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— Ah, finalmente! — A voz é desconhecida. — Senhor, você pode me ouvir? Você está realmente acordado?

Wei Wuxian pisca e volta à realidade em etapas. Ele sente a aspereza da casca na parte de trás de sua cabeça, a terra fria compactada sob seu corpo, o ar frio da noite em sua pele. E ele sente dor, dor absolutamente em todos os lugares. É uma dor aguda e profunda, puxando seus ossos, seus músculos e suas entranhas. Ele engole e diz:

— Onde estou? O que aconteceu? — Então, como uma reflexão tardia — E quem é você?

— Sou Zhang Hua, senhor. Nós, meu companheiro e eu, estávamos a caminho de colocar um espírito inquieto para descansar, mas quando nos aproximamos, vimos você lá, deitado no chão. Parece que você já livrar dele, mas tinha desmaiado.

Isso mesmo. A última coisa que Wei Wuxian lembra é estar em uma mansão abandonada, depois que alguns moradores reclamaram de um espírito inquieto no local.

— É assim há anos, Senhor — disseram-lhe. — Ninguém se atreve a habitá-lo devido à assombração. Nossos filhos adoram ir lá para serem travessos, e estamos preocupados que algo aconteça com eles. — Então Wei Ying foi cuidar disso. Estava cuidando disso, até que algo o levou para fora. E agora, aqui está ele, com algum cultivador agachado sobre ele, olhando para ele com preocupação. O homem não está vestindo as cores de nenhuma grande seita.

— De onde você vem?

— Sou de uma aldeia em Qishan. Eu e Dai Gan somos cultivadores desgarrados, viajamos por aí, subjugando espíritos e coisas do gênero.

Wei Wuxian acena com a cabeça.

— E como você sabe quem eu sou?

Aqui, Zhang Hua parece astuto, cortando os olhos para a esquerda, onde, presumivelmente, seu companheiro está sentado em silêncio e observando.

— Nós o reconhecemos imediatamente, senhor. O jeito que você está vestido... — Então ele dá a Wei Wuxian um tipo de sorriso incerto.

Isso mesmo. Wei Wuxian continua esquecendo como seu estilo de se vestir o denuncia. Os homens até tentavam se passar por seus discípulos, vestindo mantos pretos e fitas vermelhas. Ele balança a cabeça e tenta se sentar. Zhang Hua recua para acomodá-lo, mas não vai muito além disso.

— Como você está se sentindo? O que você usou? Algum tipo de matriz?

Wei Wuxian tenta se lembrar disso. Seu corpo, ainda gritando de dor, está dificultando isso.

— Uh, bem, você sabe... tentando subjugar o, uh, espírito maligno ou o que quer que essa coisa fosse, mas... — Ele para de assobiar quando sente uma facada particularmente violenta em seu estômago. — Foda-se. Desculpe, com licença.

O cara olha rapidamente para onde seu companheiro está sentado, então de volta para Wei Wuxian, seu olhar o procurando.

— Você está bem?

Wei Wuxian acena com a cabeça, depois pensa melhor e diz:

— Não. Estou com muita dor. — O que ele tinha feito? — Você disse que eu consegui subjugar a coisa? A coisa assombrando o lugar?

Maldição Abençoada • Wangxian !  Onde histórias criam vida. Descubra agora