CAPÍTULO 2 - T?

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Jungkook não ficou na cama naquela manhã.

Apesar de querer muito, ele não podia. Teve que se arrumar e voltar para o escritório em casa, onde Yoongi e Jimin já o esperavam, provavelmente com um sermão já pronto.

No caminho, ele abriu novamente o bilhete deixado e analisou cada detalhe em busca de qualquer mensagem escondida. Nada.
Se antes ele tinha apenas uma letra como informação sobre o modelo, agora ele tinha uma letra substituta e um casaco a menos em seu armário.

A noite tinha sido inesperada e melhor do que ele tinha imaginado. Ele até poderia ficar com raiva do loirinho que conseguiu seduzi-lo tão rápido e desapareceu com a mesma velocidade, mas não conseguiu sentir nada além da vontade de fazer um reencontro acontecer o mais rápido possível. E ele não sairia dali sem um nome, nem que precisasse mandar Jimin investigar o passado dele.

Uma letra não era o suficiente para nada. E ele deveria ter pensado nisso antes de beijar V (ou T) no terraço. Também deveria ter pensado antes de levar um completo estranho para o seu apartamento.

Erro de principiante.

Quando entrou no escritório, Yoongi não disse uma palavra e olhou feio para Jimin quando percebeu que o parceiro estava abafando um riso.

Ele sentou em sua cadeira e esperou a chegada do café da manhã. E obviamente, esperou a chegada do sermão, que não tardou a vir.

– Bom dia, hyungs.

– Vejo que ele sugou toda sua falta de educação, está até dando bom dia para nós meros mortais –  Jimin falou com um sorriso de orelha a orelha.

– Deve ter sugado toda a noção do perigo, também.

Jeon revirou os olhos.

– Primeiro você vai me contar sobre a reunião, depois eu falo sobre a minha noite, apesar de ter certeza que você não vai querer nenhum detalhe.

– Vou ser direto, Ha Sungwoon agora não consegue mais contar até dez.

Jungkook ergueu a sobrancelha. Tinha esperança de ter entendido errado.

Yoongi continuou.

– O pai dele exigiu o leste de Seul para comandar como bem entender e sem interferências.

– Nós não devemos nada a ele. As dívidas já foram pagas e não eram nossas. Espero que ele entenda de uma vez e pare de ficar exigindo coisas que não são negociáveis.

– Namjoon é a prova viva de que eu tentei conversar civilizadamente, mas o pai insistiu e o filho insistiu que quer o Jimin trabalhando com ele.

Jeon olhou para Jimin, como quem esperava uma resposta. Apesar de tudo, ele era livre para escolher com quem queria trabalhar. Jimin não era apenas o cunhado, era a pessoa que Jungkook mais confiava. Jungkook confiava sua vida nas mãos de Park Jimin.

Ele balançou a cabeça, negando.

– Espere o bonitinho terminar de dizer o que fez ontem – Jimin falou, apontando para o parceiro.

– Fiz o que qualquer um teria feito depois de ouvir o que eu ouvi. Ele teve sorte, eu teria arrancado as duas mãos dele se o Namjoon não tivesse me impedido.

Ele já conseguia imaginar sobre o que o irmão estava falando. Ninguém desrespeitaria Park Jimin enquanto aqueles dois estivessem vivos, Ha Sungwoon sabia disso. Não era apenas sobre o que Jimin agregava para a equipe, ele era parte da família.

Não era para ninguém saber sobre o trabalho de Jimin, um acidente acabou expondo, tanto ele, quanto Jeon Somi, a irmã mais nova de Jungkook.
Jungkook e Yoongi foram criados para substituir o pai, isso era fato. Mas Somi foi criada com a mãe, fora da Coréia. O pai fez de tudo para protegê-la e mesmo assim, deixá-la longe do país não foi o suficiente.

MODEL || Taekook (kth + jjk)Onde histórias criam vida. Descubra agora