24 | Giving up

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Harry havia acordado mais cedo, sabia que Louis provavelmente estaria cansado, isto claro para não referir o péssimo humor que ele ficava sempre que faziam algo sexual. O facto é que o mais velho sempre se castigava, segundo ele, era 'errado ceder aos desejos carnais' e isso incomodava Harry, afinal, era apenas sexo.

O sem-abrigo queria preparar um pequeno almoço especial, talvez isso fizésse com que Louis não reclamasse tanto, por isso colocou o seu uniforme para cozinhar, ou seja, um mero avental e só. Por alguma razão, cozinhar nú dava-lhe a sensação de liberdade.

Agarrou os ingredientes nos armários, e misturou a massa em uma taça. Com o indicador passou o dedo e levou aos lábios, sentindo o doce sabor, perfeito. Um braço ocupado a misturar e o outro derramava a massa lentamente na forma. Não era algo muito elaborado, mas o ideal para o momento.

Ainda se deu ao trabalho de decorar um prato, com ervas aleatórias que encontrou, Louis tinha uma variedade enorme de alimentos na sua casa, e o engraçado era que ele nem sabia cozinhar. Provavelmente, se Harry não estivesse ali, ele teria uma empregada para mexer com aqueles ingredientes maravilhosos. Ás vezes perguntava-se, se era assim que Louis o via, como uma empregada, só que sem salário.

Mesmo que fosse assim, Harry não se importava, no final de contas ele tinha lhe dado abrigo, nada mais justo que retribuir com pequenas tarefas domésticas.

Os cabelos compridos despenteados, algo quase em cima dos olhos, quase o fez queimar o pequeno almoço. Mas acabou por conseguir tirar e empratar a tempo, inclusive, ficou surpreendido com o resultado delicado que obteve.

Sorriu satisfeito, e colocou tudo sobre uma bandeja e levou para o quarto.

E ali estava ele, com a perna fora da cama e apenas as partes íntimas cobertas pelo cobertor, os roncos suaves saíam da sua boca. Angelical, e delicado, os pequenos cílios e o corpo coberto por chupões e vergões, era algo que maravilhava Harry.

Pousou a bandeja em um canto da cama e atirou-se em cima dele enchendo o seu rosto com beijos molhados.

"Sai, idiota", Louis reclamou baixo puxando os cobertores.

Harry riu e bicou os seus lábios e passando pelo seu nariz, "Acorda, filho da puta"

Louis bufou e empurrou o sem-abrigo sentando-se. Esfregou os olhos e olhou irritado para o outro, "Agora não posso dormir na minha própria casa?"

Arqueou as sobrancelhas, e agarrou a bandeja, que até o momento Louis não tinha reparado, e colocou-a sobre as suas coxas. O mais velho franziu o cenho, "O que é?"

"O pequeno-almoço, oras"

Louis assentiu e pegou uma das folhas do prato, "E isso é?"

"Ervas decorativas"

"Ok", agarrou aquilo que se assemelhava a uma waffle, com chantilly, e mordeu incomodado com o olhar de Harry sobre si, "Podes parar de olhar para mim?"

Harry sorriu de lado, "Não vejo nenhuma lei que me impeça de olhar para ti"

Riu anasalado, "Anormal"

Louis comeu em silêncio, embora ainda sentindo o olhar do outro sobre si. Quando acabou, a bandeja foi largada em algures no quarto. O mais velho olhou para debaixo dos cobertores e corou ao ver que ainda estava nú, e pior, tinha esperma seco em cima do seu abdominal.

"Eu preciso de um banho" falou vendo o sorriso malicioso de Harry do outro canto do quarto.

Levantou-se arrastando os cobertores quando sentiu uma dor alastrar-se pela sua parte traseira, gemeu dolorido ouvindo o riso de Harry.

Give Me Love || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora