Pov Autora
Okane abre abro os olhos, estava em...nada, não havia nada. Era um lugar em branco, completamente vazio. Ele se senta e olha para os lados, ainda não havia nada. O moreno levanta com as pernas bambas, não sabendo como estava em pé naquele lugar, era tudo em branco, como uma tela vazia.
"Okane"
Ele vira na direção da voz, não tinha ninguém.
"Vem aqui meu amor"
- Mãe?
"Vem com a mamãe, vamos dar um passeio"
Não, não, não. Ela iria abandona-lo novamente, precisava fugir. Mas pra onde ? E como mágica, como um desenho ou algo do tipo, uma paisagem começa a surgir.
"SEU RETARDO, PRESTE ATENÇÃO NO DEVER" Era a voz de seu pai.
Okane arregala os olhos e começa a correr, a medida que avançava, mais passagens surgiam. Era uma espécie de jardim, que dava para um vasta floresta.
"Para quieto, Oscar" as vozes de varios de seus professores.
"Vamos querido, é para o seu bem e sua segurança" Sua mãe o trancando no quarto, para sair com um de seus amantes, e "protege-lo" de seu pai.
As vozes se confundiam e se misturavam, deixando-o tonto. Mas não ele parou de correr, pois pareciam se aproximar, mesmo que ele não pudesse ver.
"Confesse, e tudo isso acaba" Os policiais enquanto o torturavam.
"Me de isso, seu ratinho" Os meninos dos meses que passou na rua, antes de ser pego e levado para o orfanato de freiras.
Sentia dedos invisíveis tentando agarra-lo. O garoto arregalou os olhos quando parou em um precipício, de onde isso veio ? Ele olhou para trás, não havia ninguém, e a floresta atrás dele havia sumido. Mas as vozes não iam embora.
"Leia de novo" Dizia a madre, batendo em sua mão com uma régua de madeira pesada.
"Você nunca mais verá a luz do dia, e então daqui a pouco tempo, ele vai se esquecer de você" A voz de Marcelo Colucci, garantido que ele nunca seria solto, e que Luka o esqueceria em breve.
Não podia voltar, mas como seguria em frente? Quando olhou novamente para frente, deu um pulo, aonde era o precipício, agora tinha uma ponta, e um coelho branco de olhos carmesim o olhava, o animal maneia a cabeça, como se quisesse que ele o seguisse.
Deveria?
Ele não tinha o que perder. Sem olhar novamente para trás, ele pisou na ponte, e começou a andar, quando mais avançava, mais rápido o coelho saltava. Quando saiu da ponte, o bichinho já estava a metros de distancia, pouco parando para verificar o adolescente.
- EI, ESPERE POR MIM.
O garoto começou a correr, as vozes ficavam cada vez mais baixas e distantes, a medida que ele entrava mais no outro lado da floresta.
- Oi, PRA ONDE ESTÁ ME LEVANDO?
O coelho parou em uma árvore, por um momento, Okane pensou ter visto o animal sorrir, antes de pular dentro da toca.
- EI, ESPERA AI.
Okane correu até lá, olhando para dentro do buraco.
"Okaneeee, não se esconda do seu velho pai" H-Hector ? Seu terceiro pai adotivo...
"Eu só quero saber onde a vagabunda da sua mãe mandou você esconder o meu run novo."
"CADÊ VOCÊ?"
