𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 16+1 - 𝑺𝒕𝒂𝒓 𝒅𝒖𝒔𝒕

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Voltei com o capítulo da semana, aproveitem, a sensação de escrevê-lo foi comparado a descer uma ladeira em uma bicicletinha de criança sem freio, mas eu amei escrevê-lo. Esse capítulo é focado só no agora porque não queria fazer o coração de vocês doer muito mais.

A música que eu indico é: Can you hold me do NF, tá na mídia e não deixem de ouvir.

Não esqueçam de votar e comentar!

Beijos de luz!

"Tire minhas palavras, meu chão, tire até mesmo quem eu sou, mas não me tire a esperança de recomeçar de novo" - Harry Styles.

Agora:

Harry acordou no meio da noite assustado e se sentando na cama, o coração do alfa estava acelerado e a boca seca. Os longos dedos gelados passaram pelos cabelos curtos e o mesmo levantou colocando uma camisa.

Decidido a tomar um chá e voltar a dormir, o alfa desceu as escadas, mas seu caminho até a cozinha foi interrompido ao olhar pelas grandes janelas de vidro que Louis estava sentado na varanda da cobertura dele, no sereno, sem nenhuma proteção contra o tempo frio da madrugada.

Harry se aproximou sem fazer movimentos bruscos e no silêncio as duas respirações pesadas se uniram através do ar gélido. O alfa tremeu, não só pelo frio das temperaturas negativas que tomavam a madrugada, mas sim pelo vazio no olhar de Louis.

O pequeno ômega usava apenas um fino pijama de seda azul e estava encolhido em uma das espreguiçadeiras que ficavam a beira da piscina.

O vapor da respiração dos dois era tão visível quanto a dor ali quando um trovão cortou o céu indicando o início de uma tempestade literal dessa vez. Ainda sem dizer nada Harry se sentou de frente para Louis esperando encontrar pelo menos o lampejo de selvageria e liberdade que um dia existiu em seus olhos.

É claro que ele falhou, ali só havia dor.

-Eu quero ficar sozinho- Foi só mais uma coisa que Louis disse sem realmente dizer e Harry assentiu decidido a não atender aquela sandice.

O alfa entrou em casa, preparou um chá, colocou em duas canecas e voltou para a varanda, dessa vez com as canecas de chá e uma manta grossa pendurada no braço esquerdo. Louis ainda estava ali, na mesma posição. Harry colocou as canecas na ponta da espreguiçadeira e cobriu os ombros de Louis com a manta antes de colocar uma das canecas na frente dele.

-Camomila- foi só o que Harry disse antes de ficar em silêncio tomando seu chá.

-Você não me ouviu dizer que eu quero ficar sozinho?- Louis perguntou pegando a caneca com chá fumegante com os dedos trêmulos.

-Sim, mas não isso quer dizer que eu vá escutar, você pode fazer o que quiser, pode aproveitar minha companhia, fingir que eu não estou aqui ou descontar toda a sua dor e a sua raiva em mim, mas daqui eu não saio. Eu nunca vou te deixaria sozinho no meio da madrugada enquanto sofre!- Harry disse decidido e mesmo que o céu estivesse tão pesado e cheio de nuvens quanto seus corações, ele não mudaria de ideia, afinal o que era a tempestade perante a dor que eles sentiam?

O barulho dos trovões quebrava o silêncio mortal, mas não a clara conexão dos olhares ali.

O silêncio era uma barreira que Louis não conseguia quebrar, mesmo que sua alma sufocada gritasse por libertação todo o tempo e que seu coração quebrado sangrasse pela tão sonhada liberdade que agora o ômega tinha começado a temer.

A fumaça do chá parecia ser a única coisa tão quente e aconchegante quanto os braços de Harry e naquele momento, Louis preferiu beber o líquido do que deixar que Harry se aproximasse mais. O ômega não podia lidar com mais nada, ou pelo menos achava que não, porque toda as vezes que seu olhar encontrava o do alfa, seu coração morto batia mais forte e a sensação de estar vivo de novo era estranha demais par ele.

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