Cobaia - Gicela {G!P}

Você pirou?

Gi ponderou um pouco antes de responder ao pedido de Marcela, mas estava com tanta saudade, tão sedenta por aquela mulher, queria muito sentir novamente o calor de seu corpo, no entanto quando ia responder seu celular tocou assustando as duas, Gizelly o pegou e se certificou de quem lhe ligava aquela hora da manha, era Barbara, no mesmo instante a capixaba atendeu.

- Oi, Barbara, aconteceu alguma coisa com o Ben? _ Falou nervosa e Marcela lhe lançou um olhar preocupado.

- Oi, Gi, te acordei?

- Não, nem estou em casa, o que houve?

- Bento está com uma febre que não baixa, já dei um antitérmico que a pediatra receitou e continua na mesma temperatura tem tempo, vou leva-lo agora na emergência do Samaritano, aqui pertinho em higienopolis, se você quis... _ Antes que Barbara pudesse concluir sua frase, Gizelly falou no mesmo minuto que estava a caminho e logo desligaram a chamada.

- O que houve, Gi? _ Marcela perguntou.

- Bento está com febre tem tempo e não baixa, Barbara vai leva-lo agora pra emergência, vou esperar você entrar pra eu poder ir, tudo bem?

- Não, gi, eu vou com você, qual o hospital que ela vai leva-lo? _ Marcela ajeitou a roupa e colocou o cinto novamente.

- Samaritano, no Higienopolis.

- Ótimo, conheço uma pediatra maravilhosa que atende lá, vou perguntar se hoje ela está de plantão. _ Marcela logo pegou o celular entrando no seu app de mensagens, Gizelly de partida em seguida.

Chegaram ao hospital e foram direto para a recepção da emergência pediátrica, Gizelly passou os olhos pelo setor e viu Barbara no canto com bento todo agasalhado deitadinho em seu ombro, próximo aos dois estava Enrico, namorado da mãe de seu filho, eles pareciam travar uma discussão, o rapaz falava mais ou menos baixo e ela cochichando.

- Não precisava você ter ligado pra ela, pra que isso? ele só está com uma febre, vai tomar alguma medicação aqui e vai baixar, pronto. _ Os dois estavam de costas sem ver que Gizelly e Marcela se aproximavam e as duas conseguiam ouvir o teor da conversa.

- Ela é mãe dele, Enrico, obvio que qualquer coisa que venha a acontecer com ele, por menor que seja, eu tenho obrigação de comunica-la, o que está acontecendo com você? _ Barbara falava de maneira branda e com calma, ele quem parecia querer se exaltar.

- Eu quero saber é o que há com você, Barbara, tudo é motivo para estar em contato com essa mulher, o menino nem está tão mal assim, só uma febre que pode ser por um simples resfriado, mas não, você precisa sempre ligar por coisas bobas, parece que e só pra falar com ela, talvez por isso você deva ter largado tudo na sua cidade pra vir pra cá, deve ser muito amor por essa mulher. _ Gizelly franziu o cenho e trocou um olhar com Marcela, as duas pararam no local onde estavam e ficaram ouvindo um pouco mais da discussão.

- Eu não vou discutir sobre isso com você aqui, Enrico, então para. Outra coisa pra que a gente encerre esse assunto de vez, eu vim pra cá pensando primeiramente no meu filho, no bem estar dele, seria muito desconfortável pra uma criança recém nascida não ter uma das mães por perto, Gizelly me prestou muito apoio também, o que eu certamente não teria em Piaçu, São Paulo também me abriu portas incríveis, então são inúmeras coisas, certo? Não fala o que você não sabe e chega dessa conversa. _ Barbara pareceu dar um ultimato e o homem negou com a cabeça em indignação, o rosto completamente enfurecido, Gizelly e Marcela se aproximaram mais até que os dois pudessem notar a presença delas ali.

- Eu exijo saber  absolutamente tudo que acontece com o Bento, afinal  é um direito meu pois ele também é meu filho, se você ver algum problema nisso, vem falar comigo que a gente resolve. _ Gizelly falou chamando a atenção de algumas pessoas que estavam perto, foi se aproximando dele com um dos punhos fechados e Marcela pousou sua mão sobre o mesmo de forma delicada, a capixaba estava completamente enfurecida, o homem viu o gesto e soltou o ar pelo nariz, debochando.