguejar?!
- Vamos direto ao assunto- O homem a minha frente pergunta, até que posso ter uma conversa civilizada com o mesmo.
- Claro, vamos até minha coleção, tenho um cômodo específico para elas.
- Lógico que teria... posso lhe perguntar o porque da colação de pedras?!- O tom de voz sutiu e de como não quer nada pode fazer com o que você conte sua vida toda a ele, mas nao sou tao fácil e dobrável como ele possa imagina.
- Bom, o motivo da minha coleção é porque minha família, amigos ou ate pessoas que já passaram por minha vida me deram elas.
- Então você tem um apreço por elas?
- Acho que não, apenas me acostumei com elas ao meu redor- Falo a verdade, só comecei essa coleção porque era a única coisa que poderia fazer com as pedras, então okay.
- Você quer se livrar delas?- Fala o historiador já chegando ao nosso destino, o cômodo com a minha coleção.
- Não! Você poderia para de fazer perguntas? Ainda nem as viu.
- Isso faz parte do meu trabalho, Cheng, para o documentário.
- Claro, claro.
Abro a porta e entramos no bendito cômodo, que é bem grande, nós sentamos nas poltronas, em frente a minha coleção.
- Sua coleção é bem grande- Fala ele bem surpreso olhando ao redor do cômodo.
- Desde muito cedo que as coleciono.
Ele se levanta de sua poltrona e andou até a grande prateleira, com as pedras, aonde tem etiqueta com os nomes de quem as me deu.
- Talvez você seja perfeccionista.
- Apenas gosto de saber quem as me deu, não posso?!
- Claro que pode... elas contam alguma história? Tipo para você as guarda desta maneira.
Reflito um pouco sobre o que ele me perguntou, nunca fui de falar sobre as minhas pedras, ele é um completo estranho... sei que faz parte do trabalho dele de pesquisador, mas também não sou obrigado a responder todas as perguntas, não é? Conheço ele a menos de uma hora.
- Tudo conta uma história, não acha?
- Acho que quer fugir do assunto.
- Não sou de fugir.
- E se esconder? Essas pedras podem lhe proporcionar um murro.
- Como assim?!
- Não consegue ver? Se vocês as empilha pode ser uma grande montanha... claro que ela poderia cair em cima de você.
- E porquê eu fazeria isso?! Tudo isso não passa de uma baboseira.
- Não sei, talvez se esconder?
- Acho que devemos parar com isso.
- São apenas respostas hipotéticas, tem medo?
- Não!
- Okay... okay, então porquê não se livra delas?
- E porque eu fazeria isso? Elas fazem parte de mim, não posso me desfazer delas.
- Mas esta tudo lotado, não percebeu que não tem mais espaço?
- Não vou me livrar delas- Este cara está me tirando do sério, como poderia me livrar das minhas pedras?! Não seria como se fosse jogar o lixo da cozinha fora, ou do papel de bala que eu mastiguei antes dele entrar em minha casa.
- Nem de algumas? Você vai precisar de espaço caso ganhe outras.
- Até que posso fazer isso, mas acho que não consigo.
- Estou aqui, posso lhe ajudar, elas são bem pesadas você não vai conseguir sozinho.
- Está dizendo que sou incapaz?!
- Estou querendo dizer que se eu te ajudar, vai ficar mais fácil.
- Eu posso sozinho, esta bem.
- E porquê não fez antes?
- É que eu nao percebi, tá legal? Não notei que estava lotado, okay?!
- Não precisar se altera, Cheng, vamos escolha algumas e jogue fora.
Agora estou olhando a minha prateleira a todos os tipos de pedras, nao sei se vou conseguir, mas vou escolher algumas... se não elas podem desabar, como ele falou.
Não deveria nem pensar na hipótese de se livrar das minhas pedras, mas esse homem fala de uma maneira tão direta e quando olho nos seus olhos, só consigo ver conforto e tranquilidade, nunca ninguém me olhou desta maneira.
- Já as escolheu?
- Não precisa me apressar, okay?
- Você sabe que isso é o certo, mas demore o tempo que for preciso para escolher- Xichen lança um sorriso que faz meu corpo ficar quente e meu coração errar uma batida. Depois de um tempo pronuncio:
- Já me decide, vou jogar aquelas ali- Aponto para três pedras, dadas uma por minha mãe, uma por meu irmão de criação, e outra que nem me lembro que a me deu.
- São bem grandes, vai sobrar bastante espaço.
- Claro que vai...
- Vou lhe ajudar a colocalas do lado de fora de sua casa.
- Obrigado.
- Não foi nada... mas agora tenho que ir embora, foi muito bom conhecer você, A-Cheng.
- Igualmente.
Volto para dentro de casa, tranco a porta e vou ao meu quarto descansar, quando acordo, no outro dia, está tudo igual não tem pesquisador, dia frio, e minhas pedras ainda estão lá.
A apenas uma diferença, um sentimento novo. Ainda não sei qual seria esse sentimento, mas gosto da sensação que ele me trás.
Quando desço o lance de escadas vejo que o carteiro já passou, e tenho encomendas. Vou até as encomendas e logo percebo que tem uma caixa média com tons azuis claros.
Quando a abro tem apenas uma flor e uma carta, na qual fico ansioso para saber quem é seu remetente.
"Você já deve ter visto a flor que lhe enviei, foi cultivada em meu quintal por minhas próprias mãos. Sei que você tem a sua coleção de pedras mas gostaria de lhe oferecer está flor, existem milhares iguais a está mas só está foi cultivada por minhas mãos. Quero lhe ajudar com suas pedras, por isso lhe entrego está flor. Que tal trocar suas pedras por flores? Se for do seu agrado me encontre na próxima sexta para tomarmos um café, no mesmo horário que te vi pela primeira vez, beijos."
-Xichen♡
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Acho que ninguém vai entender KKKKK, mas foi isso pessoas, qualquer crítica construtiva, dúvidas podem colocar nos comentários.
Bom, pode ser apenas este capítulo, mas posso fazer também o encontro na cafeteria, o que acham?

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Pedras-Xicheng
Fiksi PenggemarJiang Cheng um homem já na casa dos trinta anos, junto com uma coleção de pedras. Lan Xichen um homem com trinta e cinco anos, historiador de pedras.