Cherlisie Davillier

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CHERLISIE DAVILLIER

03/04/1988

- Senhor Jones, sai AGORA do meu escritório, ou serei  forçada a chamar la police -  Junto todo o resquício do meu autocontrole.

- Acalma aí  - faz sinal de "peraí" com as mãos - Não falei nada demais - sua voz evidência que está bêbado - Só falei que vai ser delicioso... - não dou tempo dele terminar de falar.

- O que vai délicieux (gostoso), é a sua saída. - Falo o puxando para a porta do pequeno escritório e o expulsando do local.

Volto para a área profissional e me sento em minha cadeira e começo a pensar, permito poucas lágrimas caírem.

Toda advogada mulher deveria ser exaltada.

Trabalho todos dias para ajudar as pessoas e ter um renda para conseguir comer. Só que não consigo nenhum dos dois recebendo quase todos os dias homens bêbados filhos da puta, que na realidade não tem nenhum problema.

Estou começando a realmente acreditar que todas as pragas que minha mãe jogou em mim estão se realizando - se não já se realizou.


Vou em direção a geladeira para pegar uma bebida, mais especificamente vodka, e aproveito e pego um maço de cigarro.

Sou viciada em cigarros e bebidas. Deixo meu vício tomar conta de mim desde os 14 anos. Não me julgue, não existe forma melhor de esquecer as desgraças, pelo menos por alguns momentos.

Quando tem episódios de estresse, como hoje no trabalho, - ou seja, quase sempre - bebo e fumo no ambiente de trabalho. Sou muito resistente ao álcool. Praticamente nunca fico realmente fora de mim, mas bebo menos de uma garrafa, prefiro não remediar.

Fico um tempo bebendo, fumando e  deixando os pensamentos ruins me tomaram. Até que ouço uma batida na porta.

Que maravilha. Se for outro cliente sem noção, me jogo da Torre Eiffel sem pensar duas vezes.

- C'est ce qui me manquait ( Isto era oque me faltava) - exclamo com raiva. Me levanto da cadeira, mas antes me olho. Meus cabelos ruivos avermelhados estão desarrumados, minha roupa está amassada. Parece que eu concebi o desejo do Senhor Jones.

Vou até a porta, mas antes de abrir tento dar uma arrumada em mim. Se alguém me olhar nesse estado, vão achar que eu sou uma advogada que aceita sexo como pagamento.

- Sois forte, Cherlisie ( Seja forte, Cherlisie). - Quando eu abro a porta, sinto meus se olhos arregalam um pouco.

Fico feliz ao ver a pessoa.

- Boa tarde, Doutora Davillier.

- Bonjour, Senhor Tyler -  o cumprimento e logo dou passagem para o meu melhor cliente - Como posso ajudar ?  Guardou muitas drogues em sua batteria de novo ?

- Não, não - responde com humor. -Apenas vim ver minha advogada e...- tira um papel de seu bolso -  te entregar isso - entrega o envelope em minhas mãos - Eu, Steven Tyler, vim lhe convidar pessoalmente para minha festa. Sinta-se especial. Será hoje, às 20:30.

Cherry Gun- Izzy StradlinOnde histórias criam vida. Descubra agora