~ Como todas as histórias de tragédia, essa não poderia começar melhor, não é ? ~
Helena, garota de 17 anos, prestes a se formar na escola, não tinha problemas familiares e nem nada do tipo, como todo adolescente, essa era rebelde, porém a rebeldia da noite seria invadir um lugar sozinha para ver o que tinha lá, sabia que o lugar era hospedeiro de um crime.
Freddy's Fazbear Pizzaria, um local que era bem movimentado na infância da garota, ela amava ir lá para comemorar festas de aniversário, comer pizza e escutar os robôs cantarem, Helena era uma garota agitada quando era pequena, algo que foi perdido com o tempo por conta dos diversos trabalhos e provas que caíram em cima dela com os passar dos anos, deixando ela calma e ansiosa, a infância da garota realmente tinha sido boa, várias lembranças dela com os pais eram em sua maioria, da infância, brincava com os maiores dentro da pizzaria, cantava e dançava com eles, realmente não tinha nenhum tipo de compromisso, não se preocupava com nada, a garota tinha saudade daquela época onde não precisava passar a manhã inteira atrás de livros sobre matérias que ela não estava dando a mínima.
- Ahn.... Será que eu deveria avisar alguém ? Assim, não quero escutar avisos de Não vá a tal lugar ou pessoas fisicamente me impedindo - Helena pega o celular dela e olha o mesmo por algum tempo.
Chegando em casa, a garota vê o pai cozinhar livremente, como a mãe dela fazia plantões de noite no hospital geralmente era o pai que ficava com ela, a garota realmente gostava do adulto e da comida dele, além de que a relação deles era saudável
- Como foi na aula Hell ? - O pai da menina chamava ela assim por conta dela estar na adolescência
- Ah... O de sempre pai, pessoas chatas discursando sobre coisas que são mais chatas ainda - Ela joga a mochila pro lado e se senta na mesa
- Essas coisas chatas você provavelmente vá usar alguma hora na sua vida, então não reclama não filhota, alguma hora você vai entender - O homem que terminava de cozinhar, leva as panelas até a mesa que já estava arrumada
- Talvez eu use Charles, talvez eu use - Ela coloca a comida e come, dali pra frente ficou um silêncio constrangedor na casa
A tarde se passou que nem as outras, a garota de cabelos cacheados e pele escura estudava no quarto e depois jogava alguma coisa em silêncio, não tinha vários amigos que conseguiriam jogar com ela, então jogava sozinha e assim foi o resto da tarde dela.
22:00 horas, cronometradas no relógio, Helena desce as escadas com uma mochila nas costas, ambos os pais tinham ido trabalhar, o pai ainda não tinha voltado pra casa, ela levava um bilhete em mãos e então cola na porta da geladeira, logo após sai de casa e vai de bike até o local. Pouco mais de 20 minutos andando de bike, ela chega no lugar que era até bem afastado da cidade, tinha um gigante território só pra ele (como se fosse uma loja grande no meio do nada), o local de fora parecia acabado, as paredes estavam desbotadas por conta da chuva ácida, o painel que antes era para ser algo que brilhava, tinham poucas lâmpadas que não estavam quebradas ou tinham sido roubadas e a grande placa que dizia Freddy's Fazbear Pizzaria estava quase apagado, sobrando algumas letras e o rosto deformado do grande urso segurando o microfone, Helena recua um pouco para ver toda aquela fachada do local, sentindo certa nostalgia por estar ali depois de tanto tempo. Após alguns minutos tentando abrir as correntes que selavam a porta, a garota de cabelos cacheados consegue abrir uma fresta, por possuir um corpo magro e por praticar esportes que proporcionaram um pouco de flexibilidade para a mesma com muito esforço ela consegue passar pela fresta que a porta tinha, a mochila que ela tinha junto foi logo após e assim que a menina entra no local, ela se depara com o mesmo inteiro, intocado, nada estava fora do lugar ou quebrado, a pirate cove estava exatamente do jeito que se lembrava, as cortinas rasgadas e a grande raposa fora de serviço sumida dentro da vasta escuridão dos longos tecidos roxos cheios de desenhos, ela quase podia escutar o som de crianças alegres brincando ali e os pais delas sentados conversando, o local tinha uma péssima iluminação, só conseguia ver algo por causa da luz da lua e dos postes de eletricidade do lado de fora, a morena liga a lanterna dela, que de início dá umas falhas e então funciona bem, o foco da lanterna era alto, o que ajudava a enxergar bem o que estava na frente dela. Ao ligar a lanterna, as partículas de poeira ficavam evidentes, as teias de aranha estavam evidentes até de mais e o que algum dia foram chapéus brilhantes de festa, agora eram pedaços de papelão sem brilho algum, com uma cor fosca e sortida em cima de uma mesa, algumas cadeiras estavam caídas pelo local que certamente tinha sido abandonado as pressas, a menina vira a lanterna para o palco a tempo de ver os grandes animatronicos, estáticos, desbotados e curiosamente, sem nenhum tipo de poeira, pareciam um pouco velhos mas permaneciam funcionais, intocados assim como a maioria das coisas, porém com um adendo, um cheiro pútrido e forte vinha da direção deles, algumas partes deles pareciam estar com marcas de sangue, o que faz a garota se afastar um pouco mais dos grandes robôs que ainda estavam estáticos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Broken Hell
ParanormaleHelena é uma garota bem comum, porém um dia decide cometer o péssimo erro de se meter onde nunca foi chamada e aí depois disso sua vida virou de ponta cabeça completa.