sloVa.

137 16 3
                                    


aviso: esse capítulo cita o uso de drogas lícitas e ilícitas e abuso de bebidas alcoólicas, não recomendado para menores de 18 anos.

tw: uso de drogas ilícitas e abuso de álcool.

jungwoo não lembrava como tinha ido parar naquela boate, nem quanto tinha andado para chegar até ela, mas não havia boates proximas do café da sua mãe, era um bairro simples com lojas de roupas, cafeterias, sebos e livrarias comuns, apesar da maioria esta fechando com o advento do kindle e da venda de livros online que eram mais baratos mas quando criança, era esse tipo de loja que dominava aquele bairro comercial, além disso, havia as casas e kitnets dominadas por estudantes universitários já que era proximo a principal universidade da cidade.

 ele ignorou a mulher perguntando o que ele queria e pegou o celular, alguém berrou na fila que ele deveria pedir junto de alguns palavrões e xingamentos homofóbicos, mas ele mal conseguiu ouvir por causa da musica pop alta que estava tocando. ele entrou no google maps e digitou na barra de pesquisa "onde eu estou?", o maps apontou que estava em ocean ville, ele conhecia o bairro, era popular pelas boates e era seu lugar favorito para as noites de sexta depois das aulas com seus amigos mas era longe do bairro onde sua cafeteria ficava, o que significava que ele havia andado quilômetros sem perceber, dominado pela tristeza e a vontade inconsciente de beber algo e perder controle sobre si mesmo, silenciar seus pensamentos.

a barman bateu na mesa com força chamando atenção de jungwoo outra vez: — cara se voce não for beber, sai da porra da fila. — a garota baixa de cabelo loiro que precisa urgemente ser retocado berrou com raiva, o garoto a encarou e pediu a primeira garrafa que havia no cardapia, ignorando o preso, o que ele podia fazer antes mas agora ele era oficialmente deserdado, sem um centavo no bolso e todos cartoes cancelados mas ainda assim, ele procurou na carteira entre os vários cartões no nome do seu pai, ele encontrou um no seu nome, havia feito quando seu pai o expulso de casa para receber sua parte do que o café ainda lucrava, ele havia gastado todo débito daquele mês para pagar a residência universitária e com comida para entrega, não era muito dinheiro para o tanto que jungwoo estava acostumado a gastar.

ele passou no crédito, mesmo sem saber se poderia pagar no mês seguinte. bebidas em baladas costumar ter presos exorbitantes, as vezes valores duas ou tres vezes maiores que o preço comum, por isso ele costumava comprar bebida com os amigos em supermercados para beber ainda na fila, que geralmente levava horas, eles costumavam já chegar na festa bêbados. essas memorias lhe atingiram como uma chuva de navalhas, desejou que os amigos estivessem ali, mas estava sozinho com todas aquelas luzes piscando, uma musica alta tocando e tudo que ele queria era sentir o gosto amargo do algo, a sensação de queimação na garganta e no estomago que levaria embora todos seus pensamentos e a lucidez, ele estava pagando o que tinha e o que não tinha para desligar seu cérebro, pela sensação de dormência que o álcool lhe daria, não importava o quao caro estivesse custando.

ele pegou a bebida depois de passar o cartão na maquininha e foi para um dos bancos que ficavam nos cantos da balada, sentou-se sozinho, abriu a garrafa com a boca e começou a beber direto do gargalo dela.

talvez a visão de jungwoo bebendo direto da garrafa de uma vodca de sabor kiwi fosse de dá pena para os outros naquela balada mas não era como se as pessoas em boates ligassem para gente triste em festa, provavelmente havia muitos, jungwoo era apenas uma versão humilhante delas.

algumas várias músicas haviam tocados, alguns pops antigos que jungwoo levantou e dançou enquanto terminava a garrafa de bebida que ele sequer havia gostado do sabor. sua visão havia começado a embaçar e sentir as pontas dos seus dedos ficarem dormente, quando tentou tomar mais um gole e percebeu que a bebida havia acabado.

