E como seria se...

Tudo por água baixo

Arizona

  Essas últimas semanas tem sido conturbadas...Meus sentimentos indefinidos por Daryl estão me matando!

Eu tenho tentado me afastar dele, realmente  percebi que nossa relação era meio...Exagaerada...Apesar de ser natural pra nós, pra pessoas ao redor, incluindo Ally, era excessiva.

Estava saindo pra trabalhar quando nos encontramos no corredor.

— Oi...

— Te mandei mensagem ontem, você não viu?
Ele disse.

— Ah!Não!Eu sinto muito, eu deixei meu celular de lado ontem o dia todo, pra estudar e focar.

O que não era mentira, mas quando ele e mandou mensagem eu pulei pra ver.

— O programa de residência vai começar semana que vem...Oficialmente, mesmo, vai começar ano que vem...Mas semana que vem vai ter meio que um "teste" onde vamos trabalhar no hospital por um tempo com mentoria, e meio que eles vão mandar embora umas pessoas que não suprirem as expectativas deles...

— Caramba, soube disso quanto?

— Logo depois do e-mail e-

— Porque ta me contando só agora?

— E-eu esqueci.

— Ta...Vamos?Te dou carona.

— Na verdade eu não vou pro trabalho.To com uma enxaqueca terrível.

— E porque você tá...Arrumada?

— Ia comprar remédio.

— Compro pra você.Qual você precisa?

— Não Daryl, não precisa, não vou te atrasar e-

— Cinco minutos.
  Daryl desce as escadas rápido antes que eu pudesse protestar.

Entrei em casa e me senti a pior pessoa do mundo...Senti que estava fazendo ele de bobo!Mas não era isso, eu só não quero mais problema com a Ally, não quero estragar nossa amizade...Não quero perdê-lo.

  E cinco minutos depois Daryl estava lá em casa, com não um, nem dois, mas com três remédios para dor de cabeça.

— Esse aqui o farmacêutico disse que é forte, então toma um agora, mas só toma um por dia, e não todo dia...Já esse aqui e- Bom, eu tô ensinando o padre a rezar missa...Você é médica, sabe como funciona remédios...
  Daryl deixa os remédios em cima da mesa.

— Obrigada, Daryl...

  Sorri, me sentindo novamente um ser humano terrível.Pego minha carteira e começo a ver quanto dinheiro tenho.

— Qaunto deu tudo?

— Uma prata.
  Daryl diz e eu fecho a cara.

— Remédios são horríveis de caros, eu quero te pagar.

— Já te falei, uma prata, eles estavam com uma grande promoção hoje...
  Daryl pega uma nota de uma prata que estava em minhas mãos e coloca no bolso.