[005] × ajuda.

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day drunk into the night
wanna keep you here
'cause you dry my tears
yeah
summer lovin' and fights
how it is for us
and it's all because

talking body, tove lo

talking body, tove lo

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narradora.

RAFAEL NÃO ESTAVA mais aguentando ver seus amigos jogarem Twister, na verdade não estava mais aguentando ficar ali com aquele clima de enterro terrível no ambiente ── mesmo que parecesse que afetasse mais ele e Emeline do que os demais.

Fazia um tempo desde que menino de olhos azuis tinha visto a morena pegar um garrafa de vodca e sair para algum lugar atrás dele. Mas, naquele momento, uma preocupação e uma angústia tinha começado a subir pelo seu peito, afinal, já tinha tempo que ela tinha saído para varanda.

Involuntariamente seu corpo levantou do sofá e foi seguindo na mesma direção em que a garota havia seguido meia hora atrás, ele não gostava disso.

Chegando na porta da varanda, observou ela por alguns segundos. Ela dá um gole grande na garrafa de bebida alcoólica enquanto via algo em algum aplicativo do seu celular, mais especificamente no Twitter.

── Você disse que não tinha entrado no Twitter hoje. ─ ele diz vendo a garota olhar para trás rapidamente, assustada, e voltando a olhar para frente tão rápido quanto a primeira virada. ── Você tá chorando? ─ observa ela a passar a palma da mão pela bochecha esquerda e fungar logo depois, seu cenho franze em preocupação e ele resolve se aproximar alguns passos.

── Não. ─ Emeline responde, seca. ── 'Tô suando pelos olhos.

Apesar da maneira irônica que ela havia falado, tinha muito tom de certeza na frase, que fez o loiro achar que realmente tinha achado que havia visto coisas por um momento, mas outro fungar vindo dela quebrou seu argumento.

Ele se aproxima mais e se senta no chão ao lado da morena.

── O que 'cê 'tá fazendo? ─ ela questiona com a voz embargada, talvez pela bebida ou pelo choro, ele não sabia dizer.

── O que 'cê 'tá lendo? ─ ele rebate e ela o encara. Com o pouco de luz que refletiu do celular no rosto da menina ele pode ver um pouco do seu rímel borrado e seus olhos caídos ── indicando que ela havia bebido um pouco mais do que podia suportar ──, além da sua expressão cansada.

Emeline percebe que talvez Rafael estivesse a encarando muito, ou o contrário. Tendo isso em mente ela revira os olhos, desvia o olhar e leva o celular um pouco mais pro lado oposto do garoto que estava sentado ao seu lado na intenção de bloquear qualquer visão que ele pudesse ter sobre o que estava lendo, o que foi em vão, já que ele era consideravelmente maior que ela e para reconquistar a visão só precisaria esticar um pouco seu tronco.

Assim o fez, lendo apenas uma parte do tweet de uma pessoa aleatória já que Emy percebeu e fez questão de bloquear o celular rapidamente.

── Você sabe que não foi isso que aconteceu...

── Tanto faz. ─ ela o corta. ── Não me importa.

── Tem certeza? ─ ele ironiza.

Um silêncio se instala mas era diferente dos silêncios que costumavam tomar conta das conversas deles, dessa vez, ele era estranhamente confortável. Martins pensou em ignorar a pergunta retórica de Lange, mas por algum motivo não se sentiu tão bem com o pensamento, então apenas dá de ombros tomando outro gole da garrafa que já estava quase no final.

Sentia sua cabeça pesada enquanto levava a garrafa até a boca para terminar com ela de uma vez. Teria o feito, se não tivesse sido interrompida por Rafa que tirou a garrafa das mãos de Emeline com uma facilidade discutível.

Sentiu vontade de questionar, gritar, xingar e se necessário até partir para violência só para que tivesse a garrafa de volta em suas mãos. Mas ficou quieta, quieta porquê sabia o que Rafael Lange pensava e quieta porquê concordava.

── Você 'tá péssima, Emeline. Quanto 'cê bebeu?

── Muito, pouco, sei lá. Faz tanto tempo. ─ ela responde embolando as sílabas com um sorriso de canto fazendo Cellbit rir fraco.

As coisas pareciam estar mais lentas para Line, que sentia seus olhos arderem e pesarem um pouco enquanto apoiava a cabeça na parede para controlar a repentina vontade de cuspir tudo que havia ingerido até aquele momento.

Cellbit levanta do chão fazendo a garota soltar um suspiro decepcionando ao perceber que ele havia a deixado sozinho ali. Mas se surpreendeu quando o garoto voltou, após alguns segundos, com um copo de água em mãos.

Rapidamente se sentou ao lado dela novamente ── que o olhava com uma expressão confusa, e esticou copo a oferecendo com um olhar preocupado no rosto.

Ela demorou um pouco, mas cedeu e aceitou o copo, não sem antes dar uma olhada no líquido checando se tinha algo errado.

── Não tem veneno aqui não, né? ─ ela questiona com um sorriso maroto, o loiro dá uma risada genuína, realmente parecendo achar graça da situação.

── Não, ─ ele recupera o ar. ── sem veneno, por enquanto.

Ela sorri fraco predendo uma risada e levando o copo até a boca tomando um gole de água.
Eles permaneceram em silêncio até o copo estar praticamente vazio.

── Valeu. ─ ela murmura.

── Desculpe, como?

── Você ouviu.

Emeline levanta de chão, voltando para dentro da casa ainda com um pequeno sorriso, um resto de rímel borrado em baixo dos olhos e claramente um pouco menos para baixo.

Enquanto isso, Rafael ainda sentado no chão frio da varanda escura observando, meio hipnotizado, enquanto a garota morena que ocupava boa parte dos seus pensamentos se dirigia para longe depois de ter tido a primeira conversa minimamente saudável em um período de anos.

Enquanto isso, Rafael ainda sentado no chão frio da varanda escura observando, meio hipnotizado, enquanto a garota morena que ocupava boa parte dos seus pensamentos se dirigia para longe depois de ter tido a primeira conversa minimamente saudável ...

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que cap lindo meus amigos, que cap lindo!!

agr tá certo, não me matem!!

𝗧𝗛𝗘 𝗪𝗔𝗬 𝗜 𝗟𝗢𝗩𝗘𝗗 𝗬𝗢𝗨 • [r.l]Onde histórias criam vida. Descubra agora