ele praguejou e jogou a garrafa no lixo que ficava próximo aos bancos, ou pelo menos tentou, não tinha certeza se de fato havia acertado o lixo porque sua mente girava.

depois, ele tentou se guiou ao banheiro enquanto as luzes piscavam e o deixando mais confuso, ele sabia que estava esbarrando nas pessoas da festa e nem ao menos estava pedindo desculpas, tudo que precisava era chegar ao banheiro antes que perdesse controle sobre sua bexiga.

ele atravessou uma cortina de brilhantes e tentou focar sua visão pra ter certeza de que não estava entrando no banheiro errado, até perceber que só havia uma porta, ele tentou ler as informações na placa mas não conseguiu.

— merda, onde fica a merda desse banheiro? — ele berrou pra si mesmo.

— é unissex. — uma garota gritou em seu ouvido e entrou.

ele a seguiu, o som de fora ficou abafado e seu cérebro conseguiu focar por alguns segundos, tempo suficiente pra jungwoo se ver no espelho e se sentir miserável.

jungwoo fechou os olhos e correu pro banheiro, finalmente fazendo xixi para seu alívio.

quando saiu a garota que havia lhe ajudado ainda estava lá, ela vestia uma saia curta e uma blusa de tule preto meio transparente, o que deixava seus peitos praticamente a mostra.

— você tá bem? — ela perguntou antes de tragar o cigarro na mão, ou pelo menos era o que jungwoo achava que era.

— não, minha mãe morreu, meu pai me deserdou porque ele é um fudido e homofóbico, meu ex namorado me traiu com, tipo, metade da faculdade e meu melhor amigo está apaixonado por mim. — ele disse, ou melhor, berrou  pra garota mesmo sem conhecê-la, apenas não podia mais controlar sua mente e o que dizia. — tipo, essa última parte não é ruim, eu também acho que gosto dele, ele é definitivamente uma pessoa incrível, você devia conhece-lo, você parece legal, com certeza iam se dá bem. — ele sabia que sua dicção estaria lhe humilhando e era provável que a garota nem estivesse de fato ligando pra o que ele dizia. — eu sou um fudido, preciso de outra bebida e provavelmente não vou conseguir chegar no bar porque estou completamente bêbad... — não conseguiu terminar a frase porque estava dando uma risada frenética e chorando ao mesmo tempo.

a garota se aproximou e o abraçou antes de dizer: — que merda cara, você quer um trago? vai te acalmar.

jungwoo pegou o cigarro e percebeu que era uma baseado de maconha, ele já havia usado antes por curiosidade com jaehyun mas não tinha gostava da sensação, mesmo assim ele colocou nos lábios e tragou, podia sentir a fumaça entrando em pulmão, essa sensação fez seu corpo relaxar. ele devolveu o baseado para garota.

— seus peitos são bonitos mas eu sou tipo gay sabe.

— obrigada. eu também sou tipo lésbica. — ela disse rindo. — deixa eu terminar de ajeitar meu cabelo e eu te ajuda a achar o bar.

mais uma vez surgindo na madrugada depois de meses, tem sido bem difícil escrever mas esse capítulo depois de alguns tempo escrevendo um parágrafo por dia finalmente veio de uma vez nessa madrugada solitária.

como vocês estão? espero que bem e que não tenham desistido da história ou pensado que ela foi abandonada.

eu diria que está cada vez mais perto de acabar mas não vou falar disso por agora.

e por último, evitem drogas ilícitas mas se for usar, tenham cuidado, conheçam os riscos, conheçam a si mesmo e também as pessoas que estão com você, principalmente se você possui algum problema psicológico (como ansiedade ou depressão) usar drogas como maconha pode ter efeitos colaterais bem ruins, então tomem cuidado ou nem usem

e sobre o álcool mesmo sendo legalizado, bebam com moderação, não dirijam.

muito importante também enfatizar que menores de idade não podem e nem devem fazer usar dessas substâncias em nenhuma das hipóteses (principalmente as drogas ilícitas). se cuidem.

(perdoem qualquer erro, o capítulo foi revisado por mim com sono.

.druNk // luwooOnde histórias criam vida. Descubra agora