Ela viu

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Uma dor de cabeça não costumava derrubar Yelena, nunca. Mas algo no tratamento especial que Natasha estava dando a ela nos últimos tempos havia deixado a loira um pouco mais manhosa quando não estava em seus melhores dias.

Ao entrar na sala e se deparar com sua irmã sentada no sofá lendo um livro qualquer, Yelena não tinha dúvidas que o melhor remédio que ela poderia ter estava entre os braços da ruiva. Tudo estava silencioso, ninguém por perto, talvez por isso Natasha escolheu esse momento propício para se dar ao luxo de ler alguma coisa.

Sem se importar de interromperia a leitura da mais velha ou não, Yelena se aproxima do sofá e se infiltra entre os braços de Natasha, dedos ousados abaixando a regata preta que a ruiva usava, expondo o seio carnudo e apetitoso ao qual Yelena estava ficando tão familiarizada sem problema algum.

"Ei, o que é isso?" Natasha fecha seu livro enquanto olha para a mulher deitada desajeitadamente em seu colo. Yelena não fez rodeios dessa vez, apenas foi até ela e pegou o que precisava. Talvez ela devesse ter ao menos pedido permissão? Provavelmente, mas Natasha não bateria nela por isso.

"Estou com dor de cabeça, preciso relaxar." Foram as poucas palavras que Yelena se propôs a dizer antes de envolver a boca na pele macia e quente e sempre convidativa de Natasha. As primeiras sugadas eram as melhores, o mamilo rígido em contato com sua língua e preenchendo sua boca era incrível. Yelena fazia com cuidado, jamais machucaria Natasha.

Uma de suas mãos segurava o decote da regata embaixo do seio ao qual Yelena escolheu mamar, enquanto a outra mão percorreu o corpo da irmã e se acomodou atrás de suas costas, prendendo o tecido da blusa em seus dedos.
Natasha, amorosa como só ela poderia ser com Yelena, não tardou em acariciar o rosto de feições doloridas e bochechas vermelhas da caçula.

"Talvez você devesse ter tomado um remédio, мой маленький малыш.¹" Natasha sussurra, mesmo sabendo que não vai obter resposta alguma de Yelena.

(¹"meu pequeno bebê")

Nesses momentos ambas apreciam o silêncio e apenas a companhia e carinho uma da outra. Natasha a ajeita em seu colo, tentando deixá-la o mais confortável possível, já estava pegando a prática, decorando os horários que Yelena costumava precisar mais dela e de seu conforto.

Geralmente logo cedo, ao acordar, banhada por aquela preguiça deliciosa enquanto se emaranhava com Natasha sob os cobertores e com a voz mais dengosa que Yelena tinha escondida em seu âmago, ela conseguia prender a irmã por bons minutos antes de ambas se levantarem finalmente.

Algumas vezes durante o dia, quando está carente ou simplesmente estressada demais, a loira não pestaneja nem por um minuto em procurar Natasha onde quer que ela esteja.
Quando está com dor, como agora, é quase sempre quando Yelena precisa mais dela.

Natasha se sente maternal naquele momento, tendo decorado até mesmo a forma como Yelena gosta de estar deitada sobre seu corpo, sempre descobrindo uma posição nova, precisando sempre estar fazendo carinho em alguma parte do corpo de Natasha. No rosto, pescoço, ou talvez até mesmo em seu outro seio negligenciado, já que a loira tinha até mesmo suas preferências por qual seio gostava mais.

Natasha também amava o fato de que sua pequena grande garota tem algumas manias muito singulares. Cada segundo em que Natasha pode ter Yelena em seus braços é precioso. Ela perdeu as contas de quantas vezes decorou e redecorou os traços em seu rosto perfeito, memorizando-os com facilidade e felicidade enquanto apenas segurava a loira em seu colo, bem junto de seu corpo.

Natasha jamais saberia a sensação de gerar e nutrir uma criança, mas Yelena estava proporcionando a ela muito mais do que ela jamais pensou que conseguiria um dia. Uma conexão que ela pensou ser inimaginável com outra pessoa, um amor tão grande que lhe causava medo. Ela já era capaz de dar sua vida por sua irmã sem pensar duas vezes antes, isso parecia ter triplicado agora.

Your love saved my world - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora