"Fumando cigarros no telhado.
Você é tão bonita e eu amo essa vista.
Olhando para as estrelas, admirando-as de longe."
"Nós nos apaixonamos em outubro, por isso eu amo o outono..."
01/08/2022 🍂
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O tempo nem sempre cura tudo. Há feridas que já cicatrizaram, mas que insistem em latejar quando o dia está nublado. _______________________
Acordo devagar sentindo como se tivesse um peso em cima de mim.
Era sábado e não tinha que ir trabalhar, era o meu dia de folga. Os pingos d'água na minha janela denunciava que a pouco tempo estava chovendo.
Me espreguiço e pego o celular. A primeira mensagem que tinha era de Alex dizendo:
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Fico feliz por você decidir vir hoje. Estávamos sentindo falta de você conosco aos sábados. :) ______________________________________
Desde o acontecido, eu não estive saindo de casa muitas vezes. Era bem difícil eu sair. Talvez durante todo esse tempo, eu deva ter saído no máximo umas 10 vezes de casa e nessas saídas, apenas duas foram para ir a casa dos meninos, o restante apenas acompanhei minha mãe ao supermercado.
Não era fácil, nenhum um pouco.
Me levanto da cama do modo mais lento que eu encontrei. Estava fazendo frio, eu não estava com vontade alguma de levantar da cama. Vou ao banheiro e tiro minha roupa indo tomar um banho quente. Lavo meus cabelos logo cedo para que ele tenha tempo de secar e não esteja molhado quando eu for sair a noite.
Saio do chuveiro e me enrolo na toalha voltando para o quarto. Pego uma cueca, uma calça de moletom e uma blusa de frio fina. Calço uma meia grossa e ponho minha pantufa de coelho cinza.
Não me julguem, eu a tinha desde os meus quatorze anos. Minha avó havia me dado de aniversário.
Desço as escadas e vejo minha mãe sentada no sofá com uma xícara de café na mão e um pedaço de bolo em cima do braço do sofá. Ela assistia algum programa bobo de comédia, parecia legal.
— Bom dia, mãe. - digo bocejando, ainda estava com sono.
— Bom dia, meu príncipe. Como você está? - me olhou sorrindo.
— Estou bem. E você, como está?
— Estou bem. - voltou a olhar o seriado.
Fui até a cozinha pegando um pedaço de bolo e colocando-o em um prato e em seguida pegando um copo de suco de pêssego que estava na geladeira.
Voltei me só sofá e me sentei ao lado da minha mãe, mais específicamente na outra ponta do sofá.
Mordi um pedaço daquele bolo e uau... Era perfeito! Tinha o sabor parecido com bolo de cenoura, mas não era bolo de cenoura. A massa era de cor alaranja, tinha um gosto meio forte e saboroso. Mordi uma, duas, três vezes tentando descobrir do que era aquele bolo e falhando miseravelmente.
