༶ℱ𝒾𝓃𝒶𝓁 𝒻ℯ𝓁𝒾𝓏?¿༶

ᴇᴠᴇʀʏᴛʜɪɴɢ ғᴀʟʟ

                      °~•{Aquiles}•~°

Quando eu finalmente cheguei na colina para ver Patroclo, só conseguia ver soldados feridos, Odisseu os ajudando e consegui ver também Menelau que carrega em seus braços, quando eu finalmente consegui discernir oque estava em seus braços, me deparei com a pior, indescritível e mais indesejável cena do corpo da única pessoa importante para mim, largado no chão desprovido de roupas e com ematomas pelo corpo, pensei que eu morreria antes, eu implorei por isso, para que Ettore(Heitor) me matasse antes mesmo de eu me deparar com Patroclo machucado, porém isso não foi possível.. Se tivesse ocorrido em minha mente de abandonar todas as minhas amarguras por Agamenon e andado a guerra, ao menos eu não veria tudo isso que meus olhos contemplam neste exato momento. Do que vale a pena ser bom o suficiente, o melhor, se não consegue ser feliz? Se não consegue mais ser feliz...

            °~•{Flash back}•~°

— Patroclo, me cite um herói tenha sido feliz.

Ele parou um pouco para pensar, nunca houve nenhum herói em que conseguiu riqueza e felicidade.

— Não conseguiria. - me sentei inclinado para frente.

— Não, não conseguiria.

— Eu sei disso. Os Deuses nunca irão permitir que sejamos famosos e felizes.
— fiz uma pausa — mas vou lhe contar um segredo.

— Conte-me.

—  Eu serei o primeiro! — segurei sua mão e posei-a sobre a minha — Jure!

— Por que eu tenho que jurar?

— Porque você é a razão. Jure!

— Eu juro — sussurrou ele fixando seus olhos nos meus.

— Juro — ecooei.

                  °~•{Aquiles}•~°

A primeira coisa que me vem a cabeça de fazer, é sacar minha adaga e cortar minhas garganta, assim me livrando de ter que viver mais segundos sem Patroclo, porém me lembro que lhe emprestei além de minhas vestimentas, minhas armas.

Antíloco me segura pelos pulsos, homens falam ao meu redor, todos simultaneamente, porém não lhes dou atenção, na minha visão somente consegui me deparar com o defunto ensanguentado de Patroclo. Com um rugido me solto de Antíloco e derrubo Menelau. Debruço-me sobre seu cadáver, perco o fôlego, entro em desespero e começo a gritar, um grito atrás do outro. Agarrei meus cabelos querendo arrancá-los de minha cabeça. Mecha caem sobre o corpo de meu amado. A única coisa que sai de minha boca agora, é seu nome. Eu queria me matar ali mesmo, porém eu deveria primeiro me separar do corpo de Patroclo, não poderia, seria injusto. O abraço o mais forte que consigo, para mim ele ainda está ali.

Abraçando seu corpo novamente, memórias vieram a tona, juntamente de lágrimas que percorriam meu rosto como um trajeto guiado por mapas. Percebi que eu não poderia deixar seu corpo aqui, percebi que eu não aguentaria nem mesmo comparecer ao seu funeral, percebi que não sou nada sem ele, minhas energias se derivam dele, meu ânimo, meu humor... É como se minha alma tivesse sido levada juntamente da alma dele. Não aguentaria não te-lo ao meu lado, então ainda não sepultarei seu corpo, permanecerei com ele até que a morte me leve.

Ouço a voz de Briseida, mas não a olho, nem sequer a noto o suficiente para discernir suas palavras, ela não importa. Agora eu preciso mesmo é matar Heitor, vingança por Patroclo é a única coisa que vai me manter vivo por agora. Pego minha lança de freixo e tento me livrar dos braços que me imobilizam. Sinto uma mão em meu ombro.

— Amanhã — me diz — Ele está na cidade. Amanhã. Ouça-me, Pelida, amanhã você o matará. Eu juro. Agora precisa comer e descansar. — Eu choro e abraço seu corpo de novo, não comeria, nem diria nenhuma palavra a não ser seu nome.

Em frente aos homens para todos escutarem, Agamenon veio até mim com Odisseu. Veio me devolver Briseida.

— É hora de esquecer todo o rancor e desprezo um pelo outro, vim lhe devolver a mulher. — fez uma pausa esperando minha gratidão, o que não haveria, e logo continuou — Com certeza algum Deus nos impôs um contra o outro. Porém isso é passado. Devemos ser aliados novamente.

Eu nem respondo, tudo o que passa em minha mente, é o corpo repleto de sangue e de ematomas de Heitor.

— Príncipe, é verdade que matará Heitor amanhã? — isso foi como um despertar para mim.

— Sim — respondi instantaneamente.

— Muito bom, mas mesmo depois disso tudo?

— Por que não? Logo estarei morto.

— Então chegamos a um acordo — Ele se inclina para sair, porém não o faz. — Meus pêsames sobre o que aconteceu com Patroclo, ele lutou bravamente, ele matou Sarpédon, sabia?

Eu levanto meu olhar pra ele.

— Antes ele houvesse deixado que todos vocês morressem.

Permanece um silêncio, porém Odisseu o quebra:

— Deixaremos você com seu luto Pelida.

Voltando a minha tenda me deparo com Briseida tocando em Patroclo, por algum motivo Briseida me irrita, muito, tocando em seu corpo, me irrita mais ainda.

— Afaste-se.

— Eu estou quase terminando.

— Não o toque.

— Você acha que é a única pessoa que o amava?

— SAIA!

— Você só se preocupou com ele depois de sua morte. — Estava me desafiando? — Como permitiu que ele fosse? Ele não era capaz de lutar naquela batalha!

Me descontrolo e acabo jogando um vaso no chão juntamente de um grito.

— SAIA! AGORA

— Se quiser, me mate, Patroclo não voltará a vida se fizer isto. Ele valia dez de você, Dez! E foi você, que o mando para a morte.

Eu rugi como nunca antes.

— Eu tentei dete-lo! Avisei para não lutar!

— Você o enviou lá para morrer. — ela vai até minha direção —  Patroclo lutou para salva-lo , pela sua reputação, pra você não sofrer, porque não suportava o ver sofrer.

Eu fixo seus olhos negros com a tristeza me consumindo.

— Espero que Heitor te mate — me responde desprezando-me.

— Acha que eu não espero o mesmo? — respondo com a voz rouca.

Eu decidi colocar seu corpo em nossa cama, para eu ainda poder dormir com ele, porém fazendo isso não consegui segurar as lágrimas... Era muito difícil não te-lo mais aqui... Não me importo de seu corpo se decompor e eu ainda dormir com ele, não me importo nem com o cheiro, só preciso dele, aqui, comigo, novamente. Eu durmo abraçando ele entre meus braços.

°~•{Fim do primeiro capítulo}•~°

Desculpa pelos erros de ortografia.

Essa fic vai ter menos capítulos, porém longos capítulos.

1051 palavras.