Olá, eu sou clara.
Todos os dias, eu passo nas ruas tentando arrecadar dinheiro, vendendo cookies.
Pra que? Pra recuperar a minha mãe. Toda a ajuda é pouca.
Eu me esforço tanto que falto quase todas as aulas.
Mas eu ainda não deixo de ter uma vida, né? A resposta é: eu deixo de ter uma vida pra arrecadar 20 reais ou menos a cada mês.
E aquele desgraçados do meu pai, tá sempre bêbado e me batendo.Era mais um dia entediante, a rua estava literalmente deserta.
A rua tava quase florada de água, não ia ter ninguém.
Até que avistei um grupo de jovens da minha idade, eles aparentavam ter uns 18/17 anos.
Eu andei até lá e preparei a caixinha.
Clara- Olá, pessoal!-no que eu digo isso, uma garota me encara feio.-eu estou vendendo cookies pra arrecadar dinheiro, pra ajudar a minha mãe que está internada no hospital. os cookies custam 50 centavos cada, vão querer?
??-claro.-ele pega a caixa e paga.
Clara-muito obrigada, moço! Tenha um ótimo dia..!
Enquanto eu saio, pude perceber que a garota estava me encarando......
(Próximo dia..)
Era o meu horário de folga! Eu estava morrendo de fome.
Eu não como nada há 1 semana, será que eu vou morrer?
Eu tava muito,muito fraca.
Enquanto eu andava na rua, fiquei tonta e desmaiei ali mesmo.Narrador:
Aquele mesmo grupo de jovens passava por ali, e o mesmo cara que compro os cookies de clara, Vitor, não pode deixar de perceber clara ali, desmaiada.
(Vitors pov)
Vitor- gente, olha, é a garota de antes.
??- vamos ajudar ela!Eu peguei ela no colo,
e levei ela pro hospital junto com os meus amigos....
(Um tempo depois)
Ela finalmente acordou.
Clara:....?
Vitor-ah, oi.. bem, eu sou o Vitor, eu e meu grupo de amigos vimos você desmaiada no chão e-
Clara-desmaiada no chão!? Que horas são?!-ela diz preocupada.
Vitor- você terá que passar a noite aqui.
Médica- com licença? Pode vir aqui por um instante?
Vitor-claro. Eu já volto, clara.(Vitor off)/(claraon)
Ah não.. meu pai vai literalmente me matar.
Eu.. eu não posso voltar pra casa!
Tenho que continuar viva pra recuperar a minha mãe.. quero ver ela de pé pelo menos pela última vez..
Eu despenquei em lágrimas.
Vi que o "Vitor" entrou no quarto, tentei esconder as lágrimas mas eu não consegui.
Vitor - você... Está chorando?
Clara- n-nao....
Vitor- você pode contar comigo.. pode me dizer.
Clara- meu pai me bate todos os dias. E se eu chegar tarde em casa, mesmo se eu sofrer um acidente, eu morro.-eu disse soluçando.
Vitor - o quê???
Eu abaixo a cabeçaVitor- clara.. isso vai soar estranho, mas na condição que você tá, é a melhor coisa a se fazer..
Você quer morar com a gente?