Eterno

Eterno (07 Fim)

Obrigada a todas que acompanharam essa história do início até o final, fiz com muito carinho pra vocês! Muitas de vocês pediram pra que eu fizesse essa história um pouco mais longa, não queriam o fim ainda e fico de coração lisonjeada por isso, porém devido a minha agenda na próxima semana, não vou ter tempo suficiente pra escrever com calma pra vocês, então decidi encerrar essa história agora, pra que quando puder escrever novamente seja com toda a calma, dedicação e carinho pra vocês. Beijo no coração queridas, Até a próxima❤

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Um filme se passa em minha mente quando escuto aquele som, o som de um tiro, o som da morte, por instantes eu me vejo partir de novo, toda aquela sensação volta como um tsunami em mim, ver Yaman na mira de uma arma, pensar que dessa vez o carma seria eu ver ele morrer na minha frente, como ele me viu, me faz ficar perturbada, o desespero tomou conta de mim ao ver aquele homem desconhecido sair do meio da mata, e apontar a arma pro meu amor.

Yaman me olha já esperando o pior, Selin apenas nos observa em silêncio enquanto seu comparsa comemora o sucesso da emboscada, eu não consigo sequer balbuciar uma palavra tamanho terror que estou sentindo, eu não aguento ver Yaman me olhando e se despedindo de mim com os olhos marejados, lamentando por mais uma vez sermos arrancados tão abruptamente um do outro, o homem engatilha a arma, fecho os olhos e um grito desesperado e estridente sai das minhas estranhas.

- Nãããããooooooo

O barulho ensurdecedor daquele disparo parece atravessar meu coração, eu não vou suportar ver Yaman morrendo diante dos meus olhos, eu não vou suportar viver mais uma vida sem ele, o silêncio sepulcral e mórbido se faz tão presente ali fora, quanto dentro de mim, eu não quero vê-lo partir, não meu Deus, não...

Sou desperta pela voz de Yaman que me chama com a voz falha, quase que num sopro, eu temo abrir os olhos, mais vou me forçando a abri-los em meio às lágrimas que saem descontroladas, e vejo...vejo Selim com a mão no peito, ensanguentado ele suplica minha atenção, Yaman está o amparando, chora segurando Selin que simplesmente se jogou em sua frente levando o tiro em sem lugar, meu grito se mistura com o som do relinchar de Pasha que pisoteia aquele homem estranho, que já caído no chão não oferece mais nenhum perigo.

- Selin, olha pra mim...você...porque meu irmão? Porque você armou isso? Meu Deus...Selin não morre, por favor, não morre...
- Me es-cuta...Seher...eu não- podia...não posso te ver infeliz, não suporto...eu- te-amo e só quero que...você sejá feliz irmã... Seher, Yaman...me perdoem por tudo, me dêem o perdão, eu...não quero morrer... sem o perdão de vocês.

Selin segura com a mão ensanguentada a minha mão e a mão de Yaman ao mesmo tempo, e nos implora por perdão até ser vencido pela dor e fechar os olhos.

Ele conseguiu, Selin finalmente estava livre das amarras do ódio, da vingança, do ciúme doentio, eu não achei que poderia em alguma vida vê-lo se desprender desse sentimento que além de prejudicar tantas vidas, só o fazia mal.
Ao se arrepender naquele último segundo e se jogar na frente de Yaman o salvando, sem saber Selin rompeu um carma de muitas e muitas vidas atrás, o amor dele por mim transcendeu, Selin finalmente descobriu que só o amor de verdade salva, e seu amor por mim foi tanto que ele entendeu, ainda que no último segundo, que amar é libertar, amar é querer a felicidade de quem se ama, nosso perdão não só o libertou, como nos deu a liberdade desse fardo de lidarmos com a perda de um de nós, em todas as vidas passadas que já vivemos.

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Um ano depois...

A sobrevivência de Selin foi um milagre, assim disseram os médicos, que foi um verdadeiro milagre ele ter sobrevivido, mais eu sei que ao se arrepender e deixar seu ódio partir, ele ganhou uma nova chance de ser feliz, de evoluir.
Se a um ano atrás alguém me dissesse que eu iria viver tudo o que vivi, eu jamais teria acreditado, mais a vida não parou de nos surpreender, eu e Yaman nos casamos, porque não existia mais a possibilidade de ficarmos longe nem mais um segundo um do outro.