18_ O beijo.

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ㅡ Obrigada, Stefan. ㅡ Nancy me seguiu até a cozinha enquanto ouvimos a barulheira do pessoa, os sons das águas voando para todos os lados, o som da música eletrônica e tudo mais. ㅡ Não sei o que teria acontecido se você não tivesse chegado bem na hora.

Andávamos em direção a cozinha e quando chegamos lá dentro eu peguei a latinha que volta que está ali e abri enquanto a Nancy sentava em uma das cadeiras. Eu não tinha reparado antes, mas ela estava extremamente linda! Sério! Os seus cabelos estavam pelos ombros, os seus olhos pareciam mais brilhantes e tava um pouco escuro por ter passado maquiagem e algo que eu não sabia identificar. O vestido que ela usava era um vermelho mais para a cor vinho, nos seus pés um salto preto simples.

Ela estava, simplesmente, deslumbrante.

Não sei por quanto tempo eu fiquei encarando aquela mulher bem na minha frente, mas esse tempo foi o suficiente para sentir meu coração acelerando aos poucos só de olha-la. Enquanto eu analisava atentamente cada traço do seu rosto, meus lábios secavam ansiando pela dela que até o momento estava com um batom.

ㅡ Stefan? ㅡ Nancy estalou os dedos na frente do meu rosto me fazendo voltar a tona. Eu fiquei tempo demais olhando-a. Mas quem não olharia? Aquela mulher era linda! ㅡ Você está bem? Por que tá me olhando assim?

ㅡ Você é linda. ㅡ E, de repente, a minha língua simplesmente soltou um elogio fazendo a mesma piscar repetidamente os olhos parecendo surpresa.

ㅡ Ah... ㅡ Naquele momento, as suas bochechas começaram a ficar rosadas. Não sabia o quanto aquela mulher tinha capacidade de ficar mais linda. ㅡ Obrigada.

ㅡ Desculpa se eu te deixei sem graça. ㅡ Levei a minha mão até a dela sorrindo carinhosamente. Claro, foi uma pequena desculpa para toca-la. Eu queria beija-la, porém, como eu não podia simplesmente podia apenas tocar em sua mão. Então era o suficiente. ㅡ Não foi a minha intenção.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Nancy riu. ㅡ Você também não está nada mal. ㅡ Ela abriu um sorriso de ladinho me olhando e, sem querer, um sorriso bobo se abriu em meus lábios. ㅡ Claro, né? Estou falando com o Stefan Wright!

ㅡ Não seja modesta. ㅡ Dei um sorriso convencido passando a mão pelo meu cabelo. Acabei, novamente, ficando sem palavras ao olha-la nos olhos e lembrar de tudo. Do meu ponto de vista, naquele dia em que a gente ficou eu acordei pensando nos planos que eu poderia ficar ao lado dela. Sim! Quando eu acordei e não vi ela, de início, eu pensei que ela havia saído para fazer alguma coisa no banheiro ou comer! Enquanto estava sentado na cama eu pensava no que nos dois poderíamos fazer para ficarmos juntos. No entanto, aqueles pensamentos foram frustrados.

Eu não sei como eu aguentei tudo calado e sem dizer um A para ninguém, mas durante muito tempo eu fiquei me martlizando por achar que eu tinha feito algo de errado com ela ou algo assim.

ㅡ Stefan!! ㅡ Nancy gritou de repente me fazendo voltar a tona. ㅡ O que tá acontecendo com você?? Por que tá assim tão aéreo?

ㅡ Desculpa, Nancy. Meus pensamentos estão focados em outras coisas. ㅡ Respondo-a.

ㅡ Tipo...?

ㅡ Você. ㅡ De repente, de novo, acabei soltando de mais a minha língua e abri um pequeno sorriso em seguida.

Nancy me olhou surpresa por alguns segundos, piscou repetidamente enclinando a cabeça para o lado. Em seguida pós a mão na frente da boca tampando o sorriso que se formou.

ㅡ Tá pensando o que sobre mim?

ㅡ No quanto você... ㅡ Fui interrompida pela Judy que entrou na cozinha sorrindo animada.

ㅡ Nancy!! ㅡ Judy gritou vindo até nos. ㅡ Desculpa se eu atrapalhei algo. Mas eu preciso falar com a Nancy.

ㅡ Ah... tudo bem. ㅡ Passei a mão pelo meu cabelo sem graça enquanto levantava da cadeira. ㅡ A gente se vê.

