Capítulo 5 ✅

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Seulgi Pov:

Ainda estamos na casa de Irene, comemos e decidimos ver um filme, mas as meninas queriam uma sobremesa, então Wendy foi levar as duas pra comprar um sorvete, ela é meio maluca mas é uma ótima tia.

Nesse momento estou deitada no sofá com Irene em cima de mim fazendo um carinho gostoso no meu rosto. Estávamos conversando sobre nossos antigos relacionamentos e chegamos ao assunto de como nos tornamos mães solteiras.

- Sabe, eu conheci o pai da Yeri no final do ensino médio e como namoramos por um tempo longo minha família me dava conselhos dizendo que eu tinha que casar com ele, que eu amava ele e que ele era o amor da minha vida. - ela começou a contar, eu ajeitei nossos corpos no sofá de um jeito que ela ficasse mais confortável.

- Mas, sabe aquela coisa que você faz pra agradar as pessoas, você sabe que não vai gostar daquilo mas está disposto a fazer só para agradar as pessoas. Eu não amava tanto assim, eu gostava dele mas não o amava. - Ela respirou fundo e continuou. Eu senti que a história não ia ficar muito boa.

- Eu me casei com ele assim que terminei a faculdade, e depois de quase um ano de casados ele começou a ficar agressivo e começou a me bater e abusar de mim. - Levantei um pouco assustada com as palavras dela.

- Eu cheguei a falar pra minha família, mas eles falaram que era normal e que não era abuso já que ele era meu marido, eu sabia que no era normal mas eu não conseguia sair daquilo, minha família gostava muito dele então eu fiquei com ele mais um ano.

- Quando eu descobri que estava grávida eu decidi que meu bebê nunca iria passar pelo o que eu passei, no outro dia eu comecei a ver os papéis do divórcio e fui embora de casa. - Ela terminou de contar e eu a abracei.

- Eu sinto muito por você ter passado por isso, eu juro que eu vejo esse merda na minha frente, eu arrebento ele. Eu já falei com você que eu sou faixa preta em judô? - Falei e ela deu uma risada gostosa.

- Eu não acredito em você - falou ainda rindo. - Como ousa duvidar da minha palavra - falei com uma mão no peito fazendo ela soltar outra risada.

- Agora me conta, qual a sua história? - ela perguntou me puxando de volta para o seu lado.

- Então, eu tinha uma noiva já fazia uns 7 anos e resolvemos começar o procedimento de IVF antes de casar, porque praticamente já éramos casadas, morávamos juntas desde que 5 meses de namoro, então já tinha um tempinho - enquanto eu falava ela me abraçava mais .

- Quando eu estava se não me engano com uns três ou quatro meses de gravidez, eu descobri que ela estava me traindo com um cara que ela dizia ser o amor da vida dela, claro que eu sofri muito por que querendo ou não eu amei ela. Depois disso eu fui embora, mudei pra casa que eu moro hoje e Wendy veio morar pra me fazer companhia até Joy nascer, mas, já vai fazer sete anos que moramos juntas.

- Se essa vagabunda aparecer na minha frente você me segura por que eu vou meter a mão na cara dela - ela falou e eu não duvidei, posso até ser faixa preta mas eu tenho juízo.

- Agora vamos parar de falar de pessoas do passado, eu quero saber só do agora - falei puxando sua cintura.

- Eu também, o meu agora está muito mais interessante, divertido e feliz com você, e eu queria que o meu futuro continuasse assim. Você aceita namorar comigo? - Ela perguntou e eu fiquei em choque, não esperava que ela ia me pedir em namoro.

- Eu sei que pode parecer cedo e que esse não é o melhor lugar para um pedido de namoro, mas eu falei o que eu estou sentindo agora e se você quiser tempo pra pensar eu não vou te pressionar. - ela disse que uma vez só

- Eu não preciso pensar nem um segundo, eu quero você, quero passar meus dias com você, quero passar os momentos difíceis e também quero resolver as bagunças que nossas filhas ainda vão aprontar. - ela deu risada na última frase. Não perdi tempo e a beijei e não foi qualquer beijo, foi um beijo cheio de paixão e desejo.

- Então isso é um sim? - perguntou sentando em cima das minhas pernas. - Em todas as línguas que você quiser ouvir. - Respondi sentando e puxando ela pra se encaixar nas minhas pernas.

- Não se engraça, as meninas já estão voltando e a gente precisa manter isso em segredo por um tempo. - falou rodando os braços no meu pescoço e mexendo no meu cabelo.

- Vamos estipular um tempo certo, por favor, porque eu não sei se vou conseguir não te beijar ou te tocar depois de um dia inteiro sem te ver. - falei fazendo carinho em suas costas.

- Que tal, dois meses? - sugeriu - eu acho que é tempo suficiente pra gente se aproveitar antes das meninas ficarem em cima da gente. - Continuou e ficou me olhando esperando uma resposta.

- Ok, dois meses - concordei e ela me encheu de beijos. - você é a melhor sabia, tão fofinha que dá vontade de te beijar pra sempre. - a cada palavra ela me dava um selinho.

Nós continuamos ali por um tempo até ouvirmos o barulho da porta e nos separarmos. Esse dois meses vão ser longos.

[...]

Aparentemente estamos indo para um acampamento, como isso aconteceu? Bom, depois de duas semanas desde aquela festa do pijama, estamos tendo um feriado prolongado. Então as meninas encheram dizendo que queriam fazer um acampamento e nós até achamos uma boa ideia. Chamamos Wendy para ir com a gente, mas ela não quis.

- Vamos logo mamãe - Joy me puxava até a escada da minha casa, Irene tinha acabado de parar na frente. - Calma filha, eu tenho que pegar nossas coisas.

Desci com ela carregando as mochilas, ela abriu a porta da frente e foi correndo abraçar Irene.

- Oi amorzinho, tá animada? - Irene perguntou depois beija a cabeça da mais nova.- Joy disse que sim e começou a listar tudo que queria fazer e depois entrou no carro junto com Yeri.

- Quer uma mãozinha? - Irene perguntou dando risada vindo me ajudar pegando uma das mochilas, tranquei a porta e fui até o porta malas.

- Não vai me dar nem um beijo? - falei baixo depois de colocar tudo dentro do carro. - Eu só saí do carro pra isso - falou e me beijou.

- Como eu vou ficar em uma barraca com você sem te tocar por dois dias? - perguntei fazendo um bico.

- Quem mandou concordar com essa doideira de acampamento, agora aguenta. - me deu um último selinho e fechou o porta malas.

Esses dois dias vão ser os mais longos da minha vida.

[...]

Espero que gostem, até a próxima. Desculpa a demora, minha agenda tá meio caótica agora, mas vou terminar de editar.

Votem por favor 😊✌🏽

The Double Kill Plan ( Reescrevendo)Where stories live. Discover now