- Isabelle? - ouço alguém mexer em mim com um certo cuidado embora as mãos fossem levemente ásperas.
- Ou - abro os olhos e vejo que era Felippo do lado da cama, já estava escuro e pensar no por que dele estar aqui a essa hora me causa falta de ar - O que faz aqui a essa hora? - indago me sentando na cama e percebo que estava com outro vestido.
- Eu vim ver se você tinha acordado para jantarmos - pontua olhando para mim - Foi a Rosa que te trocou não eu - afirma percebendo a minha confusão.
- Menos mal... Quer dizer, eu só achei estranho - corrijo nervosa e ele vai até a janela, fechando as cortinas em seguida e ligando as luzes do quarto.
- Eu não vou tocar em você caso não me permita, saiba que é contra as regras fazer qualquer tipo de violação contra uma mulher - explica me olhando - Ainda mais contra a sua própria esposa.
Essas palavras finais me pegaram tão forte quanto um tiro. Ele já havia dito antes Max ouvir assim inteiramente me causou um choque por que eu literalmente dormi solteira e acordei casada... Se bem que é bem capaz de eu sempre ter estado casada só não sabia.
- Tenho mesmo que ir? - indago desanimada e ele me analisa por um tempo e diz :
- Está a sentir alguma dor? - olha nos meus olhos - Se tiver sentindo algo me fale por que você acabou de sair de uma hemorragia grave então quando algo incomodar me avise - pede soando preocupado. Mas por que?
- É impressão minha ou se preocupa comigo? - indago olhando para ele que para de me olhar.
- Você é minha esposa é o mínimo a se fazer sem contar que é a minha Obrigação - olha rapidamente o relógio.
- Se não fosse? - indago e ele suspira.
- Se não fosse eu continuaria me preocupando por que por incrível que pareça eu não sou o monstro que dizem... Cabe a você tentar descobrir isso com o tempo ma belle - vem até mim rapidamente e me dá um beijo na testa - Caso queira jantar se arrume e desça, de todo modo se não vir eu venho trazer a sua comida - afirma indo até a porta e saindo.
Como pode? Como pode ser que o monstro que tanto ouvir falar seja literalmente um Golden Retriever com cabelos negros e olhos verdes? Pelo modo que me contaram ele sequer se preocuparia se eu estava viva ou não... Me machucaria da mesma forma oi pior do que quando fizeram.
Ainda tem isso, se ele estiver fingindo para não me assustar e chegarmos a ter algo Provavelmente acontecerá o que disseram e ele vai me matar... Por que simplesmente eu não fui morta junto com a minha mãe? Seria mais simples.
Decido ir até o jantar, levanto sem dificuldade nenhuma e vou até a porta onde a senhora entrou, era um enorme cômodo com uma outra porta que dividia um guarda roupa grande um espaço com banheira, chuveiro e também um vaso sanitário.
O guarda roupa havia várias roupas e a maioria cabia perfeitamente em mim, calcinhas, sutiãs, chinelos, sapatos, cremes perfumes tudo do mais fino luxo.
Tinha também jóias... Belas jóias todas de pedras extremamente preciosas mas não eram as jóias que era da família dele.
Os avós dele eram donos de uma mina de rubis vermelhos como o sangue que derrubaram para proteger essa mina, então ela se tornou a cor símbolo de todos os Bervoronni com excessão de alguns mas pela lógica todas essas jóias eram para serem vermelhas.
Essa cor embora seja muito bela me causa um gatilho enorme, me lembra sangue, tortura e dor algo que eu não quero sentir nunca mais.
Tomo um banho rápido e visto o vestido rosa que eu escolhi, faço um penteado qualquer e uso as jóias menos chamativas, coloco um salto da mesma dor do vestido e um perfume suave.
Me olhando no espelho eu não estava parecendo a esposa de um homem como ele... Lembro que eles tem um padrão de mulheres fortes e imponentes que exalam sensualidade e eu estava parecendo um chuchu.
Me sinto feia demais e me sento no banco, fico cabisbaixa me olhando no espelho de cabeça baixa e triste até que vejo uma sombra enorme atrás de mim... Era ele.
- Não sabia que pudesse ficar tão bela com roupas tão simples, está maravilhosa - elogia admirado e eu me pergunto se ele era cego.
- Não precisa mentir eu sei que estou parecendo um chuchu - afirmo e ele tenta segurar a risada mas não consegue... Consequentemente eu acabo rindo junto - Viu eu estou ridícula - afirmo me levantando.
- Olhe - vira-me para o espelho e fica segurando o meu rosto, me fazendo encarar para o meu rosto - Você está natural tem nada mais belo que isso... Só tem um pequeno defeito - - vira-me para ele e enxuga as minhas lágrimas com o dedo - Agora está perfeita - me vira para o espelho denovo e eu consigo confessar que realmente eu não estava tão feia.
- Tem certeza que quer me apresentar a todos dessa maneira? Eu posso me vestir com algo mais marcante para não ficar tão apagada - afirmo e ele se encosta na parede e diz :
- Eu não me casei com uma pessoa que gosta desse tipo de estilo, se você se sente bem assim eu não vou te mudar até por que convenhamos que para uma menina fica algo muito estranho essa imagem - pontua e eu lembro que ele era bem mais velho... Extremamente mais velho que eu.
- Eu achei que homens mais velhos gostassem de mulheres assim - pontuo ajeitando o cabelo.
- Eu não, se os outros gostam que fiquem com elas para eles eu já tenho a minha e não darei a ninguém - estende a mão e eu a pego.
A forma como ele fala vai totalmente ao contrário do que me disseram que ele falaria e com o tempo eu veria que ele era mesmo totalmente diferente do que me disseram... Pelo menos quando queria.
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Ig - annyllmeida

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Entregue A Felippo
RomanceInício - 1|9|21 ( versão 1 ) Pausa - 14|2|22 Reinício - ( versão 2 ) - 30\08 Final - ?