Não revisado desculpem os erros!
Eu saiu de dentro do rio correndo apavorado, querendo gritar mas sabendo que ninguém ajudaria, mas antes viriam terminar o serviço. Passo por baixo daquela janela onde uma vez abracei Jungkook. Eu queria faze-lo novamente mas lembro que estraguei tudo tentando acertar. Uma bolinha de papel acerta minha cabeça me fazendo parar. Eu olho pra cima vendo sua silhueta através da cortina, e tento envão secar minhas mãos trêmulas na parede.
Recolho o papel mantendo-o longe do corpo para não molhar ainda mais e percebo que são pedaços rasgados. Mas eu conheço aquela caligrafia e os desenhos na folha. Jungkook havia jogado fora a carta que eu tinha feito no seu aniversário, ele havia abandonado suas esperanças.
Continuo correndo e me tranco no alojamento tratando de empurrar a cama contra a porta. O barulho acaba acordando Jin que dispara para junto procurando o motivo do meu nervosismo.
— O que houve? Porque está todo molhado?
- Acabaram de tentar me matar...E eu acho que matei alguém tentando me proteger...Jin...Eu acabei de me tornar um assassino.
Meus olhos enchem de lágrimas e eu caiu de joelhos no chão sentindo a realidade de toda situação.
— Você se defendeu, legítima defesa não pode ser considerado um homicídio.
Eu sei que ele tenta me consolar mas está tão assustado e perdido quanto eu.
- Jin você precisa sair daqui, eu não vou aguentar ver você se machucar por minha causa.
— Ih teu cu macho. Não vou te deixar.
Pelo resto da noite nós ficamos acordados segurando ferros que achamos pelo quarto, temendo que uma hora ou outra viessem se livrar de mim. O dia chegou e eu estava um caco, não saberia de onde iria tirar palavras para um discurso quando tudo que gostaria era de dormir para sempre.
Jin me ajudou com roupas e me maquiou de modo que não parecesse tão maltratado. Alguém veio nos buscar pela manhã e enquanto saíamos do castelo percebi que não havia um corpo boiando no rio, e eu pedia a Deus que a pessoa estivesse bem.
O percurso foi curto mas ao longo dele eu podia ver as pessoas amontoadas ao redor do carro. De crianças a adultos olhavam com seriedade e um dedo no pulso como símbolo da nossa raça. O carro parou e talvez meus órgãos também, o pai de Jungkook esperava na frente sorrindo para mim como se dissesse: você não vai conseguir.
Eu subi naquele palco alto separando a realeza de nós, e com um pouco de coragem que jazia em mim passei os olhos pela multidão decorando cada rosto, até que meus olhos focaram minha mãe com minha irmã sobre seus ombros. A pequena segurava nas mãos um par de sapatilhas de balé e sorria grande com seus dentinhos faltando. Elas confiavam em mim...Sinto uma mão entrelaçar os dedos nos meus, era Jin...E ele também acreditava em mim...
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Sangrento (Taekook-Vkook) Hiatus
FanfictionEm um mundo cuja cor dos olhos determina a capacidade, Taehyung luta para manter toda uma linhagem. Azul era a realeza, verde os os nobres de castas, vermelhos os exilados e condenados a uma vida cruel e impura, mas o Kim era o branco, a ausência to...