- Há duas semanas que não apareces por o hospital. – Ben, reclamava enquanto bebia o seu sumo de laranja matinal, vendo Juliette saio do seu quarto de pijama e com pouca disposição para se trocar.
- Acho que nem vou voltar. – Bocejou atirando-se para o sofá.
- Estás doida? Tens que terminar...
-Eu não vou conseguir o trabalho de qualquer modo. – Interrompeu Ben,. – A minha mãe vai me obrigar a tomar conta dela.
- Odeio o que vou dizer, mas...- Se sentou na mesa diante do sofá. – A tua mãe tem uma certa razão.
-Estás a zoar com a minha cara? – Perguntou irritada não querendo acreditar que o próprio amiga estava contra ela, a única pessoa que ela sentia que podia contar.
- Hey... quando eu descobri que eras um vampiro, porque mataste um tipo há minha frente...- Suspirou querendo apagar a imagem na sua mente. – Mesmo que ele era o mau da fita foi uma imagem brusca, mas eu ajude-te a cavar a cova, ajudei-te a enterra-lo, eu amo-te Juliette, és a minha melhor amiga, e por isso sim, eu tenho que te dizer tens que assumir responsabilidades, porque eu sou teu amigo.
Juliette se levanta abanando a cabeça negativamente, não querendo ouvir mais nada.
- Eu sei que passas a vida a salvar pessoas, eu sei que te importas...- Bem ergueu sua voz querendo que Juliette o ouvisse e não fugisse apenas para o quarto. – Eu conheço-te desde criança, tu foste meu primeiro beijo, ajude-te a enterrar um tipo, partilhamos um apartamento, eu gostaria que apenas me ouvisses.
- Diz então, diz o que tanto queres dizer. – Pediu sem qualquer vontade de escutar.
- Tu salvas pessoas, e sei que és discreta quando o fazes, sei que escolhes essas pessoas a dedo, mas com Calliope não foi assim, não sei porque, mas não foi tu foste inconsciente...- Se levantou aproximando-se de Juliette. – Ela acordou de um coma, e se mexe perfeitamente, apesar de ainda precisar de uma cadeira de rodas porque não consegue estar muito tempo sentada... não é normal.
- A onde queres chegar Bem? – Questionou exausta dos rodeios.
- As vezes quando não deixas alguém morrer não significa que lhe estejas a dar a vida ela parece infeliz, ela precisa de ajuda e és a única que pode ajudar... além do mais. – Ele riu com a ironia. - As pessoas vão falar, sei que Elinor já começou a limpar as mentes das pessoas há nossa volta, mas se a tua família te protege, tens que aprender a proteger a tua família.
- Tu queres que eu tome conta dela? – Questionou se questionando a si mesma se realmente tinha feito o que era certo, se devia tomar o concelho da sua mãe e sugar a vida de Calliope do mesmo modo que lhe o tinha dado.
- Depois do que lhe fizeste acho que ela merece isso, até porque a pobre, está cega.
A conversa fez Juliette pensar, mas ela realmente não tinha conseguido chegar a uma resposta do que fazer. Ela tentava ajudar, tentava fazer o que era mais certo. E naquele momento para ela entender o que fazer com Calliope ela de fato iria precisar passar um tempo com ela, e não é como se tivesse muitas escolhas.
- Quando eu sair daqui eu vou para casa. – Juliette pode ouvir o que a fez travar antes de entrar, tantos anos a ver Calliope dormir, era estranho ouvir sua voz.
- Mesmo agora acordaste já bateste com a parede? – Seu irmão Apollo perguntou fazendo a sua mãe olhar para ele zangada.
- Eu quero estar sozinha...
-Ficamos sem ti por anos. – Theo a interrompeu, seu irmão mais velho sempre conseguia que ela o ouvisse. – E agora que te temos de novo, queres ficar longe de nós?
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Não tão monstruoso
FanfictionCa colisão de dois mundos Calliope tenta descobrir quem é o verdadeiro monstro da sua historia