O Dragão mais Perigoso

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Capítulo 6: O Dragão mais Perigoso

Soluço corria apressadamente para lá e para cá na oficina do Bocão para atender espadas tortas, afiar machados, consertar clavas danificadas. Era pelo menos quatro e meia da madrugada quando os alarmes foram soados avisando que o ataque dracônico iniciou.

Pesadelos Monstruosos ateavam fogo por todo vilarejo, enquanto os Nadders saqueavam as comidas e os Gronckels capturavam ovelhas e iaques.

No meio de toda a bagunça, um som único de algo em extrema velocidade cortando o ar, ressoou fortemente na noite.

- FÚRIA DA NOITE, SE ABAIXEM-SE! - gritou um viking armado com machado e escudo no meio da multidão de guerreiros.

A grande catapulta instalada nos ponteiros da ilha de Berk, foi completamente destruida com apenas um tiro de plasma da criatura negra. Era algo nunca visto antes nos dragões comuns, sempre cuspiam fogos ou faíscas, mas nenhum viking presenciou um dragão cuspir bolas de plasma explosivas de longo alcance.

Logo depois da catapulta destruída, o ressoar da fera urrou novamente cortando o vento em uma velocidade absurda na noite enegrecida, outra explosão ainda mais forte destruiu as imensas tochas que os vikings erguiam para iluminar os dragões à noite, deixando-os na escuridão.

Após a destruição das grandes tochas, Soluço percebeu a euforia da movimentação vikinh e se pôs na janela da oficina.

- Ele chegou, é agora ou nunca! - disse correndo em direção à sua engenhoca e levando para fora.
- Ei! O que vai fazer?! - falou um viking guerreiro que esperava na vila da oficina.

- Já volto, vou pegar mais equipamentos!! - desculpou-se Soluço.

Correu para uma pequena colina onde à frente podia-se ver os primeiros e fracos raios de luz clareando o horizonte, dando sinal que logo amanheceria.

Soluço instalou e deixou armada sua engenhoca, logo aguardava por uma chance. Fitava o céu limpo e estrelado.

Passou-se uns vinte minutos, quando o barulho indescritível e único de algo cortando os ventos de forma violenta e em uma velocidade absurda novamente. O ataque estava próximo.

- Achei você - disse Soluço mirando a arma para o alto.
Quando a fera negra finalmente entrou em seu campo de visão, alguém surgiu em seu lado.

- Oi Soluço - disse uma voz feminina e familiar de forma descontraída.

- AHHH! - Soluço assustou-se e, acabou atirando no vão da noite escura. Percebeu a cabeleira loura única, usando uma espécie de tiara simples posta em sua testa, era a Astrid. A garota de quem Soluço passara a nutrir sentimentos estava próxima dele.

- Soluço, não me diga que... - foi interrompida quando um ruído cortou o ar, e um vulto caiu violentamente cortando o cenário no horizonte, caindo em direção à Montanha Verde.

- ... que você acabou de pegar u-um FÚRIA DA NOITE??!!!! - completou Astrid apontando para onde o dragão caiu.

Soluço tentou parecer calmo e tranquilo, como se aquela situação fosse indiferente.

Embora explodindo de alegria por dentro, sabendo que pegou um Fúria da Noite e ainda a garota que ele gostava, presenciar a cena.

- É... eu peguei ele - sorriu esfregando a nuca nervoso.

- Soluço, você tem ideia do quão incrível isso é?? - disse Astrid animada - Quero só ver a cara dos vikings quando saberem que VOCÊ pegou o dragão mais temido.

Disse abraçando o rapaz, que ficou pálido com o abraço repentino. Soluço não soube o que fazer, mas não podia perder essa chance. Retribuiu o abraço ainda mais aconchegante.

A Lenda dos Dragões.Onde histórias criam vida. Descubra agora