ㅡ Tchau... ㅡ Nancy acenou para mim antes de eu sair da cozinha e me misturar naquela sala cheio de gente dançando no ritmo da música. Naquele exato momento eu me sentia deslocado, em outros momentos eu estaria bebendo e dançando com os meus amigos mas o que estava na minha cabeça era a Nancy. Nada além dela. Aquela mulher havia tomando a minha cabeça completamente, não existia mais nada além dela.

ㅡ Stefan? ㅡ Hilary gritou pelo meu nome me fazendo olha-la. Revirei meus olhos antes de sair dali o mais rápido que eu consegui para fora daquela casa cheia. Ok ok, não era do meio feitio ignorar completamente uma pessoa assim. Mas a Hilary estava me enlouquecendo! Ela não se tocava que eu não estava afim??? Fala sério! Ela é linda demais para ficar se rebaixado para alguém assim, ainda mais para alguém que não gosta dela.

Sai daquela casa o mais rápido que eu consegui e ao chegar do lado de fora pude sentir o vento gelado bater em meu rosto.

ㅡ Urg! ㅡ Coloquei minhas mãos em meus cabelos resmungando. Sem surpresa, a primeira pessoa que veio na minha cabeça a Nancy. Como eu disse, aquela mulher estava me enlouquecendo de uma forma estranha e boa ao mesmo tempo. ㅡ Ai, Nancy, por que você não quer ficar comigo?

ㅡ Quem disse? ㅡ Me virei rapidamente para atrás após ouvir a sua voz e, na mesma hora, um sorriso tímido se abriu em meus lábios ao ver que era realmente ela.

ㅡ O que...

ㅡ Você está muito estranho hoje. ㅡ Ela riu se aproximando com as mãos na cintura. ㅡ O que tá acontecendo, Stefan? Fala pra mim.

ㅡ Já está meio óbvio o que tá acontecendo comigo. ㅡ Apontei para a minha testa, vendo ela me encarar confusa.

ㅡ Não entendi.

ㅡ Ai, Nancy, é que... ㅡ Dei um passo pra frente juntando minhas mãos atrás do corpo. ㅡ Eu estou com uma coisa na cabeça.

ㅡ E essa coisa é... ㅡ Ela enclinou sua cabeça enquanto dava um passo para frente também. Assim ficávamos cada mais mais próximos um do outro.

ㅡ Ai, Nancy, cansei de esconder! ㅡ Dei um passo para frente de novo e, dessa vez, foi o suficiente para eu estar mais perto dela e senti que o meu coração começou a acelerar. ㅡ Sério!

ㅡ Esconder o que? ㅡ Nancy me olhou atentamente.

ㅡ Nancy, eu gosto de você. ㅡ Exclamei nervoso, em seguida a mesma arregalou os olhos. ㅡ Me desculpa por ter soltado dessa forma, mas é que eu não estou mais aguentando segurar esse sentimento que está entalado na minha garganta desda primeira conversa que a gente teve sobre nós dois. Nancy, eu não sei como aconteceu, nem sei o porquê direito de você não querer que a gente fique junto. Mas acha mesmo que eu me importo de não sermos de mundos iguais? Acha mesmo que, um dia, eu vou me importar de ter gostado de uma mulher que em hipótese não seja a mulher da minha vida pelo fato dela não ser do mesmo mundo que eu? Não é assim que os sentimentos funcionam, Nancy. Não existe mundo igual, classe social, beleza, sexualidade e etc. Eu não quero desistir da pessoa que eu gosto por causa de não sermos de mundos iguais. Eu não quero perder você, Nancy. ㅡ Me aproximei da mesma falando e segurando as suas mãos. Enquanto eu soltava tudo aquilo que estava entalado, meu coração acelerava de uma forma surpreendente e eu só conseguia olha-la e dizer tudo que eu sentia. ㅡ É muito difícil para mim estar perto de você depois de três anos, TRÊS anos e não poder fazer nada do que eu quero. Eu quero mais do que apenas está ao seu lado e te olhando. Eu quero te abraçar sem me importar, quero te elogiar e sorri para você dizendo o quanto é bom ficar com você, te beijar loucamente deixando de lado tudo que a gente passou separado durante esses três anos. Eu quero você, Nancy, só você.

No mesmo momento em que minhas palavras soaram pelo local, Nancy pareceu surpresa com tudo que eu havia dito. Porém, ela sorriu timidamente antes de levar sua mão até meu rosto me analisando. Eu até pensei em falar mais alguma coisa, porém, o seu sorriso tirou as palavras da minha boca e eu simplesmente esperei que ela fizesse alguma coisa.

E, em um ato rápido, ela fez! Nancy colocou suas mãos em meu pescoço e me puxou rapidamente unindo nossos lábios em um beijo que eu desejei ter se novo durante esses três anos.

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Amor em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora