"Se ter cicatriz significa simplesmente que você é mais forte do que aquilo que tentou te prejudicar, porque quando olhou para as minhas, sinto dor?''⏳️
Com detalhes totalmente rústico e com cara dos anos 60, pôsteres de bandas de épocas e um cheiro desagradável de cigarro com um aroma mais acentuado para bebidas baratas. Querendo não ser vista como alguém da indústria, Lalisa se vestia caracterizada como alguém de época para combina com o tema do bar. Calça de Alfaiate, Suspensórios por cima de sua camiseta branca e um blazer de cor escura e para finalizar botas de cano alta na cor preta.
— Bonne nuit, senhorita. Estou surpresa em te ver novamente em meu bar.
Um Jazz tocava nas caixas levando um som doce e agradável para o ambiente.
— Seul me desagrada.
Louise, sem questionar, sabia exatamente o que isso significava. Não era a cidade que a incomodava, mas o peso das expectativas, a pressão constante de ser algo que não queria. O bar era seu refúgio, um lugar onde ninguém a reconhecia e onde ela poderia se desfazer das máscaras que usava em sua vida profissional.
— Si la musique vous déplaît, pourquoi continuer ?
A cantora a olhou de forma ofendida como se a francesa a sua frente tivesse a xingado de nomes horríveis.
— A música não me desagrada — Disse em tom de indignação — Eu vivo por ela, minha vida sem a música tornam-se meus dias sufocante. É a música que me faz ter vontade de permanecer mais um dia - Respirou fundo antes de pegar o copo a sua frente, e despejar em sua boca. O líquido esquentou o seu corpo, rasgando sua garganta. — As circunstâncias a qual eu me prestei para realizar meu sonho que me desagrada.
— Mille pardons. Não quis ofender sua paixão. — Sentou-se ao seu lado — Mas a pergunta ainda está em aberto, por quê? — O Barman depositou mais um copo com whisky na bacana.
Lalisa olhou para o copo por um momento, antes de responder com um suspiro resignado
— Todo caminho tem suas pedras. Não vou desistir só porque tropecei algumas vezes.— Ela sorriu, mais por ela mesma do que para Louise, e despejou o resto da bebida em sua boca, sentindo sua garganta queimar. — Tem algum quarto disponível? — perguntou, mudando de assunto.
— Posso arrumar um para você, Chérie.— Louise disse com um sorriso sugestivo, aproximando-se de maneira quase predatória. — Vai me permitir ser seu agasalho esta noite?
Lalisa riu, tirando um cigarro do bolso e acendendo-o lentamente. — Você já sabe minha resposta, Louise. E, se a memória não me falha, você ainda não atingiu a maioridade, não?
— Fiz Dezoito no verão passado — Louise respirou fundo tirando o cigarro de suas mãos — Não detone seus pulmões com tão pouco. Quando começou a fumar?
— Não comecei, mas ele aceso me traz uma sensação de calmaria. — Se aproximou dela de maneira lenta, quase como uma predadora. Quando estava a centímetros do seu rosto pegou o cigarro de suas mãos e o apagou no cinzeiro. fez sem mover seus olhos do rosto da garota a sua frente — Sabe, precisamos de ar em nossos pulmões... Se continuar segurando ele assim, receio um desmaio. — Se distanciou, e Louise finalmente voltou a respirar.
— Tão engraçada, Lalisa. - Falou de maneira irônica, tirando um sorriso zombeteiro da cantora. — Não sei o porque de tanto recusa. se eu me lembro bem, você tem apenas vinte e três anos. Não é tão mais velha.
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Musica, Jennie e outras melodias.
RomanceEm um mundo onde a música sempre foi sua única forma de expressão, Lalisa vive imersa nas melodias que a ajudam a navegar pelas turbulências de uma vida marcada por perdas e incertezas. Cada acorde, cada nota é uma forma de se reconectar com algo qu...