Always In Your Shadow: Calista Snape Volume I

Prólogo

AVISO: Esta história contém flashbacks de violência para/na frente de uma criança pequena. Não é mais gráfico do que precisa ser, e é necessário para o enredo, mas algumas pessoas podem se incomodar com isso.

Bellatrix Lestrange esfregou a barriga subconscientemente enquanto espiava pelo nariz. A mulher no chão abaixo dela se contorceu, olhos selvagens e redondos. "P-por favor," ele engasgou, "Te-tenha piedade... eu não fiz nada para você."

Belatriz riu. "Eu não sou conhecida por ser misericordiosa," ela cantarolou, parando com a mão no meio de sua própria barriga. Ela não devia nada a essa puta trouxa imunda, mas... talvez a gravidez a estivesse deixando mole. "Talvez... só desta vez, eu possa abrir uma exceção..."

O alívio inundou suas feições pálidas; as bochechas encharcadas de suor ficaram frouxas. Cuidadosamente, ela se apoiou nos cotovelos, afastando-se lentamente de Bellatrix.

"Sim, eu acho que vou te dar misericórdia," Bellatrix disse, seus olhos escuros acesos. Ela girou a varinha entre os dedos, pensativa.

"O-obrigada," a mulher disse ao exalar, e ela tremeu como uma folha mesmo enquanto se afastava de Bellatrix; como um animal encurralado, ela tinha medo de fazer qualquer movimento brusco, embora a tentação de fugir daquela mulher claramente desequilibrada fosse poderosa; especialmente considerando a dor inacreditável que ela acabara de sentir; ela só podia esperar que esta... esta feitiçaria, o que quer que fosse, que a mulher de cabelos selvagens tinha feito com ela não a tivesse danificado de alguma forma permanentemente. Só Deus sabia, parecia que seus ossos estavam sendo quebrados, como se ela estivesse sendo completamente desfeita por dentro.

Belatriz assentiu. Em um movimento súbito, ela apontou a varinha propositalmente para a jovem novamente. Ela abriu a boca.

"O que você está fazendo?" a mulher perguntou, tensa. "Você... por favor, você disse que teria misericórdia!"

Bellatrix inclinou a cabeça. "Para um trouxa imundo como você, a morte é misericórdia", disse ela, satisfeita consigo mesma. Ela piscou conspiratoriamente. "Especialmente de mim. Então... Avada Kedavra! "

Bellatrix riu quando a luz fugiu dos olhos redondos e azuis da mulher. Bem, isso foi feito.

****

Bellatrix estava sentada à mesa da cozinha, com a varinha na mão direita. Era tentador especular sobre qual de seus pretendentes havia gerado a criança, mas descobrir provavelmente não valia a pena, já que ela não tinha intenção de compartilhá-lo com ninguém além do próprio Lorde das Trevas.

Era uma coisa que ela e Rodolphus haviam tentado muitas vezes ao longo de seu casamento; não que qualquer um deles fosse particularmente sensível, e certamente não pelo tamborilar de pezinhos ou qualquer outra bobagem, mas simplesmente porque a raça bruxa estava diminuindo. A cada geração, o sangue afinava; havia, na opinião dos Lestranges, muito poucos sangues puros restantes. Mas isso nunca aconteceu; ela não sabia, na época, se era defeito dele ou dela, mas eles nunca foram capazes de gerar um filho.

Tinha sido difícil, quando ele foi morto. Não por causa de qualquer ligação emocional particular que ela mantinha, mas porque ele tinha sido morto por um traidor de sangue sujo, um dos aurores prodígios mestiços de Alastor Moody, e Bellatrix ainda tinha que retribuir o favor. Ultimamente, Narcissa a pressionava para se casar com Rabastan, mas Bellatrix não tinha intenção de fazê-lo. Ela tinha feito o que se esperava dela, e se casou com um bruxo de sangue puro, uma vez. Eles não tinham produzido um filho, e agora ele se foi. Ela precisava vingar sua morte, mas isso era tudo que ela sentia que devia a ele.

A criança, no entanto... ela sentiu que eles estavam no caminho certo. E ela percebeu, meses depois do assassinato de Rodolphus, que não era tarde demais; talvez fosse ainda melhor assim. Rodolphus não tinha sido muito duelista - foi por isso que ele morreu. Na verdade, como ela refletiu, não havia muito a dizer sobre ele, exceto que seu sangue era tão puro quanto o dela.