A despedida

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Nunca imaginei minha vida sem meus pais,fui criada com muito amor e carinho, os dois tinham papéis fundamentais na minha criação. Meu pai era nas lições de casa, e conselhos da vida, minha mãe era a moda e tudo relacionado ao poder feminino.
Vivíamos bem só nos três, as vezes sentia falta de um irmão, ou alguém para conversar. Nunca fui de muitos amigos .
Após a pandemia eles decidiram viajar para comemorar o casamento de 25 anos, fiquei na casa de meus padrinhos esperando eles voltarem, porém isso não aconteceu .
O que voltou para casa foram dois caixões lacrados. Perguntava a Deus porque comigo , porque eles. Não foi nada fácil passar por tudo aquilo.
A maior dor que eu já sentir, me despedir dos meus pais, sem nem olhar para eles.
Um mês depois, meus padrinhos ficaram com minha guarda, era o desejo de minha mãe, as duas sempre concordaram que uma ficaria responsável pelo filho da outra.

Me desapegar da minha casa que eu morava desde pequena, e me acostumar com um apartamento enorme bem no centro da cidade.
As primeiras semanas de adaptações foram tranquilas, as noites de choro, aos poucos foram diminuído, só não diminuía a saudade que apertava no peito...

Com o tempo, comecei a perceber que estava sozinha, meus padrinhos só viviam para o trabalho, era raro encontrar eles em casa. Minha única companhia era a D. Fátima uma senhora que trabalha a anos com eles.
Sei que eles não tem obrigações comigo, mas ali eu estava me sentindo um peso para eles.

Nas férias de verão D. Fátima me levou em um terraço que ficavam as plantas deles. Aquele lugar era surreal uma vista maravilhosa. Acabei amando e seria o lugar perfeito para meu refúgio.

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